A missão do arcanjo.

Capítulo 10

Samantha

- O quê? Meu tio ... só pode ser um engano.- olho para Calum desesperada para que ele ria e diga que foi um brincadeira de mal gosto, ou que eles podem estar enganados.

Estamos falando de meu tio! Ele cuidou de mim depois da morte de meu pai, ele amava meu pai, isso não é verdade.

- Samantha .. eu sei que é difícil, querida ... - começa Ivy, cerro os punhos de raiva, quem ela pensa que é? Ela nem ao menos conhece meu tio.

- CALA A BOCA! VOCÊ NÃO ME CONHECE, VOCÊ NÃO O CONHECE! - grito e saio correndo da sala, sinto as lagrimas caindo, não pode ser ... eu não acredito nesses mentirosos.

- Samantha! Sam! Espera! - é Calum atrás de mim, corro mais rapido, e entro no meu carro. Coloco a chave na ignição.

- Sam! Me escuta, olha, vamos conversar. Não saia assim.- olho para Calum e ele está me encarando desesperado, sinto vontade de abraça- lo mas a ignoro. Ele também é um mentiroso.

- Me.deixe.em.paz.- digo devagar e o encaro com todo a raiva que sinto.- Desde que você apareceu minha vida virou de cabeça para baixo!- ligo o carro.

- Amor ... não sai assim ...- ele suplica.

- Eu não sou seu amor! Eu não preciso de você.- dito assim saio com o carro o deixando. Olho pelo retrovisor e vejo ele parado com as mão na cabeça.

Ignoro a dor no meu peito e acelero deixando tudo isso para trás.

Eu tenho que voltar para casa. Para meu tio Nate.

Calum

Ela se foi, sinto uma dor enorme que chega a me sufocar.

- Cal ... - sinto alguém tocando no meu ombro. Olho e vejo que é Ivy. - Ela está confusa ... ela vai voltar.

- Você não a conhece, ela é teimosa.- digo triste.- Eu sou o anjo dela, Ivy. Eu tenho que protegê-la e nem ao menos sei para onde ela foi.- digo falando mais desesperado.

- Será que não? Pense, ela está confusa, ela quer a verdade. E só tem uma pessoa agora que pode dar isso a ela.- Ivy diz séria.

- Nate Creswell? - quase grito.- Ela não pode! Não depois do que descobrimos! 

- Calma, está bem? Vamos atrás dela. - Ivy diz se virando para os dois homens parados na porta.- Certo rapazes?

- Certo. - Carl e Derek respondem em unisolo.

- Eu vou na frente. - digo decidido. - Eu sou seu anjo. Antes que ela responda abro minhas asas e levanto vôo.

Estou chegando Sam.

Samantha

Paro na casa onde cresci, está tudo igual. O jardim em frente a casa, e o pequeno balanço onde eu e meu pai nos divertimos muito.

Suspiro.Como eu queria voltar no tempo.

Provavelmente meu tio deve estar aqui, depois que meu pai morreu, tio Nate se mudou de seu apartamento na cidade para minha casa, para poder cuidar de mim.

Vou até a porta e bato, espero um pouco. Ouço passos vindo de dentro e a porta se abre.

Um homem de meia idade, com a barba espessa e negras e olhos azuis me encara.

- Olá querida.- ele abre um sorriso e vem até mim, me dando um forte abraço.

- Olá, tio Nate.- sussuro emocionada.

- Vamos entrar, filha. A quanto tempo não?- ele diz me guiando para dentro da casa.

- Muito.- olho em volta e a casa continua igual. Minha poltrona favorita azul marinho continua perto da janela, assim como eu costumava deixar.

- Sente- se, vou fazer um chá para nós. Você tem muito o que me contar.

Sorrio e aceno com a cabeça, ele é tão bom, é realmente estúpido alguém achar que ele é do mau.

Preciso pensar no que vou fazer, vou continuar com minhas caças e deixar toda essa história de anjos pra trás.

- Samantha? - olho para meu tio sorrindo pra mim.- Tome seu chá.

Pego e ele se senta no sofá a minha frente.

- E então, comece a falar.

Dito assim eu lhe conto tudo, tudo desde Calum apareceu na minha vida. Afinal de contas esse é meu tio e eu confio nele.

- E enfim, eles o acusaram de estar com os tais demônios no bar.- digo terminando.

- Oh.- meu tio da uma risadinha.- Que bobagem.

Ele se levanta. - Você deve estar cansada, suba e deite um pouco.

- Espera ... o senhor não tem nada a dizer? - digo estranhando.

- Como eu disse, é só uma bobagem.- ele diz sério.

- Ah, Ok.- digo ainda estranhando.

- Primeiro as damas.- ele diz me dando passagem.

Passo em sua frente e ele me sorri, só que de um jeito diferente, meio diabólico.

E antes que eu pudesse sequer reagir ele pega algo dentro da calça e sinto um baque na minha cabeça.

Caio no chão e sinto uma escuridão me invadir, antes de tudo se apagar ouço meu tio dizer.

- Desculpe querida, era preciso.

E assim desmaio.

Calum

Chego na casa onde Samantha morava, espero que ela esteja aqui.

Olho para um pequeno balanço velho no jardim e imagino uma menina de cabelos pretos e sorriso bonito nele, apesar de tudo sorrio.

Vou até a porta e bato, ninguém atende. Bato mais uma vez e novamente ninguém atende.

Abro a porta e entro, melhor eu investigar antes de ir. 

Entro em uma sala de estar, tudo normal. Cozinha, quartos e banheiros, tudo ok também.

Entro em panico, onde ela pode estar? E se ela tiver machucada? E derrepende percebo que o que me importa não é mais minha missão e sim a segurança de Sam.

Mesmo estando tudo bem nada, sinto uma sensação ruim aqui, mas nao consigo saber o que, é quando ouço um grito ... é ela.

Corro em direção ao grito e vejo que não verifiquei um lugar.. o porão.

Corro mais rapido, entro no porão e desço as escadas correndo e paro assim que chego lá em baixo.

O que vejo me surpreende. 

Droga, preciso de reforços.