CAPÍTULO XIX

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*** Na foto : Meliorn ***


Emily

A voz do Alan se dissipa da minha mente como água fluindo através dos dedos, na porta do quarto em que estou "hospedada" está o bruxo Meliorn, o que criará o Roza Negra. Ele me olha com um ar divertido, a sombra de um sorriso aparecendo em seu rosto jovial de quem não tinha passado da adolescência mas que em seus olhos purpúros continha a sabedoria do mundo, seus cabelos em um tom platinado molduram o rosto lhe dando um ar moderno.

- Feitiçaria branca - ele movimenta as mãos como se afastasse algum mosquito. Me perguntava se todos os feiticeiros tinha esse ar afeminado - me dar dor de cabeça. Muito prazer, meu nome é Meliorn.

Ergo a cabeça o desafiando e dessa vez ele sorrir largamente.

- Você é mais audaciosa do que pensei - ele anda até o centro do quarto, dava passos lentos e precisos - e mais bonita devo acrescentar.

Bufo com o elogio e permaneço calada, seus olhos se moviam de cima a baixo, fazendo uma espécie de avaliação.

- Você parece bem, pelo menos fisicamente.

- Eu estou ótima - isso não era lá verdade mas ele não precisava saber disso.

- E ela fala - ele sorrir - talvez fale mais quando seu amigo acordar e eu começar com os meus... interrogatórios.

Dou um passo a frente, meu coração acelerando. Eu havia acordado neste quarto imenso que mais parecia um apartamento com as paredes brancas e sem decoração, percebi que o Eric não estava em lugar nenhum e quando tentei sair dei de cara com quatro brutamontes do lado de fora me encarando, então fechei a porta e esperei.

- Não se atreva a fazer nada com ele - falo entre dentes.

- Seus olhos sempre foram cinzas? - ele pergunta abruptamente.

- O-o que?

- Interessante - ele põe um dedo no queixo pensativo. Ele era louco, só podia ser ... Era a única explicação - acho que teremos que fazer alguns testes.

'Testes? Um caramba.'

- Eu quero falar com o Mestre e quero que soltem o Eric - olho de relance para uma pequena parker a base de tinta em cima de mesa, parecia estranha comparada ao quarto. Ando discretamente até lá e a pego, pondo no bolso da minha calça jeans, ele abre a porta e faz um gesto para que eu passe na frente. Saio para um corredor com paredes em rocha pura, onde quer que eu esteja, estava andando por um lugar construído dentro de uma caverna. Passo por várias portas de madeira, desço a escadaria até um salão de baile ricamente decorado em tons de preto e dourado. Vejo algumas pessoas que se curvam quando passamos.

Chegamos na frente de uma porta enorme entalhada a mão, mostrava a imagem de pequenos seres de asas, vampiros e lobisomens, ambos de lados opostos e no meio uma roda dos elementos, ambos os lados contornados em tom de vermelho como se pegasse fogo. Algo dentro de mim estala em alguma memoria perdida mas Meliorn vai a frente, interrompendo meus devaneios e passa a mão pela arte.

- Essa foi a primeira guerra entre os sobrenaturais, entre os seres do submundo - ele circula as fadas - infelizmente não existem mais.

- Por que? - eu tinha planejado não me dirigir a ele, mas a curiosidade me venceu.

A Marca dos Caídos - Livro I (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora