Prólogo.

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Oi gente, tudo bom? Bem, eu comecei a escrever essa fanfic recentemente, portanto ela ainda não tem muitos capítulos. Originalmente, ela é postada no Social Spirit, mas recebi algumas dicas e resolvi postar aqui também. Eu devo atualizar lá primeiro, mas não demorarei a fazê-lo aqui também.

Eu espero que vocês gostem e façam uma boa leitura! Gostaria de pedir para que, caso achem interessante, divulguem a fic para pessoas que possam gostar de ler!

Se quiserem conversar comigo ou dar alguma dica, podem me encontrar no twitter @gamedinas ou no meu ask  http://ask.fm/justj0ker



11 de Outubro de 2001 – Afeganistão.

Um mês após o atentado de 11 de Setembro e as tropas americanas já haviam instalado suas bases em terras afegãs. A invasão, declarada pelo presidente Bush em resposta aos ataques terroristas, havia começado há poucos dias, tendo como principal objetivo a captura de Osama Bin Laden e outros líderes da Al-Qaeda. Vivos ou mortos.

Com a contribuição da organização armada muçulmana, Aliança do norte, nossas tropas conseguiram instalar bases improvisadas ao redor da fronteira. As bases eram numeradas e em cada uma delas, centenas de militares das mais variadas patentes e habilidades estavam presentes. Apesar de estarmos no mesmo local, a distância entre as bases ultrapassava quilômetros, a estratégia era cobrir o máximo de terreno que conseguíssemos com as tropas iniciais, que totalizavam 20 bases, até que novas tropas fossem enviadas. Eu estava na base 17.

Não sei dizer em qual momento da minha vida decidi seguir carreira militar, acho que isso sempre esteve no meu sangue. Todos os homens da minha família serviam às forças armadas, desde à Guarda Costeira, ao Exército, mas a minha maior e principal influência, com toda certeza, era meu pai, Mike Jauregui, um ilustre e condecorado major aposentado do exército americano. O sobrenome Jauregui, devido aos grandes feitos do meu pai, era sinônimo de respeito desde que me entendo por gente e ao contrário do que possa parecer, conquistar o meu lugar em meio a tantas expectativas, não foi algo fácil. A pressão pra agradar partia de mim, confesso, pois não existia nada que eu amasse mais do que a ideia de servir ao meu país e salvar vidas e foi pensando nisso, que me formei em medicina antes de me alistar. Ter 26 anos e ser a única médica seguindo carreira militar na família, fez com que eu ganhasse uma certa popularidade entre meus tios e primos e, consequentemente, o orgulho excessivo do meu pai. Minha mãe não gostava muito da ideia de ter sua filha fazendo parte disso, mas depois de alguns anos reclamando, decidiu aceitar quando viu que eu não abriria mão dessa escolha. O treinamento é puxado, muitas das pessoas desistem logo no começo, não aguentam a exaustão física que nos exigem, ou não se adaptam à infinidade de regras que nos são impostas, mas eu não. A cada dia que passava recebendo ordens, escalando paredes, carregando peso, correndo e me arrastando em lama, era um dia a menos para ter meu sonho realizado e eu o conquistei. Cerca de uns meses depois, minha nação precisou enfrentar um horrível acontecimento em nosso país.

Lembro com exata perfeição e estranha riqueza de detalhes do dia 11/09. Eu tinha acabado de chegar em casa quando recebi um telefonema do meu irmão, Chris, pedindo para que eu ligasse a TV. Nem precisei perguntar em qual canal. Todos os noticiários falavam sobre a mesma coisa. A situação era verdadeiramente caótica. Aos poucos fui recebendo informações mais precisas sobre o que de fato tinha acontecido e, inconscientemente ou não, comecei a me preparar para a guerra. Aqui estou. Não foi uma surpresa ter sido recrutada, algo em mim sabia que isso aconteceria e por incrível que pareça, eu não estava triste ou angustiada, mas ansiosa. Acredito que soe um pouco sádico, mas eu queria fazer parte. Não que eu exalte ou deseje a guerra, muito pelo contrário, mas ela era iminente, já estava acontecendo e eu só queria evitar perdas ainda maiores. Além de mim, Chris e um grande amigo nosso de infância, Joshua, também haviam sido chamados.

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