*Christian
A noite foi longa e dolorosa. Seu cheiro estava por toda parte. Travesseiros, minhas roupas, o banheiro. Dormi abraçado com a blusa que ela havia usado na nossa primeira noite juntos. Na minha mente passavam-se imagens dela chorando sozinha ou pensando em me deixar. As lagrimas ardiam em meus olhos, mas meu orgulho não deixava que elas rolassem, não deixava que elas caíssem.
Mandei Taylor providenciar mais dois seguranças para minha equipe: Liam e Ryan. Os dois seriam seguranças de Ana vinte e quatro horas por dia. Cuidariam para que ninguém que oferecesse perigo se aproximasse dela como Leila ou outras submissas. As ameaças de Leila provocaram um surto psicológico em mim, mesmo eu acreditando que ela não teria coragem de fazer, nem chances, devo ficar precavido. Não posso correr riscos, não quando eles se tratam de Ana.
Sei como Leila é argilosa. Fique três meses com ela, sei seus truques. Ela é uma mulher bonita, não posso negar e por isso pode seduzir um homem com poder e pedir mais e mais coisas. Pode fazê-lo enlouquecer para somente satisfazer seus desejos. Há homens que me odeiam pelo dinheiro que possuo e ela já se deitou com a maioria deles. Ela os conhece, não sei o que ela pretende fazer, mas estou alerta.
A xicara de café puro repousava sutilmente em cima da bancada. O vapor subia batendo no meu rosto abatido e cansado. Seattle acordou fria nessa manhã, não choveu, mas o tempo estava péssimo. Sra. Gail entrou silenciosa e deu-me bom dia com sua voz baixa e controlada, praticamente doce.
- Acho que devia ir atrás dela.
Ela praticamente sussurrou, mas senti que ela queria eu ouvisse.
- Orgulho idiota. - murmurei.
Ela se virou para mim com o rosto compreensivo.
- A Srta. Steele deve estar sofrendo, Sr. Grey. Pense bem... Está desposto a perde-la por nada?
- Obrigado, Gail.
Corri para o closet e coloquei a primeira roupa que encontrei. Jeans e uma blusa branca. Taylor já me esperava paciente ao lado do carro. Gail o avisou, com certeza. Entrei no banco do carona e ele no do motorista. Peguei o IPhone do bolso.
Me espere, amor, Estou indo te buscar.
Bjs, Christian.
Mandei a mensagem rapidamente. O caminho para casa de meus pais nunca foi tão longo. Quando o carro passou pelo portão particular da propriedade de meus pais praticamente desci do carro em movimento. Ouvi Taylor murmurar algo mais estava absorto demais com o fato de atravessar aquelas portas de madeira. Entrei e minha mãe a única que estava no andar de baixo, me recepcionou.
- Querido...
- Onde ela está?
- Eu... Querido, olhe...
- Fale logo! Mãe, estou com pressa.
- Quarto de hóspedes.
Subi as escadas na velocidade da luz. O quarto de hospedes era o ultimo do corredor. Ao abrir a porta me deparei com ela. Minha deusa, minha salvação.
O rosto cansado e manchado de lagrimas mostrava como ela estava devastada. Me ajoelhei ao seu lado e beijei sua mão. Ela estava quente. Febre, pensei. Ela se mexeu e seus olhos tremeram se abrindo.
- Christian...
- Ei, amor. Me desculpe por ontem. Ela apareceu de repente. Já faz um tempo que eu havia terminado com ela. Ela sente inveja de você por estar comigo, por ser linda, doce...
Ela se sentou. Os olhos vermelhos me olhavam impassíveis.
- Quantas?
- Dezessete, mas isso não vem ao caso. Nenhuma delas eram você, nenhuma delas eram o que eu precisava, eu preciso de você.
Ela começou a chorar. Me sentei na sua frente tocando seu rosto, tocando seus lábios levemente.
- Não chore. Você é única. Você é minha. Eu nunca vou deixar você ir. Você não está em perigo, pois eu vou proteger você. Você só precisa confiar em mim, no seu amor, no seu Chris. Veja como eu te amo. - Pego sua mão e coloco em meu peito. Ela suspira. - Ele é seu. Você acha que eu estaria aqui implorando por você. Ele dói. Ele quer você por que ele já ficou tempo demais sozinho.
Ela puxa minha mão e repete o gesto.
- Eu te amo, mas tenho medo. Fique sozinha tempo demais. Você caiu de paraquedas na minha vida monótona e pacata. Tirou-me do simples, me levando do 10 aos 100. Você veio com toda essa bagagem... Leila, submissas, relações... Eu quero você mais não sei.
A beijei profundamente, me suspendendo em cima dela.
- Esquece isso. Esquece o mundo lá fora, amor. Finge que só há eu e você no mundo, me ame como se não houvesse amanhã. Esquece Leila... - mais um beijo. - Sinta-me novamente. Veja como eu te amo.
Não haviam mais roupas entre nós. Somente murmúrios de amor eram ouvidos de nossos lábios. promessas, vontades... Nós entregamos novamente, um ao outro. Ela repousou novamente em meus braços murmurando que me amava e nesse momento eu soube que era o homem mais feliz do mundo.
*
Oi. Postei no prazo, hein! Espero que tenham gostado, queridos. Sugestões?
Próximo Capitulo: Ethan?
Luiza.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Você me esperaria?
RomanceAnastasia Steele sempre foi de uma pequena família pobre, vivia com a mãe, Carla, pois o pai havia morrido. A mãe conseguiu um emprego na casa dos Grey como babá e desde então sua pequena garotinha só tinha olhos para o filho do meio da Sra. Grey. A...