CAPÍTULO XVI

7.5K 655 93
                                    

Nota : Eu ia postar esse capítulo daqui a dois dias maaaaaaaas como meu presente para vocês, aqui está. Espero que gostem *---*
Feliz Natal!!

Aydan

Estava tudo frio e escuro, apesar de que normalmente eu não sentiria a diferença de temperatura, mas esse frio? Esse frio era de gelar a alma, como se tudo o que existia de quente e bom no mundo tivesse acabado e só sobrasse isso. Meus olhos se abrem para desvendar o local onde me encontrava. Paredes de rocha pura me cercavam e em uma delas havia uma porta de madeira com uma pequena abertura , acho que servia para passar a comida. Tento me aproximar mas pesadas correntes prendidas ao redor do meus pulsos me impedem de avançar.

Mas onde diabos eu estava?

Com a minha audição aguçada escuto alguém se aproximar, uma chave é posta na fechadura e logo a porta da cela é destrancada. Luz entra no recinto, me fazendo recuar com a súbita claridade mas logo meus olhos se acostumam. Botas pretas são a primeira coisa que eu vejo seguidas de uma capa preta com capuz, farejo o ambiente e sinto o cheiro doce do vampiro, ele ergue as mãos para a cabeça e retira o capuz mostrando seu rosto. Rosno.

Monroy.

- Então está acordado? - sua voz preenchia todo o ambiente - pensei que tinha matado você com o golpe na cabeça.

Toco a minha nuca e uma dor fina aparece onde ele havia me acertado.

- Onde eu estou ? - minha garganta arranha com a aspereza devido a sede.

- O único que faz perguntas aqui sou eu - ele estala os dedos e mais dois encapuzados entram trazendo uma bandeja . Dentro alguns materiais. Engulo em seco. Agulhas, adagas, chicote com pontas prateadas. Espere!! Prata?

- Onde está a minha irmã? O que fez com ela ? - as algemas machucam meus pulsos ao ponto de sangrar.

Monroy olha para o teto e suspira alto, pega uma garrafa que um deles haviam trazidos e joga o conteúdo em cima de mim. O liquido queima a minha pele das minhas costas como se tivessem derramado larva. Prata dissolvida em água. Grito com todas as minhas forças me debatendo.

- Eu já falei que quem faz as porras das perguntas, sou eu!! - ele grita. Fico em silencio respirando fundo - ótimo. Agora me responda : quais são os dons da Emily ?

- O que? - pergunto confuso

- Os dons dela. Quais são ? - ele repete frustrado.

- Por que diabos eu ia saber ?

Ele olha para mim seriamente, depois de volta aos encapuzados falando algo numa língua que eu desconhecia. Eles se aproximam de mim e puxam as correntes até que meus braços ficassem abertos, como Jesus na cruz. Monroy pega as adagas prateadas e começa a fazer zigue-zagues pelas minhas costas, o sangue jorrava , mais e mais cortes eram feitos e ...

Me levanto num pulo, o sonho se dissipando como uma gota de sangue num lago cristalino. Sinto meu corpo banhado de suor, as batidas do meu coração tão rápido quanto um tambor. Olho ao redor do quarto e demoro um momento para me situar, eu estava na casa do Alan. Fazia muito tempo que eu não tinha esse pesadelo.

A Marca dos Caídos - Livro I (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora