The Lost Boy

Um mês

De certa forma eu sempre soube que algo estava errado. De certa forma, lá no fundo, eu podia sentir que isso não podia estar acontecendo comigo. Depois de tudo que passei com Louis, ele não me abandonaria assim. Não o Louis que eu conheci e amo com todas as minhas forças. Não o homem por quem eu faria qualquer coisa e sei que faria qualquer coisa por mim. Pelo nosso amor. Mas algo aconteceu.
Há um mês não o vejo, há um mês não ouço sua voz, não leio nenhuma carta nova e não sei absolutamente nada da sua vida. Louis desapareceu. Em seu lugar, numa tentativa desesperada de preencher o vazio, ficaram os remédios. Eu fingi ter recaídas, eu fingi querer me matar — e talvez não fosse fingimento no fim —, eu ameacei tentar. Os enfermeiros me doparam e em todos os meus sonhos, dos mais lindos aos mais loucos, ele estava lá. Ele me salvava, ele me abandonava, ele me amava e odiava. Mas ele estava lá sempre, só não está aqui...
Se eu pudesse escolher qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, eu escolheria ele aqui agora. Eu queria saber o que aconteceu, eu queria saber se estava bem. Eu me sinto culpado por ser louco, eu me sinto culpado por ele ter que passar por isso e amar alguém assim. Ele é tão doce e sensível, entende e apoia quem precisar, atende qualquer grito de socorro. Eu queria que ele me ouvisse gritar por socorro agora...

Notas: Ok, tem só quinhentos anos que eu não atualizo. Se alguém ainda lê ou sei lá, perdão. Bom, eu estou voltando para terminar o que comecei. Tive péssimos momentos esse ano na universidade e agora acabei dando um tempo de tudo para me dedicar a coisas que gosto: escrever é uma delas, então estou aqui mais uma vez. Perdão pelo abandono, mais uma vez. Não se repetirá. (E eu vi alguns comentários nesse tempo que fiquei ausente e queria agradecer muito a todos, de verdade, vocês são uns amores!)