C A S S I E A N D R A D E
Quando saímos do cemitério e voltamos para o carro eu me virei para Verônica.
— Você só pode estar ficando louca! Me colocar numa missão de campo assim sem mais nem menos! Eu acabei de entrar na equipe! — disse a encarando.
— Por que tanto espanto? Não será nada perigoso, você só deverá ser uma boa atriz para recolher informações. — falou como se fosse a coisa mais simples do mundo — Vamos te enviar a escola, você se passará por uma garota de 15 ou 16 anos. Você só precisa fazer amizade com a Helena. Não há nada de extraordinário nisso.
— Não sei se eu consigo... Ela está traumatizada! — disse, e eu também estava.
— Se a gente não fizer nada, em pouco tempo ela pode estar morta! — Verônica se virou para mim — Cassie, querida. Às vezes precisamos fazer esse tipo de coisa e até coisas piores, mas tudo para um bem maior, entende?
Eu assenti respirando fundo. E comecei a entender o motivo do meu pai gostar dessa mulher. Eles tinham muitas coisas em comum. Inclusive querer salvar vidas.
— Não será difícil, você é cativante, ela vai gostar de você assim que te ver! — Verônica mexeu no meu cabelo com um sorriso.
Eu sorri — Não precisa me bajular, eu vou ajudar... — disse me lembrando do corpo de Célia Lima. — Eu tenho que ajudar.
Verônica sorriu e tocou no meu rosto com as costas da mão. — Vamos ajudar. Esse é o nosso trabalho.
Eu sorri a encarando e assenti querendo acreditar que iríamos ajudar.
O celular de Verônica começou a tocar, ela mexeu na bolsa, olhou o visor e me mostrou. Era meu pai.— Meu Deus! Ele não dorme? — questionou Verônica olhando para o celular.
Eu sorri. — É, ele não dorme. — respondi dando os ombros. — Não enquanto não estivermos em casa.
Ela guardou o celular na bolsa e soltou um suspiro. — Quando chegarmos em casa a gente conversa... — ela olhou para mim — O que vamos dizer?
Eu mordi os lábios — Vamos mentir?
— Eu não gosto disso... Mas eu também não posso falar que eu levei você para desovar um corpo! Ele iria me matar. — confessou Verônica dando partida e soltou um longo suspiro — Vamos mentir.
E love in top começou a tocar na minha bolsa.
Eu abri a bolsa e puxei o celular, olhei o visor e mostrei para Verônica.
Meu pai.— Não atende. — disse Verônica respirando fundo.
Ela estava incomodada em fazer isso com o meu pai, mas realmente não tínhamos outra escolha a não ser mentir. Eu silenciei o celular e enfiei no bolso da calça, ele parou de tocar poucos segundos depois. Logo depois eu senti meu celular vibrar indicando uma nova notificação.
Era do Whatsapp.Abri o aplicativo e vi a mensagem recente, era de Enzo.
Enzo: Estamos em casa. Cadê vocês?
Mostrei a mensagem para a Verônica e ela soltou um suspiro.
— Diz que já estamos chegando.
Eu: Já estamos chegando!
Enzo visualizou e começou a escrever depois de uns dez segundos, eu saí do aplicativo e fui para a barra de notificações.
Enzo: Seu pai quer saber onde vocês estão?
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STALKER - O Fantasma cibernético
Mystery / ThrillerSérie Insane - Mentes Perversas #1 Uma história de Stalker diferente das outras. Para Cassie e Enzo, suas únicas preocupações estavam concentradas no casamento apressado dos pais - na opinião deles, é claro - mas não imaginavam que mais tarde estari...