Ela dormia serenamente agarrada a ele. Em seus sonhos profundos o medo de perde-lo era grande. Pelos recentes acontecimentos seus olhos fechados ainda estavam inchados pelo choro, mas a expressão de seu rosto era de felicidade. Estar ao lado do homem que ama deixa qualquer mulher feliz. O homem a seu lado estava praticamente sufocando-a em um abraço de urso. Ele tinha medo. Medo que ela desistisse de tudo aqui. Que ela quisesse esquecer dele.
Por causa da aparição desagradável daquela mulher. Um elo foi quebrado, e Christian precisava reconstruí-lo com Ana. Ele se condenava pelo passado maldito que possuía. Por ter tido tantas outras mulheres nas quais ele tivera relações como estava tendo com Ana. Ele estava confuso pois não sabia por onde começar. Não sabia se devia sufocá-la de presentes e carinhos ou simplesmente dar um tempo a ela e esperar que toda aquela maldita merda acabasse.
Um suspiro saiu dos lábios de Ana. Sinal que o sono havia ido embora. Os olhos ainda cansados se abriram. Ana amava aquele homem. Olhou-o por alguns segundos. O nariz reto e as bochechas altas que ficavam em perfeita sintonia. Os cílios longos lhe davam uma aparência doce e sensual ao mesmo tempo, deixando-a confusa e excitada. O peito másculo e forte estava nu e naquele momento ela quis toca-los nos dedos como a noite passada.
Antes de fazê-lo os olhos dele tremeram e se abriram. Ele e ela mantiveram seus olhares conectados. Dizendo tantas coisas sem falar. Tantos sentimentos em confusão. Ela franziu as sobrancelhas tentando se conter, mas sem aviso as lagrimas vieram e os soluços a sacolejavam violentamente. Ela se sentou, tampando o rosto com as mãos. Sua nudez naquele momento não a importava.
Ele vendo-a daquela maneira se sentou também abraçando-a e tocando seu rosto com carinho.
*Ana
- Por que tem que ser assim, Christian? Por quê?
Por mais que eu tentasse, o meu corpo não me respondia. Eu estava entrando em um colapso. um colapso interno completamente novo para mim. Minha garganta soltava sons estanhos junto com meus soluços descontrolados. Eu parecia um animal morrendo. E era assim que eu estava, eu estava morrendo.
- Meu amor, olhe para mim.
Foi um pedido. Um pedido sofrido e calado. Um pedido que ele tinha medo de falar para mim naquele estado. O olhei engolindo em seco. Ele colocou o braço por trás de minhas costas e outro, na dobra de meus joelhos e me ergueu para seu colo onde pude ver seus olhos cinza.
Eu o vi chorando. Nunca tinha visto-o chorar. Aquela cena era forte demais para mim. E nesse momento eu me coloquei em seu lugar. Imaginei o quanto aquela noite havia sido difícil para ele. Sozinho e sem ninguém para consola-lo dentro do enorme apartamento no escala. Eu aqui pelo menos tinha Grace e Mia, mas e ele? Ele estava sozinho!
As lagrimas sessaram.
- Me perdoe, meu amor. Me perdoe. - Ele disse tapando os olhos com uma das mãos.
- Somente se você me perdoar. Sei que você não tinha nada a ver com o aparecimento dela. Você me contou que não tinha mais envolvimento por ela e eu confio em você. Só que... parou para pensar? Nos vimos a pouco tempo. Eu sou romântica demais para não ficar abalada com essas coisas. Eu acho que estava meio iludida pensando que quando encontrasse você seriamos felizes para sempre, achando que como nos livros não haveria conflito entre os casais.
Ele parecia perdido.
- Não quero fazer as pazes com você durante o sexo. Não. Eu quero conversar as situações com você. Noite passada, estava desesperada por você, por isso... Deixa para lá, mas quero que entenda meu ponto de vista.
- Claro que entendo. - disse desarmado, porém firme. - Essa é minha única maneira de me desculpar. Não sei, Ana... Eu estou tão fodido.
Sorri. Toquei seu rosto e o beijei.
- Eu sei, Chris. E te amo mesmo assim.
*
Depois de nossa reconciliação, Christian mandou Taylor comprar roupas novas para mim. Uma calça jeans e uma blusa simples. Me despedi de Grace e toda a família Grey, que foram tão gentis comigo. Christian me levou de volta para casa. Durante caminho conversamos banalidades. Ao chegarmos enfrente ao meu prédio, ele abriu a porta do carro para mim.
- Kate deve estar tendo um infarto de preocupação.
Ele enlaçou minha cintura e sorriu.
- Não tenho duvidas. - Deu-me um beijo rápido. - Posso te levar até lá em cima? - Ele falou inseguro, mas fofo.
- Pode e se quiser podemos assistir um filme no meu quarto.
Ele sorriu feliz, não havia nenhum sinal de sedução ou malicia nele. Pegamos o elevador. Morri cinco vezes antes de chegar ao meu andar. Christian e eu em um lugar pequeno não é uma boa. Ele só sorria. E isso me deixava feliz. A tristeza que aquela mulher deixou se foi rapidamente.
Abri a porta. Gritos histéricos de Kate eram ouvidos. Não eram gemidos ou lamurias. Ela não estava fazendo sexo, ela parecia estar comemorando algo. A voz de um homem era ouvida. Entrei no apartamento. Na sala, ela e um homem loiro se abraçavam. Os dois se viraram para mim e eu o reconheci rapidamente.
- Ethan!
Corri em sua direção e o abracei. Meu amigo havia voltado de sua tão amada faculdade de advocacia, ele havia seguido os passos do pai. Agora entendia a felicidade de Kate. O abracei forte e com muito carinho. Eu havia sento falta dele.
- Aninha, como você cresceu! - se afastou de mim para me ver melhor. - Está bonita!
- Obrigada. E você também está! Que surpresa, não?
- Sim1 Estava com saudades. - E me abraçou de novo.
Um pigarro baixo e raivoso chamou minha atenção. Christian, merda! Me distanciei de Ethan e Christian se aproximou com passos largos. Parecia furioso. Eu me vi na mesma situação da Clayton's com Christian e Paul.
- Bom... Christian esse é Ethan Kavarnagh, irmão de Kate e Ethan esse é Christian Grey, meu namorado. - senti a mão de Christian enlaçar a minha cintura, enquanto a outra apertava a mão de Ethan.
Os dois se olharam com uma raiva contida que eu não pude identificar. Socorro, eles vou se atacar aqui!
*
Hey! Tudo bom, pessoal? Meu aniversario vai ser amanhã, dia 10, então estou atolada de coisas pra fazer: como o meu bolo e a decoração e tals, mas espero que tenham gostado. Ethan e Christian brigando... hum... o que será que vem por ai?
Próximo capitulo: Brigas e Férias.
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Você me esperaria?
عاطفيةAnastasia Steele sempre foi de uma pequena família pobre, vivia com a mãe, Carla, pois o pai havia morrido. A mãe conseguiu um emprego na casa dos Grey como babá e desde então sua pequena garotinha só tinha olhos para o filho do meio da Sra. Grey. A...