"E são estranhos amores que nos fazem crescer e sorrir entre lágrimas."Naquele dia eu me sentia mais viva. Naquele dia, tudo o que importava era que Zayn estava ali. Que o mundo continuaria girando, e que zayn continuaria ali a cada giro.
Eu apenas queria que ele dirigisse e dirigisse. E que não parasse nem um segundo. Queria que passassemos dias e dias dirigindo, pois, eu sabia que enquanto ele estivesse dirigindo nada, nenhum problema, iria me atingir. Mas quando ele parasse, as consequências viriam. Eu poderia ignorar as chamadas do meu celular por alguns dias, mas não para sempre.
E era por isso que não queria que Zayn parasse de dirigir, porque eu gostaria de poder ignorar todo o resto para sempre. E porque talvez, o para sempre não tenha a ver com tempo, e sim, com sentimento. O sentimento de que você poderia fazer tal coisa pelo resto da vida. E eu poderia ficar ali, sentada, enquanto Zayn dirigia, ouvindo música, e vendo-o virar o rosto para me olhar quando tinha a oportunidade. Vendo seus olhos sorrirem pela intensidade da loucura que estávamos fazendo, permitindo-me esquecer de todo o resto, para sempre.
Mas não foi bem assim que aconteceu...* O dia da fuga *
Dirigimos por um longo tempo até chegarmos ao aeroporto. Dessa vez, a banda não estava em seus apartamentos na França, estavam em Nova York, em uma casa reservada para a ilustre chegada dos meninos.
Zayn estava quieto, então, enquanto estávamos sentados nas cadeiras do aeroporto, esperando nosso vôo, me encostei em seu peitoral e passei um de meus braços em frente ao corpo dele. Ele me envolveu em seus braços. Me abraçando de lado. Se curvou para dar um beijo na minha testa e permaneceu em silêncio.
- Zayn? - Chamei depois de algum tempo
Ele me olhou.
- Está tudo bem? - Perguntei.
- Estou nervoso (seu/nome). Não sei se o que estamos fazendo é certo.
Eu queria dizer a ele que na verdade, talvez, fosse a coisa mais certa. Mas, não podia dizer aquilo, pois, não era.
Suspirei em resposta.
- Quer mesmo fazer isso? - Ele perguntou.
Balancei a cabeça afirmando que sim.
- Não acha que estamos apressando as coisas?
Desencostei-me dele, sentei direito e o olhei.
- Malik, você teve a certeza de que precisava de mim, quando sentiu isso. Fui atrás de você, quando senti que era isso que eu precisava fazer. Eu disse que te amava, quando senti que amava mesmo. - Recuperei o fôlego - Conseguimos nos deitar a noite e imaginar uma vida inteira em apenas 15 minutos. Percebe o que quero dizer?
Ele semicerrou os olhos, confuso.
- O tempo é relativo. - Disse- Por exemplo, amanhã. Amanhã é um dia a menos, onde se passa o tempo e chegamos mais perto da morte, ou é um dia a mais de vida?
- (seu/nome)...
- Zayn. Estamos fazendo isso porque queremos. Esse é o tempo que escolhemos. Não podemos fazer isso para sempre, e sei que vamos ter consequências, mas eu sei que escolhi isso no tempo que eu queria. Porque também tenho uma vida, quero me estabilizar. Terminar minha faculdade e ir atrás do meu trabalho. E meus pais simplesmente não se importam com o quão difícil mudar é, não conseguir criar raízes, amizades. Eles estão acostumados, mas, e eu? E o que eu quero? A hora de dizer isso já passou faz tempo.
Terminei de dizer sentindo que meus olhos estavam cheios d' água pelo desabafo.
Ele segurou meu rosto em suas mãos e me puxou para me reencostar nele.
- Obrigada. - Eu disse.
- Pelo o que? - Zayn perguntou.
- Por me dar coragem. Coragem de perceber que tenho que ir atrás do que eu quero. Sabe, Nunca imaginei que iria atrás de você, mas era o que eu queria fazer. E nunca imaginaria estar indo embora dessa forma. Mas, estar indo embora só me faz ter mais coragem para entender que a vida começa de novo todos os dias.
- Sabe que seus pais não fazem isso por mal né?
- Sei. - Respondi - Mas parte de mim gostaria que por um momento eles perguntassem se tudo bem pra mim. E quantas inúmeras vezes disse que eu não queria partir de algum lugar, e eles simplesmente ignoraram? É isso que digo, não posso mais aceitar, é horrível tantas despedidas e nunca estar estável. Eu sei que se eles quiserem, conseguiremos resolver esses problemas e satisfazer ambos os lados. Mas eles precisam querer...
- Sim... - Ele disse. - Mas...
Ele afastou a idéia do que iria dizer e me deu outro beijo na testa, voltando a ficar quieto.
Eu havia desligado meu celular mas podia sentir chegarem inúmeras ligações e mensagens dos meus pais, e me senti mal. Eu os amo. Mas tinha de viver como eu queria viver. Eu iria voltar para eles, mas não agora. E também, não imaginava como.
[...]
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They Don't Know About Us ( Zayn Malik Fanfic )
FanfictionAcabei de mudar para Bradford, uma cidade ao sul da Inglaterra, conheci um garoto por aqui. No começo eu apenas queria saber o nome dele. Eu nunca imaginei que isso aconteceria... Mas, e essas sensações? o que é isso? é isso o que as pessoas chamam...