♥ Capítulo 17 - Triste realidade, o passado...

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Acordei 9 horas da manhã, de uma longa e dormida noite de sono, troquei de roupa, fui ao ao banheiro, escovei os dentes, e desci para a cozinha. Comi uma fruta qualquer e fui para sala assisti TV. Minha mãe passou para a cozinha e então perguntei:

- Mãe, cadê o papai?

- Foi trabalhar, ele só volta daqui a três dias. - E então ela passou para a cozinha. Poxa eu fico tão triste, meu pai mal convive comigo. Ele vive viajando a trabalho.

Desliguei a TV e fui pro meu quarto, pulei na cama e fitei o teto por um momento. Depois de passar alguns minutos, liguei a TV que tinha lá, ela ficava pendurada na parede, lado leste. A porta ficava pro lado norte, minha cama no lado oeste e o guarda-roupa lado sul. Era um quarto bem pequeno, mais porém confortável. Ele é rosa e tem uma borboletinhas penduradas no teto e nas paredes. É bem infantil para minha idade, mais eu não ligo. Minha mãe então bateu na porta:

- Filha, posso entrar? - Perguntou ela já dentro do quarto.

- Já entrou né... - Ela então foi perto da TV e a desligou da tomada. - Mãe!! Por que fez isso? - Levantei da cama, já indo até lá ligar novamente, ela então segurou pelo meu braço e mandou eu sentar, fiz o que ela pediu.

- Filha, você deve estar muito confusa com essas coisas que estão acontecendo, eu preciso te explicar como tudo isso começou. - Falou ela sentando ao meu lado.

- Ta bom mãe, pode explicar. - Fiz cara de tédio e então ela começou.

- A sua bisavó sempre foi muito religiosa, ela então quando tinha apenas vinte anos, foi abusada, e acabou engravidando da sua avó. Quando sua avó nasceu, ela entrou em depressão, depressão pós-parto, uma das piores depressões que existe, quando eu te tive eu não tive depressão e espero que com sua irmã ou irmão, não se...

- Mãe prossiga. - Olhei com cara de impaciente e ela continuou.

- Tá, ela então entrou em depressão pós-parto e ficou falando que sua avó era filha do capeta, e quando ela desse a luz, o bebê seria filha(o) do capeta, esse bebê no caso sou eu. Ela na verdade falava que praticamente todas pessoas eram filhos do capeta disfarçado, principalmente as crianças do orfanato, a qual ela tinha muita implicância, ela falava que cada criança que entrava ali sua alma era imediatamente levada para o inferno. Ela não parava de falar daquele orfanato, nunca. Ela falava que ali tinha um cemitério a muitos anos atrás, e que ali era do mal, por que todas as pessoas que foram enterradas lá, foram para o inferno, que todos que foram enterrados ali, era pessoas ruins. Passaram-se alguns anos e sua avó engravidou de mim, a sua bisavó que já tinha melhorado um pouco a paranoia, voltou a encher o saco da sua avó e das pessoas do orfanato, voltando a falar do capeta e essas coisas. Por falar nela, a casa dela era cheia de crucifixos e sal, era falava que era pra espantar os espíritos malignos. Isso daqui foi a minha mãe que me contou.

- Ta bom... Agora conta o resto. - Estava super impaciente.

- Ok... Quando eu nasci, ela virou um amor de pessoa, me dava beijos e carinhos, e não falava mais essas coisas do capeta, ela não implicava mais com o orfanato e nem com os vizinhos. Passou alguns anos, e eu já tinha 7 anos de idade, ela então me encontrou no quintal, e viu que eu estava matando o gato da vizinha, eu sempre matava pequenos animais como gatos e coelhos. Eu achava isso bem legal e também uma voz dentro de mim falava que eu tinha que matar esses animaizinhos, mais depois desse acontecido, a paranoia dela voltou com mais força. Ela disse que tinha uma missão, que era me amatar e queimar aquele orfanato imundo. Ela fazia de tudo para me matar, mas minha mãe sempre me protegia. A minha mãe não entendia porque tanta obsessão da minha avó por mim. Até que uma vez minha mãe chegou mais cedo do trabalho e encontrou eu maltratando minha avó. Eu tinha dado um remédio a ela, que fazia ela desmaiar, depois eu a prendi numa cadeira e já tinha começado a sessão de tortura. - Eu fiquei com a boca aberta, como assim assim sessão de tortura? - . Eu tinha pegado uma varinha com espinhos, do pé de rosa que tinha no meu quintal, e tinha começado a bater nela com aquilo, bem forte. Ela gritava muito, então eu tampava sua boca e batia ainda mais forte. Naquela época ainda tinha uma coisa dentro de mim que falava pra mim maltratar as pessoas. Eu sempre fazia aquilo com ela, e minha mãe nem desconfiava. Eu ameaçava minha vó e falava que se ela contasse pra alguém eu a mataria e mataria minha mãe. - Minha boca quase chegou ao chão de tanto que estava aberta. - Minha mãe ficou com medo de mim, e de aquele dia em diante ela mudou totalmente comigo. Um dia então à paranoia passou dos limites, ela foi até uma parte da casa, pegou um galão de gasolina e fósforos, trancou eu dentro de casa, e saiu pra fora. Ela jogou a gasolina em volta do orfanato e tacou fogo, o fogo se alastrou rapidamente e não deu pra fazer nada para contê-lo, matou todos que estavam lá dentro. O povo ficou furioso, linchou minha avó e a jogou no fogo para morrer queimada igual aos outros. Eu disse pra minha mãe que não ia ser cruel com mais ninguém, naquela ela eu tinha matado 4 pessoas e muitos, muitos animaizinhos indefesos, a minha avó sabia disso.

- Minha nossa! - Eu fiquei perplexa.

- Continuando... Minha mãe mudou dali e nós fomos para o interior, ela se casou, mas não tevê filhos. Quando tinha dezessete anos eu apareci grávida em casa, minha mãe me expulsou sem dó nem piedade. E então eu voltei pra essa casa, seu pai veio morar comigo para nós cuidarmos de nossa linda bebezinha... que é você. Eu reformei-a completamente essa casa para mim não ter lembranças do meu passado. - Ela suspirou e olhou pro chão, assim caindo uma lágrima de seus olhos no chão. - Em pensar que a causadora disso tudo fui eu, se não fosse eu ter traumatizado minha vó, tudo estaria bem. Aquelas crianças do orfanato estariam vivas, minha avó teria morrido de mortes naturais. - Ela levantou a cabeça e olhou pra mim, eu estava sem reação. Ela limpou as lagrimas e continuou. - Mais era aquela voz que mandava eu fazer essas coisas, ela fazia chantagem emocional, ela aparecia nos meus sonhos, ela me perseguia, aquela voz nunca me deixava em paz. Até que um dia eu resolvi não obedece-la, era só uma voz, não ia me fazer mal. Mais não obedece-la foi a pior escolha que fiz n minha vida... Agora quando ela quer que eu faça alguma coisa, ela entra dentro de mim, e eu faço coisas que eu não sei, eu não me lembro de nada depois. Antes ela vivia entrando em mim, eu aparecia em vários lugares desmaiada, o seu pai até pensou que eu o traía. Mais com o tempo ela foi vindo menos. Mais ainda continua a vindo. Esse foi o meu passado, a minha triste realidade.

- Nossa mãe! Que história... - Ela me fitou.

- Filha?

- O que?

- Você não tem vozes em sua cabeça não né?

-Não.

- Ata. - Ela levantou me deu um beijo e foi até a porta. - Agora que você já sabe de algumas coisas eu vou descer. - Eu não prestei atenção de imediato quando ela disse, mais uns dez segundos depois eu raciocinei. Sai correndo que nem uma louca e fui até a porta.

- Mãããããããããããããããããããe! - Gritei.

- Que foi garota?! - Ela estava entrando no quarto dela que é ao lado do meu, então foi desnecessário ter gritado daquele jeito. Ela correu até mim. - Aconteceu alguma coisa?!

- Não. - Respondi calma.

- Então porque me gritou daquele jeito? Ta doidona é? - Ela tentou fazer uma cara de mau, o que não deu certo, ela ficou muito engraçado com aquela careta, quase ri, mais não queria estragar o clima de suspense no ar. Então eu fiquei séria.

- Não é que, quando você saiu, você disse que eu já sabia de algumas coisas. Quer dizer que tem mais?

- Sim, você só sabe de algumas coisas, não de tudo. Minha querida - Ela falou irônica. - você não sabe nem o começo dessa maldição. - Então saiu sem falar mais nada, o que me deixou muito confusa.

" Ihhhhhh, esqueci de falar do meu sonho pra ela... Ah deixa pra lá outro dia eu conto" *Pensei*.

Desci as escadas e tomei um copo d'água, era tanta coisa de uma só vez, que eu já tava ficando maluca, paranoica, com medo, com fome, com sono... Argh. Chega de pensar.

Fui pra sala e liguei a TV, deitei no sofá me acomodei e fiquei assistindo Princesinha Sophia. Tava tudo ótimo, até que eu ouço a campainha tocar. Toca uma vez, duas vezes...

- Filhaaaa! Atende a campainha, to tomando banho! - Aaah que raiva, eu tava tão confortável aqui, até a campainha tocar. Levantei com uma preguiça e fui até a porta, depois para o quintal e chegando ao portão. Quando olhei não tinha ninguém, bocejei, e quando estava prestes a voltar...

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Oi gente (:

Desculpa não ter postado antes, e que a semana estava muito corrida, principalmente na escola, maquete, prova, prova, prova e muitas provas.

Eu ia postar esse capítulo 4ª feira, já estava quase terminando até que cliquei em alguma coisa, e exclui tudo. Então resolvi que ia escrever no outro dia e adivinha? O computador ficou com defeito. E quando voltou a funcionar, meu pai não saía dele. E foi isso.

Se gostou deixa sua estrelinha e comentário...

Pfvr :3

Bjs

J.K


A Maldição das Duas Amigas [Parada]Onde histórias criam vida. Descubra agora