A Primeira Carta.

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Olá, como estão? Saudades! Bom, não sei se vocês estão sabendo, mas não pretendo que B17 se prolongue, isso significa que a fic está caminhando para o fim. Não me matem. Eu prometi que faria uma espécie de "maratona" então vou postar esse capítulo hoje mais curtinho e um amanhã pra fecharmos em 20 capítulos, ok?

Eu não tenho estado em bons dias, então acho que o capítulo não saiu grande coisa, mas quero dedicar ele a todos vocês que leem B17 e que são de extrema importância pra mim.

Qualquer erro reviso depois.
Boa leitura!  

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Camila Cabello's Point Of View.

Missão suicida.

As duas palavras ecoavam na minha cabeça há algumas horas desde que foram ditas por Normani. Eu simplesmente não conseguia pensar em outra coisa. Não conseguia comer ou dormir. A infinidade de suposições sobre o estado atual de Lauren, agora não passavam de um desenfreado show de horror.

"– Missões suicidas são aquelas onde os soldados não tem a pretensão de voltar, Camila."

Lauren, assim como Ally e Joshua, haviam sido enviados pra morrer e provavelmente nem tinham a consciência disso. Eu sequer poderia arriscar que estariam vivos agora, ou poderia? Dinah e Normani não conseguiram muitos detalhes sobre o objetivo da missão, tampouco sabíamos se estavam bem. Sentia-me cega, amarrada, impotente e fraca diante de uma situação muito maior do que tudo que eu havia vivido em toda minha vida. Eu não era uma pessoa otimista, nunca fui, era praticamente de minha natureza pensar e esperar o pior, talvez por isso eu não conseguisse me agarrar aos lampejos de esperança que meu coração oferecia a cada batida errada. Em um dia você sente como se estivesse pisando em nuvens e no outro como se fosse chutada de cima delas e de encontro ao chão; como se possuísse as mais belas e longas asas e inesperadamente acordasse com elas cortadas. Eu tinha o endereço da base no Iraque, mas eu não podia ir até lá. Eu possuía a vontade de largar tudo por aqui e ir de encontro a Primeiro Sargento, mas não estava preparada pra receber o pior. Eu tinha escolhas, mas convicção nenhuma para decidir.

Mais alguns dias no Afeganistão, mais alguns dias na Base 17.

Mais alguns dias esperando.

Encarei o copo d'água ainda pela metade que me fora oferecido por Dinah. Estávamos no meio de uma gravação e, mais uma vez, eu não conseguia me concentrar, mas diferentemente das outras vezes, não era apenas falta de concentração, mas um verdadeiro mal estar... Eu estava pálida e abatida. Meus pensamentos somados ao calor não estavam me fazendo tão bem assim, o que despertou a preocupação da minha melhor amiga que prontamente tratou de dar uma pausa nas filmagens.

– Está melhor? – Dinah estava com os grandes e preocupados olhos castanhos cravados em mim.

Balancei a cabeça negativamente, dando a resposta que ela não queria, mas já esperava ouvir. Levei o copo aos meus lábios, sentindo o líquido fresco umedecê-los e hidratá-los.

– Você precisa fazer alguma coisa, nós podemos tentar entrar em contato com alguém e...

– E o que? – perguntei mantendo os meus olhos fixos no vidro fosco.

– E conseguir alguma resposta que te tranquilize ou desespere de vez, mas não pode continuar vegetando assim sem saber a verdade.

As palavras de Dinah acertaram meu estômago e fizeram com que minha respiração perdesse o ritmo por alguns minutos. Ela estava certa, sempre estava e isso era algo com o qual não havia me acostumado ainda, mesmo depois de todos os nossos anos de amizade.

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