Rebelle Fleur

Capítulo 10

Lara

Depois de todo aquele chororô retocamos a maquiagem, descemos as escadas e entramos no carro.

-Está nervosa?

Um meio sorriso surge em meus lábios.

-Sim.

-Prefere que eu lhe diga onde estamos indo ou quer mesmo que seja surpresa?

Diz ela assim que paramos no sinal vermelho.

-Hum. Não sei.

-Ok, nós vamos ao bar.

D é a pior pessoa para se guardar uma surpresa.

-Ao bar? Mas ele não abre dia de terça.

-Sim... Mas hoje será uma noite especial.

Eu a olho de um jeito curioso.

-Pera, não me diga que senhor Eduardo vai noivar com a Karen vadia.

D solta uma risada e me responde.

-Não. É algo muito mais especial.

O sinal abre e ela volta a dirigir em silêncio até chegarmos lá.

O estacionamento está lotado. Carros e motos estão espalhados por todo lugar. Algo está estranho...

-D, você está me deixando nervosa. Por que tem tanto carro aqui e...

Digo eu dando um giro de 360º.

-Anda vem...

Paramos em frente a porta do bar.

-Preparada?

Balanço a cabeça em sinal de NÃO e ela sorri.

-3... 2... 1...

Quando a porta se abre, meu coração quase sai do corpo.

As pessoas gritam em coro.

-SUPRESA!!!!!!!

-Caralho.

Cubro minha boca com as mãos.

Vejo as pessoas ao meu redor com um enorme sorriso. Aquelas no qual conheço há bastante tempo como outras que estou vendo pela primeira vez... Mas o brilho em seus olhares são os mais sinceros.

Viro-me para a D e a encaro.

-Eu nunca pensei que...

-Que você fosse tão querida por todos?

-É.

Digo meio sem jeito.

-Isso aqui é a prova do quanto todos nessa cidade sentiram a sua falta.

Então ela aponta para a enorme faixa no fundo do bar.

SEJA BEM VINDA REBELLE FLOUR!

As horas se passam e eu continuo a abraçar as pessoas que aqui se encontram.

Os meninos da Universidade continuam os babacões de sempre, os funcionários do estúdio de tatuagens do Jimmy me trouxeram um buquê de flores, seu Henrique dono do carrinho de cachorro quente passou apenas para me dar um beijo e logo voltou para o parque...

Aqueles com quem falo pela primeira vez, dizem que por fim, puderam colocar um rosto na pessoa em que eles tanto ouviram falar.

Continuo a circular pelo bar quando uma mão toca o meu ombro fazendo-me olhar para trás.

Calebe.

Um dos melhores amigos do Murilo.

-Vi que você cumprimentou todos que estão aqui, menos nos três.