Os cinco amigos corriam pelo gramado, como se nada pudesse detê-los e como se eles fossem invencíveis. A verdade era que sempre que estavam juntos se sentiam assim, como se o mundo estivesse em suas mãos. Eles corriam em direção ao seu castelo mágico, que na verdade não tinha nada de mágico e nem de castelo, mas para aqueles cinco eram seu lugar favorito. Era uma casinha de vidro abandonada que se parecia muito com um castelo, com uma piscina de frente. Era o lugar secreto deles, toda vez que seus pais resolviam viajar para suas casas de praia, os cinco acabavam passando as férias inteiras naquele lugar, e se fosse por eles, eles ficariam lá para sempre.
Não era pela beleza do lugar ou pelo fato de que estavam de férias, mas quando estavam naquele lugar se sentiam livres. Fingiam que eram as únicas pessoas no mundo e viviam em seu próprio mundinho.
Assim que eles se depararam com o castelo de vidro sorriram e olharam um para o outro, aquele seria o último dia de suas férias naquele lugar e com certeza aproveitariam ao máximo.
A garotinha de cabelos castanhos, o garotinho de cabelos loiros escuros, a garotinha de cabelos loiros, o garotinho de cabelos ruivos, e o garotinho de cabelos castanhos deram as mãos e se jogaram na piscina juntos.
Eles passaram o dia brincando e aproveitando cada momento que tinham juntos, e quando a noite chegou, os cinco deitaram na grama olhando e contando as estrelas. E bem ali deitados na grama juntos, os cinco fizeram um pacto. Um pacto que nada nem ninguém jamais iriam separá-los.
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Beeeeeeeeeeep
Eu acordei com meu pai buzinando, saltando assustada do meu breve sonho. Que na verdade, não tinha nada de sonho e sim de uma memória que eu pensava que já estava enterrada há muito tempo.
- Awn Bom dia Bela adormecida! Não bastou todas as horas de sono que você teve no vôo? - minha (nem um pouco) adorável irmã, Hayley, disse.
- Por que te interessa tanto quanto tempo eu tenho de sono? Fala sério Hayley. - disse rolando os olhos.
- Interesse nenhum... Só não achava que cabe-se tanto sono em uma pessoa só, ou será que alguém está tentando fugir do fato que estamos finalmente chegando em casa? - ela disse com aquele sorrisinho que me tirava do sério.
- Nós não estamos chegando em casa, nossa casa está a quilômetros de distância daqui, nós estamos chegando em uma nova vida. - eu disse me virando em direção à janela.
- Nós estamos indo para o nosso lar Emily. Você sabe que aqui sempre foi nosso lar e sempre vai ser. - disse meu pai interrompendo nossa conversa.
- Ninguém abandona um "lar" por 5 anos por vontade própria. Se você e a mamãe realmente se sentissem desse jeito não teriam se mudado em primeiro lugar. - disse sem tirar meu olhar da janela.
- Querida, nós já tivemos essa conversa... - minha mãe entrou na conversa tentando amenizar as coisas como sempre.
- Eu sei mãe e eu entendo, mas isso não vai mudar o que eu sinto sobre tudo isso, eu tenho o direito de não gostar, não tenho? - disse ainda com o olhar fixo janela à fora.
- Mamãe aqui é meu lar também? - a vozinha triste de Lucy surgiu do nada como um sussurro, fazendo meu olhar se voltar para ela imediatamente.
- Claro que sim meu amor! Porque você perguntaria uma coisa dessas? - minha mãe se virou olhando para ela também.
- Mas eu nunca morei aqui antes... Como pode ser meu lar se eu nem conheço? - Lucy disse com os olhinhos confusos.
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The Penthouse
Teen FictionDepois de 5 longos anos, Emily Rivest é obrigada a voltar com sua família para sua cidade natal, Miami. Evitando com todas as suas forças seu antigo inseparável grupinho e todo seu passado, ela começa sua nova vida de volta ao Pacific Shore. Mas por...