Distant » z.m

You're fine, Alexis.

11 º capítulo

O sol bate na minha cara e isso faz-me abrir os olhos com esforço. Viro esta para o lado contrário à luz do sol e tenho um vislumbre da melhor visão existente neste mundo. Zayn. Ele está deitado ao meu lado e dorme tranquilamente. As nossas pernas estão entrelaçadas e o seu cabelo está despenteado mas ele ainda é o rapaz mais bonito que eu já vi. Fico a observá-lo durante algum tempo e não consigo parar de sorrir. Os seus olhos abrem-se devagar e tentam habituar-se à luz. Ele resmunga mas mal me vê cala-se. Os seus olhos contornam todas as minhas feições e eu não consigo perceber no que é que ele está a pensar. Até que ele simplesmente decide sorrir. E ele sorri de uma maneira tão espontânea e feliz que eu sinto o meu peito arder. Não de uma maneira má mas sim de uma maneira boa. Aquele tipo de arder que nos faz pensar no quão é bom sentir isto por alguém e saber que é correspondido. Os seus olhos brilham mas nada consegue ultrapassar o sorriso angelical que está direcionado para mim. E depois a sua mão pousa na minha bochecha e acaricia esta. Nós aproximamo-nos e os nossos lábios tocam-se. É apenas um encostar de lábios mas é tudo o que eu preciso. Os nossos sorrisos alargam-se e tudo parece tão perfeito que não dá para enganar.

- Hey. – Murmura e os seus dedos entrelaçam-se com os meus maravilhosamente. A sua mão parece ter sido feita para encaixar na minha e eu sei que ele pensa o mesmo pela expressão de contentamento nos seus olhos.

- Hey. – Respondo tranquilamente.

- Dormiste bem?

- Céus, claro que sim. – Murmuro satisfeita e ele ri. O seu riso só dura poucos segundos mas a melodia do mesmo é como música para os meus ouvidos. – E tu?

- Eu dormi muito bem. Muito mesmo. – Diz enquanto me beija a cara toda. Isso faz-me rir de forma infantil e desejar que pudesse parar este momento numa fotografia e ficar assim. Ele para de me beijar e fica apenas a observar-me. Eu vou corar se ele continuar a olhar para mim assim. – Eu acho que sei porque é que dormi melhor que nos outros dias. – A sua cara fica um pouco mais séria e imediatamente percebo que ele está a admitir algo tanto para si próprio como para mim.

- Porquê?

- Porque tu estavas ao meu lado. – Sussurrou num tom tão sincero que o meu coração ultrapassou uma batida.

- Zayn... - Abanei a cabeça e suspirei. – Quem me dera que as coisas fossem assim tão fáceis.

- Não dormiste tão bem como eu na noite passada? Não sentiste aquele fogo dentro de ti enquanto eu te tocava? Enquanto nós nos beijávamos e eu te mostrava o que sinto por ti não só por tocar-te no corpo mas também na alma?

- Claro que senti. – Respondi num tom baixo. As minhas emoções todas à flor da pele apenas por ter ouvido poucas palavras com o poder de me arrepiar de cima a baixo.

- Então pronto. Para de pensar tanto.

- É fácil falar quando és tu que tem namorada, Zayn. Eu não consigo parar de pensar em vocês os dois. Só de voz imaginar juntos é tão insuportável que eu... - Os seus lábios juntam-se aos meus interrompendo-me assim de falar e há algo na maneira como eles se movem contra os meus que me faz esquecer o que ia dizer. Beijá-lo é como uma droga. Mexe com a tua pulsação, com o teu cérebro e com o teu corpo mas tu queres sempre repetir. Não há como dizer que não. A única diferença entre os beijos dele e a droga em si é que a droga faz mal e os beijos dele não. Aliás, os beijos dele fazem exatamente o contrário. Fazem tudo parecer bem mesmo quando algo está mal. Acho que não preciso de dizer o quão fantástico isso é. – Bela maneira de me calares. – Abanei a cabeça e sorri-lhe de forma brincalhona.