CASO ENCERRADO

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C A S S I E    A N D R A D E

Desde que havia me tornado novamente refém do Stalker tudo passou muito rápido. Eu fui obrigada a entrar no quarto, quando ordenou, mas deixei o celular na linha com Edgar, para que ele ficasse ciente do que estava se passando, e corresse até o meu pai ou policial mais próximo.

Só que até ele encontrar ajuda, eu teria que ganhar tempo, enrolando o Stalker e não deixando ele matar ninguém. Então fiz o que faço de melhor. Falar várias merdas.

— Fique à vontade, Cassie. Sente-se. — convidou.

Eu entrei lentamente e sentei na ponta da cama bem devagar como se ela pudesse desmoronar a qualquer momento. O Stalker estava de pé próximo a enfermeira que fez de refém e o Enzo.

O maldito segurava um bisturi e tinha uma bandeja cheia de seringas.

— Você e seus amiguinhos até que tornaram a minha vida mais divertida, sabe? — continuou — Matar, estuprar, estava virando rotina, então vocês chegaram para a minha diversão, mas tudo que é bom dura pouco né. O jogo acabou e parece que eu venci.

Depois desse pequeno discurso contando vitória antes da hora em todos os meus anos de série, eu já sabia muito bem o que falar para manter ele ocupado.

— Você não venceu. Ainda tem o Edgar.

O Stalker soltou uma risada — Aquele semi-morto? Será como matar cachorro a grito. Só preciso terminar o serviço.

Eu mordi os lábios, pensando no que dizer a seguir. Precisava tomar cuidado com as palavras. Edgar foi quem mais sofreu contra os ataques, realmente não teria muitas chances.

Eu não podia perder o controle e irritá-lo além da conta, então o que me restou foi a psicologia Malfoy.

— Meu pai vai ficar sabendo. E você não vai sair vivo dessa. — disse — Ele só é o melhor investigador do país como caçador de bandidos como você!

O Stalker riu com vontade novamente.

— Você é quase ingênua, Cassiana. — disse — Sabe que é impossível me pegar. Sou como um fantasma.

— Então eu sou como um caça fantasma. — retruquei — Não estou disposta a deixar você sair ileso depois de tantas mortes.

Ele assentiu — Por isso que você tem que morrer. Todos vocês.

Balancei a cabeça e dei um sorriso confiante — Você vai se dar mal. Esse hospital está cercado de policiais, cara.

— Posso até me dar mal sim, mas esse será o maior massacre que já fiz. Será inesquecível, principalmente para o seu pai Cassie. O dia em que ele perdeu a filhinha. — disse o Stalker com o seu sorriso psicopata.

— Você pretende fazer um massacre com um bisturi? — zombei apontando para a pequena arma de cirurgia na sua mão.

— Não seja boba Cassie... — ele enfiou a mão no bolso da calça que vestia e sacou uma granada de lá. Tipo uma granada de verdade.

Isso me silenciou. O Stalker sorriu ao ver o medo em meus olhos, mas eu não podia deixá-lo ainda mais confiante.

— Não vai dar certo. — disse balançando a cabeça — Planeja matar todo mundo e a si mesmo?

— Quer desfecho melhor? — perguntou com sua expressão de maníaco e um grande sorriso.

— Você é tão covarde a esse ponto? — questionei.

Ele apenas deu de ombros — Todos os grandes seriais killers se mataram depois de um grande massacre! — ele estava brincando com a granada entre os dedos.

STALKER - O Fantasma cibernéticoOnde histórias criam vida. Descubra agora