My demons haunt me.

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7 º Capítulo

Querido Zayn,

Já alguma vez sentiste que todos estão fartos de ti? Que se desaparecesses até farias um favor aqueles que dizem preocupar-se contigo? Eu sinto-me um fardo para todos os que me rodeiam. Mesmo estando sozinha a maior parte do tempo. Quando não quero pensar na dor ocupo-me com atividades, algo que me distraia. Mas quando chega a noite não dá para enganar a dor nem fugir aos pesadelos. Muitas das vezes os sonhos que tenho são de assassinatos e outras coisas estranhas. Mas há sempre as exceções, em que depois de chorar durante horas ou apenas sucumbir à dor, sonho contigo ou com ele. Ultimamente tenho sonhado bastante contigo. É estranho. Nós estamos juntos e tudo parece um mar de rosas. Mas depois tu vais-te afastando aos poucos. Eu grito o teu nome e estico a mão na tua direção. Os teus olhos vão ficando cada vez mais escuros à medida que te afastas de mim e o teu olhar é frio e calculista. No entanto consigo sempre ver um pouco de dor e medo por trás dele. Mas sei que o meu olhar de desespero é mil vezes pior ao ver-te partir. A única coisa de que tenho realmente a certeza é que me deixas. Sempre. Quando desapareces da minha visão e me apercebo de que te foste, caio no chão e sinto tanta dor que não dá para descrevê-la bem o suficiente por palavras. Só sei que é algo inimaginável e que me impede de respirar. Não sendo capaz de te deixar ir, sigo-te mas tu já não estás lá. Isso não me impede. Continuo a andar por onde penso que foste e chamo o teu nome de uma forma tão dolorosa que quase que chega a ser patético. Depois acordo. Quando isso acontece e percebo que tudo não passou de um pesadelo enrolo o meu corpo tornando-me no mais pequena que consigo e coloco a mão na barriga tentando acalmar-me. A minha respiração está acelerada e eu sei que estou a ter um ataque de pânico mas apenas fico ali e sucumbo à dor deixando-a consumir-me no seu todo. É para lá de insuportável. Eu quero gritar mas não sou capaz. Grito por dentro enquanto choro por fora. Não alto, como é óbvio. Isso faria com que os meus pais pudessem ouvir-me. Choro baixinho e imploro para que deixe de doer. Várias perguntas vagueiam na minha cabeça mas a mais predominante é: O que é que eu tenho de errado? E aí tudo o quero é voltar a adormecer para não sentir nada. Mas como posso dormir se até durante o sono os meus demónios me assombram? Por isso, nessas noites em que tudo se intensifica, eu apenas fico ali. Entrego-me à dor esperando que no dia seguinte esta se tenha tornado mais pequena. Isso nunca acontece. Infelizmente. Mas ainda tenho esperança. Enquanto a tiver não está tudo perdido. Acho eu. Na manhã seguinte quando me apercebo que adormeci depois de todo aquele sofrimento eu levanto-me e olho-me ao espelho. Os meus olhos estão vazios e eu sei que vai ser um daqueles dias em que eu vou fingir não me importar com nada como se não tivesse um coração. Às vezes bem que desejo não ter um, mas enfim. Porque uma pessoa não devia ter que destruir-se a si própria só para conseguir com que os outros não se destruam. Mas na maioria das vezes é isso que acontece. É por isso que me sinto tão cansada de pôr os sentimentos dos outros à frente dos meus. Porque quando eu preciso realmente de alguém, nunca ninguém está lá. Não há uma única alma que diga: tudo vai ficar bem. Não hoje, não amanhã, mas um dia. Agarra-te a isso. Eu nunca pedi muito. Apenas alguém que se preocupasse. É que já me magoaram tantas vezes, e eu já nem sequer sei quem sou, e dói tanto, e tudo o que eu quero é que deixe de doer, mas todos os dias eu mal consigo respirar e já não sei o que fazer mais para ser feliz. Eu apenas quero alguém que me ame, alguém que me queira não só pelo meu corpo, mas também pela minha alma. Com todas as minhas falhas e qualidades. Porque o amor é isso mesmo. Aceitarmos a outra pessoa tal como ela é, esperando que ela também nos aceite como nós somos. Só por uma vez eu quero que lutem por mim. Só por uma vez eu quero acreditar quando alguém de quem eu gosto me diz que nunca me vai magoar e que nunca, mas nunca me abandonará. Só por uma vez eu quero sentir que alguém tem medo de me perder. Se calhar do ponto de vista dos outros é pedir muito?!!!! De qualquer das maneiras depois de eu pensar nisso tudo é que me lembro da pessoa miserável que sou. Afinal como é que uma pessoa poderia amar alguém como eu? Pois. Sabes, eu sou daquelas pessoas que não suporta mentiras. Mas de todas as que já me contaram a minha preferida foi: eu amo-te.

Continua...

Hey bbs. Desculpem ter demorado tanto para postar mas o único tempo que eu tenho no pc eu uso sempre para escrever para vocês :).

Espero que tenham gostado deste cap tanto como eu. Não se esqueçam de dizer o que acham e votar. Obrigada por lerem significa muito para mim. 

Em breve há mais. Beijinhos ninas.


Distant » z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora