Bem vinda ao exército.

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Boa leitura!


11 de Dezembro de 2001 – Afeganistão.

Dois meses haviam se passado, novas tropas juntaram-se a nós, agora ao todo éramos 40. Chris e eu nos comunicávamos com frequência, o que me deixava aliviada. Joshua também estava bem, muito melhor do que quando chegamos aqui. Não sei dizer ao certo quando ele a Sargento Kordei começaram a flertar, mas podia garantir que estavam juntos. O restante das pessoas e eu evitávamos tocar nesse assunto na frente dos nossos superiores para que não os constrangêssemos, mas sempre que tínhamos a oportunidade, gostávamos de implicar com eles. Normani era mais séria, centrada e logo ficava sem jeito quando, propositalmente, ou não, mencionavam Joshua em sua presença. Eu não achava algo muito inteligente envolver-se com alguém da mesma frota, tampouco em situações extremas como a que estávamos, mas como minha opinião não havia sido solicitava, me reservei ao direito de ficar calada e torcer pra que tudo terminasse bem para os dois.

A rotina de uma base militar é bem regrada, nós temos horário pra tudo e, agora com comunicação, não poderíamos deixar de enviar relatórios para a base principal que ficava nos EUA. Cada passo dado por qualquer um de nós, que fugisse do comum, precisava ser reportado e justificado. Falei com meu pai algumas vezes, tive notícias da família e de como tudo estava repercutindo lá fora. As coisas na América também estavam tensas, os noticiários transmitiam grande parte das incursões e todos estavam muito apreensivos com o rumo que as coisas poderiam tomar. Desde o começo, sabíamos que não seria fácil, mas estávamos dispostos e confiantes de que o universo, ou sei lá o que tem além de nós, estava ao nosso favor. O Talibã e Al-Qaeda eram aliados e isso aumentava consideravelmente o seu poder de fogo. Nós respondíamos à altura. Recuar não era uma opção. Tínhamos um objetivo e iríamos alcançá-lo cedo ou tarde, sabíamos disso. Todo um país esperava por isso. Pelo menos duas vezes na semana, caminhões enviados pela Aliança do norte adentravam os nossos portões, na maioria das vezes com as reposições. Hoje era um desses dias.

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Os soldados que haviam se acidentado ou estavam em recuperação, de modo que não pudessem participar das saídas em combate, ficaram responsáveis pela alimentação e limpeza da base. Um deles em especial fazia um ensopado maravilhoso, aqueles de se comer rezando. O Soldado de Primeira Classe, Troy Ogletree havia perdido parte de sua perna direita numa das primeiras incursões, sendo cuidado por mim e pela Sargento Brooke. Assim como eu, Allyson era apaixonada pela comida de Troy e eu podia jurar que ele estava tentando conquistá-la pelo estômago. Era horário de almoço e eu estava na torcida pra termos o famoso ensopado "Ogletree" outra vez.

Ao me aproximar do espaço que os soldados usavam para cozinhar, fui recebida por todos com continências em perfeita sintonia.

– Primeiro Sargento, senhora! – os jovens me saldaram antes que eu pudesse manifestar qualquer opinião contrária.

Assenti para que descansassem e assim o fizeram.

– O que temos para hoje, Troy? – disse posicionando-me ao seu lado, buscando espiar o conteúdo das panelas.

O rapaz loiro, um pouco mais baixo que Joshua, porém mais encorpado, usava uma muleta como apoio. Sua dificuldade em manejar os utensílios era visível, mas não se deixava abater por isso. Troy era bem humorado e tinha muita paixão em servir ao país, tanto que teve a opção de voltar pra casa, por conta da sua situação, mas recusou, assumindo as tarefas da cozinha. O restante dos homens ajudava conforme o solicitado, sempre seguindo as suas orientações para uma boa refeição.

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