Eu quero ficar com você!

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Capítulo 29

Gente hj e último dia que eu vo posta dois capítulos por dia . A partir de amanhã posto um por dia . Por que infelizmente a fic ta acabando falta uns 5 capítulos pra acabar . Então aproveite esses de hj que estão ótimos e ta perto de descobrir oq o Felipe tanto esconde! !

As palavras dela, ditas num tom tão grave, me fizeram estremecer. Então ela já imaginava que eu a procuraria? Talvez por isso ela tivesse preferido ficar no apartamento a ir com Fe e os outros para o salão de jogos? Milhares de perguntas colidiam em minha mente, unidas à enorme tensão e ansiedade que atordoava meus sentidos. Engoli em seco, buscando as palavras e a voz para respondê-la, e após alguns segundos, que me pareceram horas, consegui me acalmar um pouco.
- Estou ficando tão previsível assim? – perguntei, e agradeci fervorosamente minhas cordas vocais por não permitirem que minha voz falhasse ou parecesse trêmula.
Isabella soltou um risinho mórbido, ainda sem me olhar, e eu mantive meus olhos fixos nela, atento a qualquer movimento que pudesse fazer. As palmas de minhas mãos chegavam a formigar de tanto desejo acumulado de tocá-la novamente, de sentir sua pele ardendo sob a minha, e eu sentia que meus olhos poderiam saltar de suas órbitas, desesperados pelos dela, que ainda se recusavam a me olhar.
- Teimoso seria um adjetivo melhor – ela retrucou, com a voz levemente hostil, e devido a esse fator, eu me lembrei do real motivo pelo qual estava ali. Nada de carinhos, nada de sutileza; aquele era o nosso acerto de contas.
E pelo visto eu não era o único com aquele pensamento. Ela parecia saber disso tão bem quanto eu, porque se virou para mim devagar, e quando seus olhos encontraram os meus, vi que eles também pareciam em chamas, exatamente como os olhos que vi em meu reflexo no espelho do banheiro. A única diferença era que as chamas de seus olhos pareciam fracas, prestes a se apagarem com uma simples brisa, e de certa forma, tristes. Eu sabia que doía para ela ter que optar por apenas um de nós, mas não podia ignorar o fato de que ela também havia me ferido ao simplesmente me evitar da noite para o dia. E foi por isso que eu continuei nossa frágil e tensa conversa.
- Pelo menos disso você ainda se lembra sobre mim – assenti uma única vez, erguendo as sobrancelhas em tom de surpresa – Que bom saber que não fui esquecido tão rapidamente quanto fui repelido.
O olhar de Isabella estremeceu diante do meu, e a chama em suas íris pareceu sumir por alguns segundos.
- Se você prefere achar que eu te esqueci, ótimo – ela murmurou, ranzinza, fugindo de meus olhos – Torna todo o trabalho mais fácil pra mim.
- Trabalho? – repeti, dando um passo na direção dela com a mesma ousadia que demonstrei em minha voz – Então é assim que você enxerga tudo que aconteceu entre nós?
- Rafael, eu já pedi pra você me deixar em paz – ela revidou assim que terminei de falar, parecendo perturbada com minha aproximação – Por favor, pare de me atormentar.
- Por que eu deveria? – rebati, dando mais um passo e vendo-a se levantar bruscamente, como se eu fosse algo perigoso (e de certa forma, concluí que eu realmente era) – Você teve consideração comigo quando simplesmente me chutou pra fora da sua vida sem aviso prévio? Hm, vamos ver... Não. Por que eu deveria ter algum tipo de consideração com você?
- Você queria que eu fizesse o que, Rafa? – Isabella exclamou, e eu percebi que ela gradativamente perdia o controle sobre sua mente, como sempre acontecia quando eu chegava perto demais, fosse com as palavras, fosse com o corpo – Eu tinha que escolher de uma vez, não podia continuar agindo feito uma puta!
- Não diga isso, Isabella – rosnei, sentindo a raiva subir cada vez mais por minha garganta, queimando-a por onde passava e me fazendo perder também a noção de minhas palavras – Putas teriam mais maturidade para lidar com isso que você, tenho certeza disso.
- Você deve ter transado com várias delas para afirmar isso, não é? – ela retrucou, ultrajada com minha ofensa – Eu fui mesmo muito idiota de ter me deixado envolver com você e toda a sua imundice!
- E eu fui mais idiota ainda por pensar que você podia ser diferente das outras alunas que eu já comi! – falei, num tom mais alto que o aconselhável, mas minha raiva estava num nível tão alto que eu estava pouco me fodendo para aquilo – Fui mesmo muito burro por pensar que você poderia ter algum conteúdo! Mas foi bom saber que você é simplesmente vazia, oca por dentro, assim como todas as outras que já passaram pela minha cama!
- Cala essa porra dessa sua boca, seu desgraçado! – ela gritou, e eu vi lágrimas se formando nos olhos dela – Quem você pensa que é pra falar uma coisa dessas de mim, seu merda?
- Cala a boca você, sua vadia! – exclamei, completamente dominado pelo ódio, e foi então que eu percebi que havia ido longe demais. O rosto avermelhado de Isabella ficou estático, contorcido de raiva e ressentimento, mas meu ódio era tanto que eu não consegui me sentir arrependido. Pelo contrário, um risinho de deboche surgiu em meu rosto, declarando meu sentimento de vitória. Encarei seus olhos coléricos por alguns segundos, ofegante, enquanto ela se recuperava do impacto de minhas palavras.
- Pelo visto eu fiz a escolha certa me afastando de você – ela murmurou, entre dentes, com a voz carregada de desprezo – Eu não preciso de um homem que me maltrate.
- Tem certeza? – eu disse, malicioso e vingativo ao mesmo tempo, e não precisei continuar para que ela entendesse o sentido nada ortodoxo de minhas palavras.
- Vá embora, Vitti – ela pediu, controlando sua notável vontade de voar em mim e me estraçalhar – Eu não quero mais olhar pra você.
- Tudo bem, é só fechar os olhos – rebati, com um pouco de sarcasmo na voz, dando mais um passo até ela e vendo-a repetir meu gesto, só que na direção oposta, e se aproximar da parede – O que os olhos não vêem, o coração não sente, certo? Fe é a prova viva disso.
- Não se atreva a falar o nome dele! – ela gritou, apontando o dedo indicador para mim, e eu segurei seu punho com rapidez, colando meu corpo no dela. Assim que sentiu minha aproximação, Isabella recuou, encostando as costas na parede e percebendo que estava encurralada. Ela olhou em meus olhos com fúria, e eu apenas alarguei meu sorriso hostil, apertando seu pulso sem dó.
- Está doendo, é? – murmurei maldosamente, quando notei que ela alternava olhares entre meus olhos e sua mão presa, provavelmente com pouca circulação sanguínea.
– Me solta – ela cuspiu, respirando com dificuldade e me encarando demoniacamente. Aproximei minha boca da dela, vendo-a virar o rosto, e me aproveitei da proximidade de sua orelha para sussurrar ao pé de seu ouvido, com a voz carregada de sadismo:
- Melhor se acostumar.
- Me larga! – Isabella gritou, com os olhos fortemente fechados, e eu segurei seu rosto violentamente pelo maxilar, virando-o sem a menor delicadeza para mim e fazendo-a me encarar a poucos centímetros de distância.
- Isso, grita mais – sorri, bem perto de seus lábios – Deixe que todos saibam que sou eu quem te faz enlouquecer.
Isabella soltou um grunhido ininteligível de ódio, e com a mão livre, deu vários murros seguidos em meu peito, tentando me fazer soltá-la. Totalmente em vão, claro, eu só estava me sentindo cada vez mais estimulado a continuar. Conforme ela se esforçava inutilmente para me machucar, eu a observava franzir a testa em sinal de irritação, incapaz de se livrar de minhas mãos brutas. O movimento de seus seios próximos a mim, subindo e descendo para acompanhar sua respiração acelerada, a vermelhidão de seus lábios tão deliciosos, o aroma familiar que seus cabelos emanavam, tudo estava me atiçando cada vez mais, acelerando meu coração e me deixando ofegante. Eu podia estar aparentemente no controle, mas sabia que sempre seria um fraco perto dela.
Durante minha breve viagem por cada detalhe de seu corpo, Isabella desistiu de me agredir e, com um último soco, manteve seu pequeno punho em meu peito, derrotada.
- O que você quer de mim afinal? – ela rosnou, irritada, encarando sua própria mão com frustração.
- Tudo – não hesitei em responder, e ela ergueu seu olhar até encontrar o meu, criando uma conexão tensa – Eu quero que você seja minha.
- E se eu não quiser ser sua? - ela rebateu, adotando uma expressão desdenhosa – O que você vai fazer?
- Eu vou te obrigar – falei entre dentes, sentindo minha raiva triplicar diante de suas palavras e postura desafiadoras – E você vai ceder.
- Como você é iludido – Isabella riu, debochando de mim, e eu voltei a apertar seu pulso e rosto com mais força, ouvindo-a aumentar seu tom de voz ao fazê-lo – Eu nunca vou ser sua, ouviu bem? Nunca!
- Você vai se arrepender amargamente de ter dito isso – soprei, encarando-a com ódio, e prensei meus lábios contra os dela rudemente. Ela manteve a boca o mais fechada possível, e eu a prensei ainda mais contra a parede, praticamente esmagando-a contra a superfície fria. Sua mão voltou a socar meu peito cegamente, até que eu a segurei e, juntamente com seu outro pulso, a ergui até a altura de seus ombros, mantendo-a colada à parede. Ela estava arisca demais; qualquer deslize poderia render a ela uma chance de escapar de mim, e eu não permitiria que isso acontecesse.
Sentindo-se completamente presa, Isabella desistiu de tentar escapar após mais alguns segundos de agitação e rebeldia. Seu corpo manteve-se tenso contra o meu, mas pude perceber uma certa calma começar a se manifestar. Sim, ela estava gostando de estar comigo depois de um mês de privação. Mas com certeza não tanto quanto eu estava adorando sentir seu gosto em minha boca novamente, seu corpo macio se moldar ao meu, sua respiração ruidosa bater em meu rosto, seu perfume me envolver como uma névoa quente.
Aos poucos, ela foi relaxando os músculos de seus braços, deixando que seus punhos se desfizessem e suas mãos relaxassem, assim como todo o resto de seu corpo. Seus lábios cediam mais e mais a cada segundo, encaixando-se perfeitamente aos meus e permitindo que nossas línguas se acariciassem sem censura. Ela gemeu baixo quando nossas carícias se intensificaram ainda mais, num beijo intenso e bruto, e eu contive um sorriso, largando seus pulsos devagar para que ela pudesse me tocar. Tudo que eu queria era sentir suas mãos delicadas deslizando por minha pele e me provocando inúmeros e indescritíveis tipos de sensações, sempre tão desconhecidas e surpreendentes.
Desci minhas mãos para seus quadris, alisando todo o trajeto sem pressa e sentindo meus músculos se enrijecerem ao comprovarem a ausência do discreto relevo do sutiã sob o tecido fino de seu vestido. Assim que a soltei, ela dirigiu suas mãos famintas aos meus ombros, passando rapidamente por eles e embrenhando seus dedos em meus cabelos da nuca. Senti suas unhas razoavelmente compridas afundarem na pele daquela região, e trouxe seu corpo para ainda mais perto do meu, perigosamente dominado pelo prazer.
Continuei descendo minhas mãos por seu corpo até o início de suas coxas, e agarrei o tecido de seu vestido, subindo-o até seus quadris e sentindo-a colar seu corpo cada vez mais ao meu, estimulada. Levei uma de minhas mãos até sua nuca, agarrando seus cabelos, enquanto a outra contornava a parte externa de sua coxa e a erguia, fazendo-a enroscar sua perna na minha. A essa altura, meu cabelo já estava absurdamente desgrenhado e os braços de Isabella envolviam meu pescoço com fervor. Apertei sua coxa com vontade, sem me preocupar se a estava machucando ou não, e a senti intensificar a força de seu abraço, aproximando nossos lábios incansáveis ainda mais. Dessa vez, não pude deixar de sorrir pervertidamente contra sua boca, e abri os olhos, vendo-a franzir levemente a testa em sinal de dor e me encarar logo em seguida, sem partir o beijo.
Mordi seu lábio inferior com malícia, e ainda sorrindo, puxei seus cabelos para baixo, fazendo com que seu rosto se afastasse um pouco do meu e com que meus dentes escorregassem aos poucos pelo local. Sem perder tempo, voltei a beijá-la, tão intensamente como antes, sentindo suas mãos descerem por meus ombros e arranharem toda a extensão de meus braços. Arrepiado pelos choques elétricos que suas carícias me davam, subi minha mão até uma de minhas regiões favorita de seu corpo: a bunda. Soltei um gemido baixo quando a apertei, sentindo meu membro doer de tão rígido que já estava. Tesão reprimido era foda, me fazia sentir um adolescente de treze anos com ejaculação precoce.
Deslizei minha outra mão para o mesmo local, prensando minha pélvis contra a sua, e a senti apoiar-se em meus ombros e impulsionar o corpo para cima, envolvendo minha cintura com suas pernas. Ajudei a sustentá-la sem esforço, e consegui aprofundar ainda mais aquele beijo insano. Isabella rapidamente envolveu meu pescoço com seus braços, e sem hesitar, começou a puxar minha blusa para cima, deixando meu tronco nu em poucos segundos. Fui forçado a romper o beijo para tirar a peça, e antes que ela atingisse o chão, minha boca já estava grudada à de Isabella novamente.
Suas mãos quentes exploravam cada centímetro de pele exposta em meu corpo, enquanto eu me controlava para não terminar logo com aquilo. Quanto mais tempo durasse, melhor. Um mês de distância havia me deixado com uma saudade absurda, e uma simples rapidinha não me satisfaria. Desci meus beijos para seu pescoço, traçando um caminho quente com minha língua sobre a pele levemente suada dela. Caprichei no pescoço e no lóbulo de sua orelha, totalmente despreocupado quanto a marcas. Estava muito fora de mim para sequer pensar nas conseqüências de meus atos.
- Rafa... – ela arfou, num sussurro quase inaudível, e embrenhou sua mão em meus cabelos, alcançando o topo de minha cabeça e puxando-os com força. Dei uma leve mordidinha em seu pescoço ao ouvi-la chamar meu nome, e ela envolveu meus ombros mais firmemente com o outro braço. Aos poucos, meus dedos foram subindo por seus glúteos até irem parar em sua cintura, trazendo consigo seu vestido. Sem me intimidar, desci meus beijos por seu colo, exposto pelo ousado decote, aproveitando-me da firme sustentação de suas pernas em minha cintura. Sua respiração falhava perigosamente e seu coração parecia prestes a saltar de seu peito, eu podia sentir conforme descia meus beijos pela região.
Quando atingi o limite do decote, subi rapidamente o vestido até descobrir seus seios, e lhe dei apoio para se soltar de meus ombros e tirar a peça. Não pude deixar de sorrir ao vê-la somente de calcinha e salto alto, pendurada em mim, arfante, e me puxando para mais um de nossos beijos calorosos. Meu corpo inteiro estava retesado, contraído, absorvendo todo o prazer daquele momento; minha mente girava em torno dela, de sua língua ainda mais quente que a minha, de suas mãos agarrando meus cabelos, de suas unhas arranhando minha pele, de seus seios tocando meu peito, absurdamente macios e deliciosos. Naquele momento, eu tive a confirmação de todas as suspeitas e teorias que criei para explicar porque eu a queria tanto, desde o primeiro dia em que a vi.
Ela havia sido feita para ser minha. E eu havia sido feito para possuí-la. Não havia nada mais certo que nós dois.
Dirigi minha boca a um de seus seios, lutando para respirar, e fiz movimentos circulares com a língua ao redor de seu mamilo enrijecido, sugando-o ao mesmo tempo e ouvindo-a gemer um pouco mais alto. Envolvi seu outro seio com uma de minhas mãos, sentindo-o se moldar sob meus dedos, e um turbilhão de prazer me invadir a cada segundo. Isabella colocou seu rosto perto de minha orelha, fincando as unhas em meus ombros, e sua respiração ruidosa tão próxima fez minhas pernas tremerem e meus pêlos da nuca se eriçarem.
Sentindo falta de seus lábios, logo voltei a dar atenção a eles, beijando-a com ainda mais fúria. Gemi baixinho ao senti-la descer seus arranhões por meu peito e abdômen, e pude notar cada músculo se contrair sob suas unhas, como se pedissem para que ela os tocasse. Isabella continuou descendo suas mãos, até alcançar o cós de minha calça jeans com certa dificuldade. Segurei firme em seus glúteos (achando ótimo poder ajudá-la daquela forma e ainda por cima tirar uma bela lasquinha) para que ela conseguisse ficar mais estável e abrir o botão e o zíper, e cinco segundos depois, senti o tecido pesado deslizar por minhas pernas e ir parar em meus pés. Chutei-a rapidamente para longe, desfazendo-me de meus tênis e meias logo depois, com um pouco de dificuldade.
Não satisfeita, ela acariciou de leve o volume latejante de minha boxer vermelha, e apertou meu membro, fazendo-me gemer contra seus lábios e apertar com mais força sua bunda com minhas mãos espalmadas. Pude senti-la sorrir durante o beijo, e sem querer esperar muito mais, puxei sua calcinha para baixo, tirando-a com a ajuda dela sem demora. Isabella sugou meu lábio inferior com força, fazendo-o pulsar em sua boca, e logo em seguida, senti suas pernas se afrouxarem ao redor de minha cintura. Sem entender, franzi a testa e a segurei ainda mais firme, mas ela segurou meus braços, num pedido mudo para que eu a deixasse. Não sei exatamente porque a obedeci; poderia ser um truque para desistir e me deixar naquele estado. Mas quando me dei conta do que havia feito, ela já estava novamente de pé, e num segundo, me virou contra a parede, fazendo minhas costas colidirem contra a superfície fria.
Isabella roçou rapidamente os lábios inchados e avermelhados nos meus, olhando-me como um animal selvagem instigado. Ela grudou sua boca em meu pescoço, sem precisar ficar na ponta dos pés devido ao seu sapato alto, e continuou seu trajeto por meus ombros, peito e abdômen até atingir a barra da boxer. Chegando lá, ela mordeu o elástico da cueca, olhando-me com luxúria, e eu, já prevendo o que ela faria, encostei minha cabeça na parede, soltando um risinho torturado ao sentir seus dedos quentes adentrarem minha única peça de roupa.
Deixei que ela me despisse, e logo ela envolveu a base de meu membro com uma mão. Tentado a observá-la, me contive e fechei fortemente os olhos, decidido a apenas senti-la. Seus lábios tocaram de leve minha glande, num selinho delicado, e logo em seguida ela passou a língua pela região, colocando um pouco de força e me fazendo gemer baixinho. Incentivada, ela colocou meu membro inteiro na boca, sugando-o e fazendo movimentos de vai e vem, enquanto arranhava a parte interna de minha coxa com uma de suas mãos. Involuntariamente, minha mão buscou sua cabeça às cegas, e ao encontrá-la, segurou com força em seus cabelos, guiando sua movimentação. Ela não ofereceu resistência, e a cada segundo aumentava sua velocidade, fazendo meus gemidos ficarem mais altos e preencherem o vazio do quarto. Meu corpo inteiro suava e parecia arder em chamas, e uma enorme sensação de prazer se acumulava em meu membro, deixando minhas pernas tensas. Vez ou outra, Isabella percorria toda a área com a língua, de baixo para cima, ou então me masturbava com sua mão, em movimentos absurdamente prazerosos.
Desisti de resistir aos meus instintos e olhei para baixo, vendo-a subir uma de suas mãos por minha barriga. Assim que a vi, meu tesão pareceu triplicar, e na mesma hora, senti meu orgasmo muito evidente. Sem conseguir emitir nenhum som, extasiado por todo aquele prazer, a puxei para cima com toda a rapidez que pude, e a virei contra a parede. Segurei na parte traseira de suas coxas, carregando-a somente por aquela sustentação e trazendo-a mais para cima, e sem nem pensar em mais nada, a penetrei de uma só vez com uma força que jamais havia feito na vida. Pude ouvi-la soltar todo o ar de seus pulmões e apertar meus braços, surpresa com minha atitude repentina, e sem sequer esperar sua recuperação, continuei investindo tão rápido a ponto de nem conseguir emitir som algum, por mais que eu estivesse sentindo vontade de gritar.
Meu ritmo estava muito rápido, e eu sabia que não conseguiria agüentar muito mais daquele jeito, mas não fui capaz de desacelerar. Afundei meu rosto na curva suada de seu pescoço, inspirando aquele perfume que me viciava tanto, e mordi sua pele com um pouco de força, fazendo-a inclinar a cabeça na direção da minha. Seus dedos traçavam caminhos por meus cabelos, agarrando-os e puxando-os conforme eu me movia, fazendo-me revirar os olhos de prazer. Estranhamente, eu tive um curto, porém muito útil lapso de consciência nesse momento, e sem hesitar, resolvi colocar minha idéia em prática, antes que fosse tarde demais.
Com muita dificuldade e me controlando ao máximo, eu reduzi meu ritmo a quase zero, movimentando-me muito lentamente dentro dela. Isabella grunhiu em desaprovação, puxando meus cabelos com mais força, e eu voltei a acelerar, notando que a força em seus dedos reduziu-se quando a obedeci. Reduzi a velocidade novamente, dessa vez ouvindo-a chamar meu nome com indignação, e escondendo um risinho, sussurrei ao pé de seu ouvido:
- Diga que prefere ele agora.
Ela ficou em silêncio, pega de surpresa por minhas palavras, e eu retomei meus movimentos velozes, sentindo seus músculos se retesarem contra os meus. Afastei meu rosto de seu pescoço para observar sua expressão, e vi seus traços indecisos entre o prazer e a dor.
- Diga que prefere ficar com ele... – murmurei outra vez, movendo-me lentamente – A ficar comigo.
Acelerei novamente ao terminar a frase, sentindo seu olhar turbulento no meu. Era notável que ela havia percebido o que eu quis dizer, não só com as palavras, mas também com meus movimentos. Isabella contorceu o rosto em agonia e me puxou para um beijo agressivo e profundo, ao qual correspondi com intensidade. Continuei me movendo rapidamente, atingindo muito fundo dentro de seu corpo, até que foi impossível continuar me segurando e acabei gozando, coincidentemente sentindo-a estremecer e relaxar junto. Ambos soltamos gemidos altos e partimos o beijo ao atingirmos o orgasmo, e Isabella envolveu meu pescoço com seus braços depressa, afundando seu rosto em meu pescoço. Por alguns minutos, apenas fechei os olhos, recuperando-me de todo aquele momento, e me concentrei em normalizar minha respiração, sentindo-a quieta abraçada a mim.
- Eu quero ficar com você... Eu quero demais, mais até do que gostaria de querer – ela quebrou o silêncio, com a voz dolorida, e eu imediatamente abri meus olhos ao notar o choro em seu tom – Mas eu não posso.
- Por que não? – perguntei, soltando suas pernas devagar de modo que ela pudesse ficar de pé novamente, e a fiz olhar para mim – O que há de tão errado em nós dois? Me ajude a entender!
Uma indignação crescente começou a se manifestar em mim. Ouvi-la dizendo que me queria, mas que não podia ficar comigo havia me chateado profundamente, e eu não conseguia compreender porque ela dizia aquilo.
- Porque eu não posso simplesmente abandonar o Fe assim, da noite para o dia, Rafa – ela murmurou, levando as mãos ao rosto para esconder suas lágrimas – Eu o amo!
- E eu te amo, Isabella! – falei, sem conseguir controlar minhas palavras – Quantas vezes mais eu vou ter que me humilhar pra que você enxergue o quanto eu quero você, o quanto eu sou louco por você, o quanto eu amo você? Quantas vezes mais eu vou receber um não como resposta?
Ela não respondeu nada, apenas enterrou o rosto em suas mãos, escondendo seu choro. Seus ombros se moviam conforme ela chorava, e um soluço torturado escapou por entre seus lábios. Respirei fundo, observando-a encolhida, e a abracei pela cintura, sentindo-a moldar-se sem hesitação ao meu corpo. Seu tronco uniu-se ao meu perfeitamente, e seus braços envolveram meu pescoço delicadamente, fazendo-me fechar os olhos de um jeito doloroso. Eu a sentia tão perfeita para mim que doía demais imaginá-la com outra pessoa.
- Por favor, Isabella – sussurrei, sentindo sua respiração entrecortada pelo choro - Deixe-me convencer você de que sou o caminho certo... Deixe-me mostrar que sou o seu caminho.
Percebi seu choro intensificar-se após minhas palavras, e apenas a puxei para mais perto de mim, numa tentativa frustrada de acalmá-la.
- Eu deixo – ela soprou perto de meu ouvido após alguns segundos, assentindo de leve – Me ajude a tomar a decisão certa, por favor.
Um sorriso aliviado surgiu em meu rosto ao ouvir sua sentença. Ela estava me dando uma chance, a verdadeira chance de conquistá-la, mesmo que ela não estivesse disposta a terminar tudo com Fe de imediato. Ela estava permitindo que, aos poucos, eu conseguisse tomar o espaço que era dele em seu coração, e se dando o direito da dúvida. Finalmente.
- Muito obrigado – murmurei, virando meu rosto até conseguir beijar seu rosto – Obrigado por não desistir de mim.
- Me desculpe por tudo isso – ela fungou, culpada, e eu afastei nossos corpos minimamente, só para poder olhá-la – Me desculpe por ter sido tão insensível com você por todos esses dias... Você não merecia nada disso.
- Vamos esquecer isso, está bem? – falei baixinho, como quem sussurra para uma criança dormir – Não há mais motivos para se desculpar.
Ela não disse nada, apenas fungou algumas vezes e enxugou o rosto. Ergueu seu olhar até o meu logo em seguida e apenas sorriu tristemente, porém eu pude enxergar gratidão e carinho sinceros em seus traços. Levei minhas mãos até seu rosto, segurando-o delicadamente, e retribuindo seu sorriso, aproximei meus lábios dos seus, beijando-a suavemente. Apesar da simplicidade daquele beijo, senti meu corpo inteiro se arrepiar e meu coração encher-se de um sentimento bom quando nos afastamos, ambos com sorrisos maiores. Ficamos apenas nos olhando por alguns segundos, até que uma de suas mãos desceu por meu braço até atingir minha mão, e ela entrelaçou seus dedos nos meus.
- Eu preciso ir – sussurrei, tentando parecer indiferente ao que dizia e observando o contraste de características entre nossos dedos.
- Eu sei – ela suspirou, olhando-me tristemente, e desviou seus olhos de nossas mãos para meu rosto.
- Queria poder te seqüestrar, sabia? – falei, rindo baixinho, e eu percebi que seu olhar ficara um pouco mais triste – Fazer você sumir do mapa por algumas semanas.
- Eu adoraria poder sumir do mapa por algumas semanas – ela disse, pensando alto, e eu a encarei, curioso – Mas que isso não sirva de incentivo pra você.
Dei uma risada um pouco mais alta, sendo acompanhado por ela, porém logo ficamos sérios novamente. Respirei fundo, engolindo a vontade de beijá-la mais uma vez, e forcei meu corpo a se distanciar do dela. Estava ficando cada vez mais difícil conseguir romper a bolha de magnetismo que me mantinha preso a ela, e antes que eu pudesse pensar em desistir, virei-me na direção de minhas roupas e comecei a vesti-las. Ouvi Isabella suspirar, e logo em seguida o som de seus passos indicou que ela se distanciava, até chegar ao banheiro e fechar a porta atrás de si.
Assim que vesti a boxer e estava passando uma de minhas pernas por dentro da calça jeans, com a mente totalmente aérea, minha carteira caiu do bolso de trás da peça, espalhando alguns de meus pertences pelo chão.
- Merda – xinguei baixo, terminando de vestir a calça e abaixando-me para recolher minhas coisas. Algumas moedas haviam escapado de seu compartimento, e ao colocá-las em seu devido lugar, algo extremamente importante do qual eu havia esquecido há alguns minutos atrás prendeu meu olhar.
A camisinha.
Minha garganta secou quando vi o preservativo intacto em minha carteira, e eu caí sentado sobre a cama de Fe. Meu Deus, como eu pude me esquecer de nos proteger? Eu estava tão fora de mim que a segurança nem sequer passou pela minha cabeça.
Ouvi a porta do banheiro se abrir, e Isabella saiu de lá, parando poucos passos depois e me encarando com preocupação.
- Você está bem? – ela perguntou, franzindo a testa, e eu simplesmente a encarei, paralisado pelo choque – Nossa, você tá branco feito leite, o que aconteceu?
- A... A camisinha – gaguejei, fitando novamente minha carteira, e ela apenas riu. Voltei a olhá-la, horrorizado com sua naturalidade diante do risco que corríamos, e seu riso se intensificou.
- Não se preocupe – ela disse, ainda rindo um pouco – Digamos que eu já estava prevenida.
Ergui uma sobrancelha, e uma resposta óbvia apareceu em minha mente.
- Camisinha feminina? – chutei, e ela assentiu, sorrindo de lado e fazendo-me soltar um suspiro de alívio – Te devo essa.
- Vou cobrar com juros – ela disse, caminhando até sua calcinha e vestindo-a rapidamente – Se bem que sua cara de pânico quase quitou a dívida.
- Estou chorando de rir – ironizei, levantando-me e pegando minha camiseta – Eu errei feio com você, me desculpe.
- Tudo bem, eu não teria ficado tão relaxada se já não estivesse devidamente protegida – ela sorriu, colocando o vestido sem demora enquanto eu terminava de vestir minha blusa e me sentava na cama para calçar meus tênis.
Isabella colocou todo o cabelo para trás e prendeu-o cuidadosamente num rabo de cavalo alto, virando-se de costas para mim sem perceber. Aproveitando-me disso, levantei-me rapidamente e a abracei por trás, beijando carinhosamente seu pescoço descoberto e sentindo-a se arrepiar pela surpresa.
- Eu adoro seu pescoço, sabia? – sussurrei, subindo meus beijos até atingir a parte de trás de sua orelha e sentindo-a acariciar minha nuca devagar com uma de suas mãos – É muito gostoso de beijar.
- Pare com isso, Vitti – ela ofegou, passando sua outra mão sobre meus braços, que envolviam sua cintura firmemente – Eu acabei de me vestir, sabe.
- Não tem problema, outra coisa que eu adoro é tirar sua roupa – sorri, mordiscando sua pele e fazendo-a puxar meus cabelos.
- Pervertido – ela riu, um tanto zonza, e se virou pra mim, envolvendo meu pescoço com seus braços – Já chega por hoje, você precisa ir embora.
- Só mais um beijinho, por favor – pedi, encostando a ponta de meu nariz no dela, e vendo-a sorrir timidamente, roubei mais um beijo intenso de seus lábios.
- Pronto, agora vai – Isabella murmurou, partindo o beijo, porém sem soltar meu pescoço – Tchau, Vitti.
- Tchau, Santoni – sorri, dando alguns passos para trás até atingir a porta do quarto e trazendo-a comigo – Me leva até a porta?
- Me leve você – ela corrigiu, e num segundo, estava pendurada em minha cintura novamente – E rápido.
- Folgada – brinquei, abrindo a porta e caminhando cautelosamente pelo apartamento enquanto roubava mais um selinho dela.
- Chato! – ela xingou, mostrando a língua e mordendo meu lábio inferior logo em seguida.
- Quero te ver de novo – falei, quando já estava quase na porta do apartamento – O mais rápido possível.
- Eu também – ela gemeu, com um tom de confissão na voz – Mas não sei se deveria.
- O que vai fazer amanhã? – ignorei seu princípio de crise. Ela não estragaria nosso momento, não mesmo.
- Não sei – ela respondeu, pensativa - Fe vai viajar logo cedo, e eu...
- Estarei te esperando no meu apartamento às 14h – impus, taxativo, e a coloquei no chão – Ai de você se chegar atrasada.
- Não, Rafa – ela protestou, balançando negativamente a cabeça - É melhor eu não ir...
- Vá com sua melhor lingerie – a interrompi ao pé de seu ouvido, mordendo seu lóbulo lentamente logo em seguida e sentindo-a estremecer – Até amanhã, tampinha.
Ainda sob o efeito de minha provocação, ela não conseguiu responder nada, e eu a beijei mais uma vez antes de sair sorrateiramente pela porta do apartamento.
Com um sorriso no rosto, muitas esperanças, e uma felicidade que eu nunca imaginei sentir.

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