Sendo uma Philipus

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Mesmo com o imenso calor que se fazia na Grécia, no momento que cheguei e peguei o primeiro táxi senti um arrepio. Subi o vidro do carro, não suportava olhar para o oceano. Depois do acidente praia me aterrorizava, tambem odiava piscinas pelo mesmo fato.

-Pra onde a senhorita deseja ir?
-Na mansão do Senhor Othon Philipus.
E o taxista sabia exatamente o caminho e chegamos rápido. Paguei e ao sair do carro notei que não tinha mais dinheiro algum e também não sabia se aquele velho mau iria me dar alguma coisa. Minha cabeça girou e confiante apertei a campainha.
Me identifiquei logo pelo interfone quando uma voz me perguntou:
-O que deseja?
-Quero falar com o senhor Othon Philipus!
-Ele não se encontra no momento. venha mais tarde.
-Então diga ao senhor Philipus que a Alicia Anderson Philipus, a neta dele esteve aqui. Passar bem!
Virei as costas e dei apenas três passos e um homem enorme de terno Preto me chamou:
-Senhorita, me acompanhe por favor!
Virei me para vê lo melhor e o segui para dentro dos portões. Fui até a varanda aonde uma porta enorme se abriu em minha frente e uma bela e jovem mulher me pediu que seguisse.
-Senhorita Philipus, deseja alguma coisa?
Estava deslumbrada com tanto luxo, tanta riqueza e saber que eu e minha mãe tinhamos um pequeno apartamento pra morar e que meu avô arrancara o dinheiro que era do papai de nós, a jovem moça tornou me chamar:
-Senhorita Philipus, deseja algo?
Pela falta de costume levei muitos segundos para entender que era comigo que ela falava.
-Perdão senhorita Philipos, deseja alguma coisa, água ou um chá?
Disse ela meio desconcertada.
-Não, obrigada. Quero apenas falar com o meu...
Ele entrou interrompendo minha fala ordenando que aquela bela jovem saísse e deixasse nos a sós.
-Alicia Anderson Philipus!
Disse ele com tom enojado ao pronunciar meu sobrenome inglês.
Foi a primeira vez que nos olhamos.
-Não sabe o quanto fico feliz em vê la e saber de sua existência, durante todo esse tempo não pude lhe ver pois sua mãe me proibiu! Esses cabelos, esse formato no rosto... seu jeito de me olhar é como se eu estivesse olhando para Heitor!
Ele me deu um abraço que nunca pode me dar e me encheu de elogios e perguntou se eu estava cansada.
-Sim, a viagem foi longa e...
-Agatha!
Disse ele me interrompendo outra vez.
-Leve minha neta pro melhor quarto da residência, cuide dela e lhe dê tudo que precisar.
Quero que você descanse até a hora do jantar, temos muito que conversar!
Eu sorri pra ele, e sai em compainha de Agatha.
-Bom, como já sabe meu nome, Quero apenas dizer que estou a sua disposição. Sou secretaria particular do Senhor Philipus, minha mãe trabalha a anos pra ele e fui criada nesta casa e trabalho aqui desde que conclui a faculdade. Sempre ouvi falar da senhorita e de como ele queria ve la, mas não podia...
Em fim, posso lhe preparar um banho de sais? É ótimo pra depois de uma viagem cansativa como a sua.
-Prepare sim Agatha, por favor.
Eu organizei no closet imenso do quarto, as três peças de roupa que eu havia levado pra viagem. Eu ri, pois achei engraçado só haver aquelas três peças em um imenso closet daqueles.
-Agatha, Me diga, meu avô... como ele é, como trata os empregados e pessoas do seu convívio?
- Ele não tem amigos, todos que vem aqui são da empresa e ele nos trata como seus empregados que é o que somos! Ele nunca me tratou mal, mas seu rancor e ódio é todo investido nos Althea.
Ele esbraveja o ódio pelos Althea todos os dias. Que os Althea tirou o único filho que ele tinha...
-Também detesto essa família, por causa deles meu pai não está aqui.
-Eu já ouvi a história, seu pai estava no hiate da família comemorando o noivado dele com sua mãe e houve uma explosão e tudo indica que foi o Sr. Althea.
-Sim, mas isso não deu em nada Agatha, por que quando envolve o dinheiro, as coisas mudam de figura.

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