Emily
Acordo com uma brisa leve no rosto, percebo que estou no meio de uma clareira cercada de árvores enormes e com flores silvestres dos mais variados tipos me cercando, sinto a grama molhada sob meus pés.
Como eu vim parar aqui? .Eu lembro que eu estava no meio de uma floresta, mas era essa floresta ?
Reparo que algo se projeta por cima das árvores, sigo naquela direção. Pássaros cantam alegremente pulando e voando por cima de mim, sorrio deles querendo chamar a minha atenção. Continuo andando até chegar de frente a um velho Templo grego, era gigantesco e com oito colunas sustentando o Frontão, estava quase em ruínas. Algo me levava a entrar nele, passo pelo Pronau até chegar na Cela, o que é estranho é que não deveria haver luz no recinto já que não tinha janelas, mas uma luz fraca e fantasmagórica rodeava o local.Olá criança
Procuro ao redor pela voz. Uma sensação estranha de reconhecimento me assalta de repente.
- Quem está ai? - minha voz faz eco.
- Você não sabe quem eu sou, mas reconhece a minha voz. Certo ?
Ele estava certo, era a mesma voz que eu tinha escutado pela primeira vez na sorveteria. Um barulho vem da estatua a minha frente , um pequeno terremoto balança a estrutura e pedaços de gesso se desprende dela. A estatua ganha vida.
Você só pode estar brincando comigo!
- Se aproxime criança.
- Quem é você ?
- Eu tenho vários nomes - ele sorria.
- E aonde eu estou ?
- Isso aqui é conhecido como o Limbo.
Limbo? Puta que pariu. Eu estava ... morta ?
- Eu estou morta ? - minha voz sai fininha.
- Não. Você esta fazendo a passagem.
- O QUE? - grito - não!! eu não posso deixar o Alan e o resto ... não!!
Ele balança a cabeça e gira a mão, um redemoinho aparece ao lado dele e uma imagem se forma dentro. Eu estava no sofá da sala mas havia sangue por todo o meu vestido; o Alan estava encostado na parede oposta olhando para mim com lagrimas de sangue escorrendo pelo rosto, parecia desolado; no batente da porta estava o Tayler, olhando para mim como se estivesse perdido ou havia perdido.
- Por que ? Como ?
-Você foi envenenada querida. Aquela bala que acertou você estava envenenada com Roza Negra. Mortal a anjos, mas não somente a vocês.
- Não! Eu preciso voltar, o meu irmão...
- Seu irmão ? - ele se levanta, chegava a mais de cinco metros - não era você que ficava falando para quem quisesse ouvir que ele não era o seu irmão ?
Ele tinha razão, eu não devia ser tao hipócrita.
- Eu sei, eu sei.
- Ele sempre ficou do seu lado, não importava o quanto magoasse, ele sempre esteve lá cuidando de você.
Olho para o redemoinho novamente, ele ainda estava la na mesma posição.
- Sim.
- E o irmão que tanto ama, mentiu para você. Ele está vivo certo?
Olho na direção dele que volta tranquilamente para o trono.
- Quem é você? - pergunto desconfiada.
- Eu já disse quem era.
- Olha, eu preciso voltar. Você precisa me ajudar!
- E por que - ele ergue uma sobrancelha - você acha que eu teria esse poder? Não gostaria de ficar aqui?
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A Marca dos Caídos - Livro I (COMPLETO)
FantasyO mundo em que vivemos é repleto de mistérios que meros olhos humanos não poderiam compreender. Anjos, demônios e seres distintos que por muito tempo habitaram em mitos e mitologias vivem na realidade de Emily Danver. Diferenciada de todos, Emily é...