A missão do arcanjo.

Capitulo 5

Samantha

Eu estava tão tocada com a forma que Calum falava com a garotinha, que não a vi chegar.
Não deu tempo de reagir, ela veio no nada e partiu para cima do Calum e a partir dai não lembro mais de nada específico.
Lembro dos sons de luta ... da dor ... e do choro ... meu choro? Eu não sei ...
Eu tento me levantar e sinto uma dor lancinante, gemo. Preciso ser forte, tento novamente me levantar.
Eu consigo. Eu consigo. Eu consigo. Repito na minha cabeça.
Abro os olhos, vejo Caroline agachada perto de sua cama. Calum e uma mulher loira estão lutando perto da porta.
Preciso chegar até Caroline, preciso protegê - lá.
Começo a me mexer, sinto muito dor na cabeça mais ignoro, continuo me arrastando até aquela garotinha assustada.
Sinto dor.Contínuo, não posso parar.
Depois do que parece horas chego até ela, ela me olha assustada.
- Desculpa, minha mamãe é má ... - ela começa a chorar.
- Tudo bem ... vai ficar tudo bem. - sussurro, sinto muita dor e depois escuridão.

Calum

Olho para a mulher loira a minha frente, mais específicamente para seus olhos negros. Demônio.
- Saia do corpo de mulher, eu ordeno.- digo com a voz fria.
Ela ri.Um som frio e sem emoção.
Ela parte pra cima de mim e tenta me atingir no rosto e desvio antes de ser atingido e agarro seu punho. A mulher tenta se libertar, faço um pouco mais de força e ela se irrita.
Olho para onde Samantha estava caída, ela não está mais lá, procuro em volta e nesse momento levo um chute nas minhas partes baixas.
Ai. Mais que merda ....
Empurro a loira pra longe e ela bate na parede, minha vontade era de fazer um exorcismo e assim poder ver como Sam está, mais não posso. Preciso tentar arrancar algumas informações primeiro.
- Quem libertou você? - pergunto ao demônio.
- O que te faz achar que vou te contar, anjinho? - a mulher sorri pra mim.
Preciso liberta- lá dessa criatura.
- Fale agora ! - digo com raiva.
- Ou o que? Vai me matar? - ela me desafia.
- Vou.Se você colaborar eu apenas te mando pro inferno, ao contrário eu mato você.- ameaço.
- Você teria coragem? Não esqueça que estou em um corpo humano.
- Se não for por bem, vai ser por mal. - digo - Praecipio in nomine Domini! - a criatura começa a se contorcer,sorrio de contentamento.
- PARA! EU FALO! - a mulher grita.
- Ótimo, sou todo ouvidos.- falo cruzando os braços.
- Um humano ... com vontade de ter poderes demoníacos ...
- E como os anjos não conseguem ver ele ou os planos dele? - pergunto.
- Um feitiço muito antigo, apaga ele totalmente do mapa pra vocês.
- Você sabe quem é?
- É claro que não.
- Mentira. Surgite, egredimini de corpore ! - começo e a mulher se contorce.
- EU NÃO SEI, PARA POR FAVOR!
- Você já não me serve de nada. - digo ignorando seus lamentos - Ora pro patre et filio et spiritu sancto!
E então ele se vai, o demônio sai por entre a boca da mulher em forma de uma fumaça negra. Assim voltando pro inferno.
Olho para o chão do lado da cama, e vejo Samantha desmaiada perto de Caroline. Corro em direção dela rezando para meu senhor que ela esteja bem.

Samantha

Abro meus olhos e tento me levantar, sinto uma dor muito forte e deito de novo.
- Calma, você tem que descansar.- uma voz suave me diz.
- Calum? - pergunto sentindo um grande alívio.
- Sim.- ele diz sentando ao meu lado da cama. - Você levou uma pancada muito forte na cabeça, quer que eu faça a dor passa?
- Sim, mas porque você não fez isso antes? - pergunto confusa.
- Porque eu estava sem forças por ter curado a mãe de Caroline, estava esperando recuperá- la.
- Ah ... e como elas estão? Descobriu alguma coisa com o demônio?
- Elas estão bem, Caroline demorou um pouco para entender que sua mãe tinha voltado a ser a mesma. Mais no final tudo se resolveu. - ele pega na minha mão, meu coração dispara.
- Você não respondeu minha outra pergunta.- digo com a voz baixa e entrecortada.
- Depois falamos disso, agora vou cuidar de você.- dito assim ele se aproxima com a mão na minha nuca, minha respiração acelera.
- O que ta fazendo?- pergunto com a voz baixa.
- Já disse, cuidando de você.- sinto seu hálito quente no meu rosto. Sua mão na minha nuca começa a esquentar, começo a me sentir melhor instantaneamente.
- Pronto.- ele diz mais perto do meu rosto.- Curei você.
- Obrigada.
Ele se afasta um pouco e eu o seguro.
- Você não vai me beijar? - digo tão baixo que nem sei se ele ouviu.
Ele se aproxima, meu coração acelera mais, seu nariz encosta na minha bochecha, onde ele deposita um beijo.
- Não posso. - ele diz se levantando e indo em direção a porta. Me deixando confusa e sozinha naquele quarto.

Gente vocês estão gostando? Votem e comentem pra eu saber !
Estão shippando o Calum e a Samantha?
Beijos ❤