*Ana
A gente não imagina que certas coisas podem acontecer conosco. Eu nunca pensei que bateria o carro contra uma árvore, mas tem coisas que acontecem e não podemos mudar certo? Nunca na minha vida pensei que Christian me trairia, o que vi é difícil de tirar da minha mente, mesmo eu tendo quase certeza de que aquela cobra loira armou isso.
Recobrei a consciência a poucos minutos, mas meu corpo não me responde. Algo faz cocegas no meu nariz e meu braço direito parece estar imobilizado. De repente ouço uma voz triste e irritada. Seu timbre rouco não escapa dos meus ouvidos, mesmo eu ouvido como de estivesse debaixo d'água. Um movimento do meu lado esquerdo e sua mão quente agarra a minha como um bote salva-vidas.
Sua cabeça se inclina e delicadamente se põe em cima do meu ventre. Meu bebê!, tenho vontade de gritar, mas não consigo me mover. Não sei se o meu bebê está salvo! Que Deus não permita que isso aconteça.
- Meu filho... tão pequeno, já é um lutador... Sua mamãe não me avisou que você estava ai dentro, mas eu prometo que vou sempre amar você e sua mamãe... - tenho vontade de sorrir, mas está tudo dormente. - Se ela tivesse me ouvido e visto que não era o que parecia, vocês dois não estariam nessa situação! Eu fiquei muito preocupado, filho, porque vocês são as coisas que eu mais amo no mundo e eu prometo que vou proteger vocês dois. - Ele deu um beijo na minha bariga por cima da bata do hospital. - Eu te amo, filho ou filha, não é? - Sinto ele sorri.
De repente a inconsciência me chama de novo. Eu não quero ir! Sinto um beijo na minha testa.
- Te amo, meu amor. Volte logo.
E eu voltaria.
*
Meus olhos se abriram tentando se acostumar com a luz excessiva que vinha do teto. Maquinas e aparelhos me rodeavam assim como dois sofás na sala. Na poltrona do lado, Christian, meio curvado, ressonava. Sua barba havia crescido consideravelmente e as olheiras em baixo de seus olhos eram nítidas e quase roxas. seu cabelo lustroso, estava meio oleoso, mas nada que o deixasse feio.
Antes de falar com ele dei uma chegada no meu corpo. Meu braço direito estava engessado, com certeza, eu havia quebrado-o. Passei a mão pela testa e notei um curativo na superior parte esquerda. E meu lábio inferior estava cortado e meus ombros tinham simples arranhões superficiais. Minhas pernas também tinham arranhões e minha bariga estava ilesa, mas branca do que nunca.
Olhei para Christian. Passei um tempo admirando-o e pensando bem no que eu diria a seguir. Eu não havia me traído... Pelo o que ele havia dito, fora tudo um mal entendido. Provavelmente um plano de Elena para cima de mim. Eu não podia deixar que isso nos abalasse.
Então, delicadamente, coloquei a mão em sua bochecha áspera pela barba. Seu movimento foi brusco, o que fez com que minha mão caísse na cama. Sorri fracamente, pois estranhamente minhas bochechas estava estranhamente doloridas.
Seu olhar parecia perdido e seus olhos cinza nublados, como as nuvens antes da chuva cair, mas ao se focarem nos meus, suas pupilas diminuíram e focaram em mim. Ele sorriu. Seus lábios se alargaram como nunca. E ele se aproximou eufórico de mim.
- Ana. Minha Ana! - dizia e me abraçava de uma maneira torta desviando dos fios e das agulhas em meus braços. Eu sentou no mesmo lugar enquando beijava inúmeras vezes minha mão. Ele suspirou. - Ana, não foi nada do que você viu. Foi tudo uma armação dela, de Elena! Eu...
O silenciei com um dedo.
- Eu sei, Christian. Eu fui precipitada... Eu devia, devia ter te ouvido, mas... Eu... Não... - Tento falar, mas sinto as lágrimas nos meus olhos.
- Ei, olhei para mim... Não fiquei assim, você...
- Eu quase matei nosso filho! - grito e o choro se rompe.
Ele engole em seco com minhas palavras. Eu quase havia matado meu bebê! Eu estava machucada mais eu devia pensar nele antes de tudo! Ele ofegou como se contivesse ao dentro de si, ele estava chorando.
- Eu morri mil morte desde quinta, Ana. Quase morri novamente ao saber que você estava grávida e que nosso filho corria risco de vida. Eu só lhe peço que não faça isso novamente... Eu - soluço - não suportaria essa dor novamente.
Meu coração estava espremido em ver sua expressão de dor e seu choro sofrido e contido. Ele estava indefeso e eu odiava isso. Eu amava meu Christian confiante e seguro de tudo. Vê-lo dessa maneira me deixava perdida. E nesse momento eu me arrependi de tudo que eu havia feito e principalmente por entrar naquele carro.
- Eu...
- Você estava em coma. Induzido.
Ofego e arregalo os olhos.
- Faz duas semanas que você não acorda, Ana. Você... Você...
Ele não termina. Ele não consegue. E eu também não. Ele chora e eu o abraço apertado chorando eu seu ombro. Ele pensou que eu estava morta. Oh, céus!
- Não fique assim, meu amor. - seguro seu rosto e limpo suas lágrimas. Olha, agora nos estamos juntos e nada vai não separar! Vamos voltar para casa e cuidar do nosso filho! - sorrio com esperança.
Ele sorri com sinceridade. É um sorriso lindo. Ele passa a mão na minha barriga.
- Isso! Vamos reconstruir a nossa vida, agora da maneira certa!
Sorrio.
- Você me esperaria? Até eu acordar? Mesmo que talvez isso fosse nunca?
Ele ri. Ri balançando a cabeça. Ele olha para mim. E me beija com paixão, mesmo meus lábios estando machucados.
- Até os últimos dias da minha vida.
Eu sorrio. E nos ficamos assim nos olhando. De repente, ele se abaixa e ajoelha.
- Anastasia Rose Steele, eu não suportaria perdê-la novamente, então fique comigo. Selada e unida a mim para sempre pelas leis de Deus e do homem. Seja minha esposa, minha mulher e meu porto seguro. Seja minha Aninha para todo sempre.
Seja minha. Quer casar comigo? Com o Christian obsessivo, controlador e inseguro.Choro descontroladamente. Amo suas palavras doces e seus gestos bruscos, mas cheios de amor. Minha resposta é imediata e segura como nenhuma outra.
- Sim. Eu sempre fui e sempre serei sua Aninha, meu Chris.
Um beijo e selado e nossos destinos tambem.
*
E está acabando, gente.
Próximo capítulo é o epilogo. Espero que gostem. O fim está próximo. Que triste vou posta novas fanfics quanod acabar essa. Espero que gostem do capitulo. Dêem uma estrela e um comentario, okay? Tchauzinho!
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Você me esperaria?
RomanceAnastasia Steele sempre foi de uma pequena família pobre, vivia com a mãe, Carla, pois o pai havia morrido. A mãe conseguiu um emprego na casa dos Grey como babá e desde então sua pequena garotinha só tinha olhos para o filho do meio da Sra. Grey. A...