STALKER - O Fantasma cibernético

SURPRESA

C A S S I E    A N D R A D E

Já se passavam das dez horas da noite e até agora nada de notícias do meu pai e de Enzo. O que era estranho, eles já deviam estar em casa.
Voltei até a sala encontrando Verônica falando ao celular.

— Isso vai acabar logo? — perguntou Verônica ao telefone, ela estava andando de um lado para o outro.

Quando me viu sinalizou para que eu sentasse no sofá — Ok. Tomem muito cuidado. Eu também te amo.

Revirei os olhos enquanto ela desligava o telefone e o colocava no lugar.
Eles sempre terminavam a ligação com "eu te amo".

— Vão ficar de tocaia só até Deus sabe quando. — falou me encarando, com um ar de preocupação.

— Tocaia? Encontraram o Stalker? — perguntei surpresa.

— Provavelmente, ele não quis dar detalhes, mas está ocupado com dois casos. — respondeu se sentando ao meu lado — Pediu que a gente não esperasse acordada.

Encostei a cabeça no sofá — E nem podemos, né?

— Amanhã cedo temos trabalho. — assentiu Verônica arrumando meus cabelos — Vamos dormir?

Concordei balançando a cabeça.

— Deixa que eu tranco a casa.

— Vai dormir mesmo, hein! — disse apontando pra ela.

Voltei para o quarto me jogando na cama na direção do meu celular. Desbloqueie a tela e cliquei no número de Edgar iniciando uma chamada. Aguardei enquanto o celular chamava, chamava e chamava e por fim caiu na caixa de mensagem.

Eu desliguei com raiva.

— Será que meu pai tá de tocaia na sua casa? — perguntei olhando para a foto do celular...

Deixei o telefone de lado, precisava dormir, pois amanhã tinha trabalho.

Como fui dormir cedo, acordei cedo demais, tipo às seis horas da manhã. Me levantei, tomei banho e preparei o café da manhã.
Será que meu pai e Enzo já tinham chegado?

Arrumei a mesa, aproveitando todas as frutas e comidas que a rainha tinha comprado. Geleia, vários tipos de pães, sucos, biscoitos e bolo.

Meia hora depois Verônica apareceu na cozinha, de camisola e pareceu surpresa ao me ver arrumando a mesa do café.

— Acordou cedo, querida. O que houve? Caiu da cama?

— Haha. Fui dormir cedo demais. Essa vida de escola de manhã não é mais para mim... — puxei a cadeira e me sentei — Algum sinal dos homens da lei?

Verônica riu — Ainda não, mas não podemos esperar. — ela estava olhando no relógio.

Concordei com a cabeça. Tomamos café juntas e em seguida eu voltei para o quarto para me arrumar, vesti aquele uniforme antiquado, arrumei o meu cabelo e me olhei no espelho conferindo meu visual. Como essa roupinha eu parecia ter mesmo quinze anos. Fiquei me admirando por alguns segundos até que ouviu a notificação do meu celular, que por acaso era a notificação do telefone da Kim Possible.

Baixei para entrar no personagem. Era Edgar me enviando uma mensagem.

Edgar: Bom dia minha detetive predileta!

Eu: Bom dia meu arquiteto predileto!

Edgar: Uau, acordada tão cedo? Que milagre.

Eu: Sou uma trabalhadora agora! Respeita! Missão de campo, lembra? E você? Caiu da cama?

Edgar: Ah, me desculpa 007. Eu esqueci. Eu trabalho, Cassie. Desde sempre na verdade.