Capítulo 16

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Samantha

Depois da minha briga com Calum eu voltei para meu quarto, pretendo sair dele só quando for a hora de irmos para a tal boate, não quero falar com ninguém. Estou deitada do mesmo jeito a algum tempo, sinceramente estou uma merda. Alguém bate na porta.

- Vá embora! - grito parecendo uma criança fazendo birra, mas quem se importa? Seco uma lagrima que escorre pelo meu rosto.

- Sam? Sou eu .. Carl.

Penso em abrir a porta e deixa-lo entrar, Carl tem sido um otimo amigo para mim, mas nesse momento quero ficar sozinha, simplesmente sinto raiva de tudo.

- Vou entrar!- ele grita. A porta se abre e eu fico furiosa. Ele não sabe o que é um "não"?

- Vá embora, porra! - grito com raiva.

Ele não se mexe e me olha por um tempo.

- Sabe, quando eu te vi pela primeira vez, lembra? Você gritou comigo achando que era o Calum.- ele faz uma pausa e eu espero querendo saber onde ele quer chegar.- Eu pensei naquele dia que você era uma garota com personalidade, e quando a Ivy me contou sua história, de como você caçou demônios sozinha antes do Calum aparecer, eu fiquei mais impressionado ainda.

Olho em volta tentando desviar de seu olhar em mim.

- Onde você quer chegar com isso?- pergunto impaciente.

- Eu me enganei? Você vive assim agora, chorando e se lamentando, cade aquela garota que lutava por tudo sozinha? Você se encostou em Cal e parece que tido depende dele, levanta dessa cama e lute, descobra mais sobre seu passado. Confesso para você que estou curioso para essa importância que o cara lá de cima parece dar a você, mas eu também quero te ajudar .... eu sei que você consegue.

Ficamos um tempo em silencio, um encarando o outro. Minha teimosia me diz para mandar ele a merda e trancar essa porta, mas tem outro lado que sabe que ele está certo, eu sou mais sorte que isso. 

Me levanto da cama, vou até ele e pego sua mão.

- Você realmente quer me ajudar?- eu preciso da ajuda de alguém, e Carl é perfeito para isso, ele não me traca como uma boneca de porcelana.

- Claro.- ele sorri e eu também.

- Obrigada.- digo abraçando, fecho os olhos deixando seu cheiro me invadir.- Parece que fiz um novo amigo.

- E eu uma nova amiga, gatinha.- ele pisca para mim.- Agora vai se arrumar, e fique gata. Jajá vamos sair.

- Ok. Vou tomar um banho.- ele para na porta e sorri.

- Obrigada, Carl.

- De nada, gatinha.

Ele fecha a porta e eu dou risada quando ele grita do corredor para mim não demorar. Isso vai ser difícil, porque literalmente eu vou vestida para matar.

Calum

Enquanto todos se preparam para sairmos para a tal boate, eu resolvo voar um pouco, ver se me acalmo. Meus pensamentos ficam tão longe pensando em tudo que preciso abrir mão agora, nem noto que alguém está me seguindo. Olho para atrás e vejo que é Miguel com suas grandes asas, acho que elas dão duas das minhas.

Diminuo a velocidade e começo a descer em meio as arvores. Pouso no que parece uma clareira e ouço quando meu chefe faz o mesmo. Estou de costas para ele, espero até que ele fale algo.

- Você me parece um pouco fora do controle, soldado.

Suas palavras me fazem sentir raiva.

- Eu estava fazendo tudo certo... bom quase certo ... mas qual o problema de me envolver com alguém enquanto  estou aqui? Vários anjos já fizeram isso.

A missão do arcanjo.Onde histórias criam vida. Descubra agora