Capítulo 15

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Samantha

Carl sorri para mim, e eu tento fazer o mesmo. Ele é quem tem cuidando de mim desde que eu me resfriei, naquela noite que eu não gosto de lembrar.

-Você parece melhor.- Carl senta ao meu lado na cama com uma bandeja de café da manhã. - Trouxe comida.

- Obrigada, mas não tenho fome.- e é verdade, não sinto fome e nem nada. A única coisa que faço  é pensar, como a uma semana atrás eu estava radiante e agora estou esse lixo? O pior que uma pessoa só que define tudo, e essa pessoa é um anjo, idiota e mentiroso.

- Você vai comer.- o loiro sorri diabolicamente para mim. - Ou eu chamo Ivy.

-Você não faria isso!- eu dou uma tapinha em seu braço.

Ivyao contrario do que eu pensava quando a conheci é uma boa pessoa, quando Carl não pode estar comigo é ela que me faz companhia, me contando historias lindas de quando ela ainda era um anjo, o único problema é que ela ama dar uma de mãe, ela até queria me dar comida na boca !

Até Derek as vezes vem me ver, o único que não é Calum. Eu gostaria de dizer que não dou a minima, mas dói, dói muito.

- Eu faria sim, você vai comer?- Car lpergunta me olhando ansioso com seus lindos olhos azuis. Aceno  e pego uma torrada da bandeja e começo a comê-la.

Enquanto como noto que Carl me parece meio ansioso, e fico curiosa.

-Algum problema? - pergunto. Ele olha em volta do quarto tentando evitar meu olhar - Carl? Pode me contar.

- Todos vamos sair essa noite, vamos para a boate em que seu tio foi visto falando com um demônio.- e pela primeira vez vejo Carl totalmente serio, geralmente ele é todo sorrisos e piadas bobas.

- Isso é ótimo! Precisamos mesmo descobrir mais!- digo animada. Preciso de respostas, meu tio Nate é outra decepção para mim, eu sempre considerei ele meu segundo pai, e derrepente descubro que ele pode ter matado meu pai. Tem como minha vida ficar mais surreal?

Noto que meu companheiro continua calado e franzo as sobrancelhas.

-Carl?

- Sam ... - ele abaixa o olhar para o chão edepois olha para mim.- Nós vamos, você não.

- Quê???? COMO ASSIM? - levanto da cama rapidamente e sinto uma tontura, mas a ignoro.- Eu sou a maior interessada nisso, Carl! É sobre minha família que estamos falando!

Carl se levanta também e vem até mim. Estamos a um metro de distancia agora.

- Sam ...eu sei. Eu concordo com você, você deve sim saber mais sobre seu passado, sua familia, tudo. Você não acha estranho um anjo ser mandado só para olhar uma humana qualquer.- ele cora.- Sem ofensa.

Realmente ele tem razão, porque sou importante? Um anjo é enviado para me proteger assim do nada?

- Você concorda comigo?- o olho com desconfiança.- Quem não quer que euvou então?

Não sei porque, mas já sei a resposta antes desair da boca de Carl.

- Calum, ele não quer que você vá.

-Eu sabia. Pena que ele não manda em mim, não é mesmo? - sorrio para meu novo amigo.

- Verdade. - ele sorri de volta.- Estou disposto a te ajudar, Sam. Se você quiser.

Vou até ele e oabraço.

- É claro que quero! - beijo sua bochecha e ambos nos afastamos, sorrindo.

- Preciso falar com aquele idiota.-digo por fim.- Você pode sair para eu me trocar?

Ele assente e abre a porta.- Boa sorte, Sam.

- Obrigada.

Jás ozinha no quarto penso no que falar para Calum, essa vai ser uma conversa bem difícil.


Calum

O escritório de Dereké praticamente minha nova casa, é aqui que como, durmo e passo o dia todo. Estou um lixo, ou melhor sou um lixo. Samantha não quer nem olhar para mim, só a vejo a noite quando ela esta dormindo, e eu fico vigiando seu sono.

Meu peito dói, é algo que nunca senti antes. É como se a uma semana atrás naquele lago enquanto estávamos felizes, meu mundo era colorido. Agora com ela lá, e eu aqui, tudo parece sem cor.

Carl passa pelo corredor vindo do quarto que antes era meu e de Sam, ele vê que eu estou olhando e para, me da um sorriso irônico e continua seu caminho. Quê?

Aperto meus punhos, preciso controlar minha raiva, o que é bem impossível sabendo que aquele idiota está todos os dias perto dela, cuidando dela, quando era pra ser eu, porra.

Balanço minha cabeça tentando me acalmar, preciso ficar sob controle e não fazer nenhuma burrada. Miguel está de olho, preciso proteger Sam e a mim.

-Calum?- uma voz me chama me tirando dos meus pensamentos, olho para a porta e lá está ela. Seus cabelos negros estão em uma longa trança, ela está com um moletom rosa e uma calça jeans. Linda como sempre. - Posso falar com você? - meu corpo se arrepia ao som de sua voz, seu olhar é decidido e sei que não adianta falar"não".

- Sim. - sento em um sofá verde perto da janela, ele também pode ser chamado de " cama", já que é essa a utilidade que ele tem para mim agora. Aponto para a cadeira posicionada a frente do sofá. Samantha senta nela e me olha, não consigo decifrar seu olhar.

- Porque você não quer que eu vá com vocês hoje a noite?- ela vai direto ao ponto, é assim que ela é, e eu gosto disso.

Hoje a noite eu, Ivy, Derek e Carl vamos a boate em que o tio de Samantha foi visto conversando com um demônio. Eu proibi que Samantha fosse levada porque ela não estava bem, e porque não consigo me concentrar em nada com ela por perto.

- Porque não. digo simplesmente, e ela me fuzila com o olhar, quase sorrio porque ela fica ainda mais linda assim. Ela se aproxima do meu rosto e eu arrepio. Ela vai me beijar?

Seus lábios estão do meu ouvido.

- Você não manda em mim, anjo.- ela diz baixo e firme.

Antes que ela se afaste eu a pego pelo braço mantendo seu rosto perto do meu.

- Eu sou seu anjo, menina bonita. Você não vai e ponto. - digo tentando controlar minha raiva. Porque ela tem que ser tão teimosa?

Ela se solta de meu aperto e se levanta como um furacão de derrubando ac adeira a qual ela estava sentada.

- SEU IDIOTA! VOCÊ NÃO MANDA EM MIM! - ela aponta o dedo para a mim e eu permaneço impassível diante de sua explosão, minha vontade é de abraça- la e fazer ela se acalmar , mas não posso, se eu a tocar sei que não vou conseguir parar. Sento assim cruzo os braços e olho inexpressivo para um Samantha furiosa.

- Porque você não quer que eu descubra mais? Você ta me escondendo algo? Me diz, Calum. Porque Deus iria mandar um anjo cuidar de uma humana em especial? - dessa vez sua voz é fria e calculada.

Franzo minhas sobrancelhas, ela tem razão. Lembro de quando Miguel disse que ela não era uma humana qualquer, para falar a verdade isso me intriga um pouco. Samantha tem que se manter afastada de tudo isso até que eu descubra mais.

- Especial? Por favor, Samantha. Você não tem nada especial. - meu coração doi ao dizer essas palavras, sei que isso vai machucar ela como me machuca, mas essa é a unica forma dela se manter longe. De mim e de problemas.

A sala fica totalmente em silêncio depois de minhas palavras, posso até ouvir minha respiração e a dela. Olho para seu rosto e desvio meu olhar,tentando evitar seu olhar machucado.

- Desgraçado.- ela sussurra um tempo depois.- Desgraçado.- ela diz mais alto dessa vez.- Você não age nada como um anjo, você é um mentiroso egoista, não é? Foi só seu chefe aparecer para "nós"não significar mais nada.

Suas palavras são como vários socos que eu levo em silencio.

- Eu odeio você. Eu vou nessa porra de boate, Carl vai me ajudar a encontrar respostas, ao contrario de você.

Com a menção do nome daquele idiota eu vejo vermelho, um sentimento de posse toma conta de mim, é como se meu corpo não fosse mais meu, eu sou totalmente guiado por meus instintos. Me levanto de onde estou e em uma passada estou tão perto dela que nossas respirações se misturam.

- Fique longe daquele idiota, Samantha. Ou acabo com ele.- digo devagar e friamente, estou com tanto raiva que mal consigo pensar. Pego um punhado de seus cabelos negros e puxo seu rosto até o meu, antes que ela possa reagir minha boca está na sua. Sua língua na minha é como estar no céu, somos como fogo, dificil de apagar, uma simples faisca e já estamos incendiando. Quando vejo suas pernas estão envoltas da minha cintura, minhas mãos agora estão na sua bunda, e nossas linguas estão cada vez mais famintas.

Pego ela e a levo até o sofá, sem quebrar o beijo a deito nele e beijo seu pescoço, ela tem o cheiro tão bom, ao meu toque ela geme e eu me torno mais faminto. Deus, não sei como parar.

Como se tivesse levado um choque eu paro. O que estou fazendo? Não podemos continuar, Miguel pode estar nos olhando agora. Samantha se levanta também e olha para mim, fria.

- Já se arrependeu? Tipico de você, né? - ela passa por mim sem ao menos me olhar e para na porta. - Eu achava que você era o ser mais corajoso que eu já conheci. Mas, eu me enganei - seu olhar e de desprezo agora.- Você é fraco.

Ela me da um ultimo olhar e sai, me deixando imóvel naquele escritório, me perguntando se ela tem razão. Uma lagrima escorre de meu olhos e eu a pego entre meus dedos, estou chorando? Em um surto de raiva jogo tudo que vejo pela frente no chão.

Samantha tem razão, sou fraco. Não tenho nem coragem de lutar por ela. Mas uma coisa eu posso fazer por ela.

Eu vou protege-la, custe o que custar, dou a minha vida por ela.



Me desculpem por não postar na sexta, não tive tempo! Vou postar o capitulo de amanhã hoje para não correr o risco de amanha não dar tempo.

Espero que gostem! Beijos e bom final de semana <3





A missão do arcanjo.Onde histórias criam vida. Descubra agora