Anastácia
Kate, Kate, Kate, o que eu faço com você, Katherine?
Katherine era umas uma das únicas amigas que eu tinha. A gente se conheceu quando minha mãe trabalhou na casa dela e por uma incrível conhecidencia na faculdade também, e a amizade foi crescendo e nos estamos juntas até hoje. Ela era linda e loira, com seus olhos incrivelmente verdes e corpo perfeito, não passava despercebido nem por um asilo de velhinhos.
Por esses dias ela pegou uma forte gripe e como ela disse: "Estou incapacitado de fazer qualquer esforço fisico", me mandou copiar milhões de papéis para entregar na semana que vem nas entrevistas de emprego. E como eu sou uma ótima amiga - leia-se trouxa - eu faço isso por ela.
Minha vida tem sido bem chata e entediante. Não tenho tantos encontros com amigos, não saio mais para festas ou outras coisas mais. Minha vida não melhorou tanto. Eu ainda não sou rica e não tenho condições de uma vida de luxúria, mas é uma boa vida.
Depois de copiar tudo eu estou aqui esperando o sinal fechar para atravessar a rua.
Em momentos como esse ele toma conta da minha mente. Eu sinto falta dele. Dos seus olhos, dos seis beijos dos seus carinhos, da sua atenção especial comigo. Acho que nunca vou superar a falta da sua presença na minha vida. Agora, eu havia crescido. Adoraria saber no que Christian se tornou. Será que já era o grande empresário que sonhava em ser? Ou seguiu outro caminho?
Sorri com o pensamento de que talvez ele ainda tivesse o Charlie Tango, ou talvez até tivesse um helicóptero chamado assim.
Será que ele procura por mim? Será que ele lembra do pequeno beijo que dei nele na nossa despedida? Será que ainda me amava?
Bom... eu nunca vou poder saber. Agora eu conseguia ver o pequeno edifício onde eu e Kate moramos. Decidimos morar juntas a partir do segundo ano da faculdade. Sorri, era fácil me esquecer dos problemas naquela época.
- Moça, cuidado! - alguém gritou.
Olhei para o lado e notei um ciclista vindo na minha direção. Aí, meu Deus. Sinto braços fortes me puxarem para frente, fazendo com que o ciclista passasse rente as minhas costas. O que foi isso?
Estou sendo abraçada por um desconhecido. Não entre em pânico, Ana. Um cheiro familiar me atrai, observo seu terno cinza completamente bem passado. Levanto a cabeça.
Arregalo os olhos em descrença. Não é possível. Meus labios secam. A minha frente há o homem mais bonito que conheci em toda minha vida. Cabelos cor de cobre e aqueles olhos. Aqueles olhos cinza irradiando uma emoção diferente, seus labios rosados e cheios, tudo tão familiar. Eu estou muito atordoada com tudo isso.
Ele coloca as mãos no meu rosto. Eu começo a tremer. Tremer realmente.
- Você está bem?
Nem sua voz doce pode me fazer parar de tremer. Isso é assustador demais para mim. Eu tremo de medo dele não ser quem estou pensando que seja. Tremo de esperança porque meu coração tolo , espanca a minha caixa torácica.
- É você, Chris?
As lágrimas ameaçam cair quando observo que ele a principio não esbolça reação. Ele não é o Christian?
Olho para seus lábios rosados e levemente abertos e novamente para seus olhos. Eu, em um ato de impulso, deixo minha pasta no chão e coloco minhas mãos em sua nuca. Se for ele lembrará do nosso momento. E enfim dei somente uma bitoca e me afastei.
Ele arregalou os olhos. As lágrimas cairam. Duas de uma vez.
- Ana.
Tampei a boca e soltei um grito abafado.
- É você! - ele disse.
Fui abraçada e retribui com todas as minhas forças, pois era o amor da minha vida que estava abraçando.
Como senti sua falta!
Ele se afastou de mim e me bombardeou com milhares de perguntas.
- Você está bem? O que faz da vida? Trabalha aonde? Onde mora? Tenho muitas coisas a contar. Oh, meu Deus! Sabe quanta saudade eu tive de você?
Sorri tentando secar as lágrimas que pararam de cair.
- São tantas coisas, Christian. Tantas. - abaixei os olhos. - Eu ainda tenho a nossa caixinha de música, sabia?
Ele sorriu de forma orgulhosa,
- Para aonde está indo?
- Pra casa. - Apontei para o pequeno prédio atrás dele.
- Venha conheço uma ótima cafeteria por aqui.
*
Christian
Observo cautelosamente como ela leva a xícara cheia de English Breakfast Tea aos lábios, assopra e dá um pequeno gole. Eu ainda estou esperando a ficha cair. Ver que a menina que eu mais me interessava no mundo estava na minha frente me olhando curiosa a procura de novidades.
- Bom, eu sou presidente da Grey Imperius.
Ela arregalou os olhos.
- Não creio. - Mas pode começar a crer, baby. Sorrio, qualquer elogio vindo dela infla meu ego de maneira inacreditável.
Ela morde os lábios. Algo dentro de mim se acende, algo felino que me da sensação de posse sobre ela. Oh, baby, não morda os lábios. Só eu posso mordê-los, acariciá-los ou beijá-los. Ei, espera aí, de onde veio isso?
- Você namora? Alguma ficante ou algo assim? - pergunta um tanto temerosa.
Algumas submisas, mas nada demais.
- Não. - Dou um gole no meu café preto sem açúcar.
Ela sorri confiante.
- Eu estou feliz, Christian. Agora nos crescemos e ninguém nem nada pode nos separar de novo. - Ela cora adoravelmente com a declaração.
- Eu também. - Pego sua mão. - Eu nunca vou deixar você escapar de mim outra vez, ouviu?
- Eu nunca tentaria, Christian. Jamais.
- Bom saber, porque se você tentar eu te procuro até no inferno se for preciso.
Ela ri. Um som maravilhoso que preenche todo o espaço ao nosso redor chamando a atenção de todos no recinto. Eu os ingnoro e acompanho Ana com suas risadas.
Como eu senti falta disso. Eu nunca mais vou deixar você escorrer pelos meus dedos de novo.
*
Ahhhhh!
Finalmente o encontro! Próximo capítulo: "Conhecendo seu ex-chefe"
Comentem e recomendem!
Beijos. ;D
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Você me esperaria?
RomanceAnastasia Steele sempre foi de uma pequena família pobre, vivia com a mãe, Carla, pois o pai havia morrido. A mãe conseguiu um emprego na casa dos Grey como babá e desde então sua pequena garotinha só tinha olhos para o filho do meio da Sra. Grey. A...