*Ana
- Ostras, por favor.
- Sim, senhor Grey.
O garçom saiu e eu fique olhando seu rosto.
- Será que todos se sentem intimidados por você?
Ele riu.
- Não. Há uma linda mulher que sempre me desafia. Que me leva ao limite e desperta grandes sentimentos em mim.
- E quem seria essa mulher?
Eu, presunçosa, esperando que ele dissesse meu nome.
- Minha mãe...
Ele começou a rir e eu o olhei perplexa. Depois ri junto porque mesmo que ele não tenha dito o meu nome foi engraçado
- Você devia ter visto a sua cara...
Fiz biquinho.
- Ei, não fique assim.
Segurou meu queixo e me deu um pequeno selinho. Deitei a cabeça em seu ombro e sorri sem razão. Talvez o seu cheiro me deixasse inebriada demais ou talvez sua respiração compassada me deixassem meio louca demais. Eu só acho que tudo nesse homem me deixa acessa demais desde criança.
- Quer conversar sobre aquilo agora? - Ele me pergunta.
Sua voz saiu tão baixa que acreditei que ele não quisesse que eu ouvisse. Suspirei e me distanciei do seu corpo. Acariciei seu rosto, sentindo a barba por fazer pinicar sob minhas mãos. Ele tombou o rosto em direção ao meu carinho. Seus olhos nublados sob os cilhos, nunca estiveram tão claros para mim. Ele queria uma resposta, mas estava com medo de ouvi-la.
- Será que será uma boa ideia? - pergunto mais para mim mesma do que para ele. - Será que você não gosta de mim como eu sou? Será que não gosta de nós como estamos?
Seu movimento foi inesperado. Ele se jogou em cima de mim como um animal selvagem. Catando minha boca como um animal faminto, segurando meus braços com uma força exagerada. Confesso que jamais o havia visto naquela maneira. Ele nos separa bruscamente, olho nos seus olhos acinzentados uma porção de sentimentos.
- O que está insinuando? Que não a amo? Que não gosto de você? Do seu jeito? De sua voz? - Disse rude apertando meus braços, me forçando a ir de encontro a seu corpo. - Ana, acredite, depois que você voltou, me tirou de um inferno sem fim, de um buraco negro de solidão infinita. Nunca mais me diga uma coisa dessas! Sabe quanto tempo eu sofri? Te procurando, achando que estava com outro, acreditando que as piores coisas podiam ter acontecido... Só quero tentar algo com você... Quero dar o meu algo mais... Talvez possa ser pouco para o que você merece, mas eu quero fazer isso direito, quero fazer isso dar certo.
A essa altura eu já estava mal com o que eu havia falado. Abri a boca para falar algo, mas o garçom entrou carregando nosso jantar. Mantive a cabeça baixa olhando para meus sapatos. Que vergonha! Pobre Christian, só queria um relacionamento diferente, e eu falando merda.
Quando ele se foi, olhei para Christian. Deslizei minhas mãos pelos seus ombros o tranquilizando. Sorri e lhe dei um beijo, mas não um simples beijo. Um beijo especial para Christian. Parei o beijo lento e amoroso com um pequeno selinho.
- Já não disse que havia aceitado? - Sorriu. - Nunca mais falarei isso. Eu sou só estou meio confusa e só, está bem? E se você quiser pode começar a falar sobre essa relação.
Ele suspirou, mas finalmente olhou para mim.
- Não é um tipo de relação comum entre o casal. Não sei se você ouviu falar, mas é uma relação entre o Dominador e a Submissa ou vise-e-versa. Nesse tipo de relação a Submissa deve fazer tudo que o Dominador mandar, pedir ou exigir.
- Tudo? - Sussurro.
- Tudo. - responde. - Mas não tudo do tipo "Engula uma pedra". O que o Dominador pedir, no caso eu, a Submissa fará para o meu prazer e o prazer da Submissa, no caso você.
Isso é informação demais para mim cabeça. Okay, acho que estou começando a entender... Mas será?
- Se você não obedecer pode haver punições.
Arregalei os olhos.
- Você bateria em mim?
Ele se assustou com o que eu falei.
- Não!... Quer dizer sim, mas só se você quiser. Na realidade as mulheres, elas gostam... sentem prazer com a dor que o Dominador ou Mestre proporciona. Varia de mulher para mulher, mas eu acredito que você vá gostar.
A curiosidade me dominava mais que o medo.
- E com o que você pode me punir?
Ele engoli em seco.
- Chicotes, varas, açoites... são variados... Depende do quanto eu vou querer te punir...
Torço os lábios. Pego uma ostra do prato e ele me imita. Saboreio devagar a comida. Ele observa atentamente cada ato meu. Mesmo um pouco assustada com tudo que ele começou a falar me interessei levemente por essa tal relação muito louca... A essa altura do campeonato Christian já me encarava sem pudores. Seus olhos expressivos mostravam o que queriam. E eles queriam a mim.
- Continue.
Ele vacilou por um momento, mas continuou de onde havia parado.
- Pode haver um documento onde você informa o que eu posso fazer com seu corpo.
Me inclinei provocantemente em sua direção sobre a mesa.
- E o que você faria com meu corpo, Sr. Grey?
Ele sorriu e me deu um selinho.
- Você saberá na Sala de Jogos, baby.
*
Oi, meninas. Okay, eu demorei de novo. Gente, eu estou passando por um problema familiar. Eu estou precisando e um tempo com a minha família. Desculpem, mas eu não estou no clima de ficar postando capítulos grandes quantos mais com frequência. Mas eu JAMAIS desistirei da minha fanfic.
Bjs, galera! Espero que tenham gostado...
Próximo Capítulo: Sala de Jogos?
Anninha
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Você me esperaria?
RomanceAnastasia Steele sempre foi de uma pequena família pobre, vivia com a mãe, Carla, pois o pai havia morrido. A mãe conseguiu um emprego na casa dos Grey como babá e desde então sua pequena garotinha só tinha olhos para o filho do meio da Sra. Grey. A...