* Ana
Meus lábios estavam crispados de raiva, mas eu tentava não tentava transpassar, mas era obvio que ele estava notando. Um tanto encabulado, eu diria, ele pediu um prato que eu nunca havia visto.
Desde que sentamos eu estava somente olhando para baixo. Eu estava com medo de Elena ser mais uma Leila na vida de Christian, mesmo ela sendo casada com Lincoln. Ela é uma mulher bonita, não posso negar, assim como não posso negar que Leila também é. O que me atormenta é.... Quantas? Quantas seriam as mulheres que foram para a cama de Christian? Seriam muitas? Eu já sabia que Leila havia sido uma dessas, mas ela não era a única.
Ela colocou sua mão sobre a minha na mesa. Levantei meu solhos para olhá-lo. Estava tão bonito. A camisa branca e fresca balançava junto com o vento da praia. Seus olhos estavam ternos e até mesmo temerosos, isso era um claro sinal de nervosismo. Tirei minha mão da sua, deixando meu rosto sem expressão. Suas sobrancelhas se juntaram em claro sinal de confusão.
- Foi a uns anos atrás. Ella era amiga da minha mãe e eu era um adolescente incontrolável.
Arquei as sobrancelhas.
- Ela se aproximou, me mostrou e ofereceu.
Franzi as sobrancelhas.
- O que ela te ofereceu?
Ele suspirou e olhou para baixo colocando os cotovelos apoiados em cima da mesa. Ele entrelaçou os dedos formando o topo de uma tenda indígena. Novamente olhou para meus olhos tentando encontrar alguma emoção neles.
- A relação de Dominadora e Submisso.
Nesse momento eu parei de respirar. Meu coração parou rapidamente por um momento. Como ele pode? Como pode oferecer a mim, o que aquela mulher havia oferecido a ele? Eu fui capaz de entender que ele queria algo diferente, mas uma coisa incentivada por ela? Uma molestadora de crianças? Isso era realmente apavorante. Olhei para ele, que agora parecia muito assustado com minha reação.
- Continue. - pedi, num tão baixo.
- Eu tinha quinze anos na época e aceitei. Ficamos assim até meus vinte e um anos. E foi ai que eu comecei a ter as minhas próprias submissas. Depois de alguns meses ela encontrou Lincoln e se casou. Conhece Lincoln quando ele quis fazer um convenio com minha empresa. Ele é uma boa pessoa... Eu e Elena não nos falamos faz muito tempo, mas viramos amigos depois de tudo.
Arregalei os olhos, olhando para mesa.
- Amigos? - gruni. - Amigo de uma pedófila, Christian! - exclamei baixo para que os outros não ouvissem.
- Ana, não veja por esse lado! Ela realmente me mostrou coisas improprias, mas eu não era mais uma criança e...
- E o quê? -praticamente explodi ã frente dele. - Você aceitou e pronto Christian. Não me dê desculpas esfarrapadas! O que me doí e saber que houveram várias antes de mim e que você não me fala sobre isso! É preciso elas entrarem na nossa vida para você me dizer! Foi assim com Leila e está sendo assim com a Mrs. Robinson! - gritei.
O garçom chegou e olhou para mim com um olhar interrogativo. Esqueci que que ele não falavam inglês. Ele deixou a comida em cima da mesa.
- Não estou com fome.
Me levantei sobre seu olhar ávido e sai correndo. em disparada em direção a areia. Passei por casais se beijando e por crianças brincando na água. Eu não estava chorando, eu estava com raiva. Encostei me em um coqueiro e coloquei as mãos sobre o rosto. Estava cansada, mal saí de meu baque com Leila, já tenho uma Mrs. Robinson inserida na minha vida.
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Você me esperaria?
RomanceAnastasia Steele sempre foi de uma pequena família pobre, vivia com a mãe, Carla, pois o pai havia morrido. A mãe conseguiu um emprego na casa dos Grey como babá e desde então sua pequena garotinha só tinha olhos para o filho do meio da Sra. Grey. A...