OS CONJURADORES - O FIM DA MALDIÇÃO - LIVRO 3

Talvez - Epílogo

Três semanas depois

Gabriel tinha retornado a Arquínia para poder mostrar que eles tinham conseguido. Derrotaram o anjo e estão livres de um destino aterrorizante. O Antony, avó do Mike, tinha recebido a noticia da morte do mesmo, porém, assim como todos, ele aceitou pelo fato dele ter partido em batalha e que tinha contribuído bastante para a vitória. Eles tinham feito um funeral, sem corpo, mas foi feito.

Uma escultura foi feita em homenagem a ele e colocada no centro do santuário onde se encontrava as estátuas dos seis guerreiros que morreram para salvar Arquínia, esse foi o modo que acharam de preservar a memória dele, para que nenhum habitante, atual e futuro não esquecesse da bravura do pequeno garoto de apenas 15 aninhos que mostrou que idade não define ninguém, lutou bravamente e morreu heroicamente.

Em uma certa noite, antes de irem embora de volta para a cidade, Gabriel foi até o santuário, conseguiu colher algumas tulipas da pracinha perto da casa dele e conseguiu, com a ajuda de um conjuro, mantê-las vivas até chegar em Arquínia. Ele levou elas com ele e foi se despedir temporariamente do Mike, ou a imagem dele.

- Oi garoto. Como você está? - Falou Gabriel sentando-se no chão a frente da estátua. - Estão acontecendo varias coisas aqui, e você esta perdendo tudo. O Pietro e o Maicon chegaram em casa sãos e salvos, graças a você. O Yan logo estará aí, e eu fui convidado a ser padrinho dele. A Sabrina e o Ryan finalmente assumiram algo, pois já estava desgastante a todos aquele chove e não molha dos dois. Sua irmã, resolveu ir morar na mesma cidade do Pietro, acho que devido ao fato dele ter sido um grande amigo dela, ou talvez ela me culpe pelo o que aconteceu com você. Sim, acho que eu deveria ter me empenhado mais, deveria ter te protegido, só assim você estaria hoje feliz com o Thomas. Por falar nele, ele esta levando isso um pouco bem. Ele voltou para minha cidade natal e a Mari falou que ele está um caco no início. Ela não sabia o motivo até que eu contei, ele não ficou chateado, mas tenho medo por ele. Sabe o Léo, bem, não sei o que esta acontecendo, mas estou tendo visitas dele no meu sonho, ele está feliz por temos cumprido minha missão, mas por outro lado ele fala que tem uma missão maior ainda por vim.

- Amor? - Falou Henry entrando no santuário.

- Psiu. Não fala nada. O chato chegou. - Falou Gabriel para a estatua de Mike.

- Eu ouvi isso. - Falou Henry.

- Era a intenção. - Respondeu Gabriel.

- Já terminou? - Perguntou Henry.

- Já sim, estava já de...

Gabriel parou de falar e olhou fixamente para a estatua.

"Gabriel..."

- Você ouviu? - Perguntou Gabriel para Henry.

- O que?

- Ou eu estou louco, ou eu ouvir a voz do Mike.

- Não estou ouvindo nada.

"Gabriel... Preciso de ajuda..."

- Ele está me pedindo ajuda! - Falou Gabriel.

- Amor. - Falou Henry - Seu subconsciente esta tentando te pregar uma pressa, não deixe isso acontecer.

- Mas parece ser tão real. - Falou Gabriel.

- Parece, mas não é!

Eles ficaram calados por um tempo e Gabriel ficou esperando ouvir a voz novamente, mas não ouviu nada. Por fim, Henry convenceu ele de irem para a aldeia e dormirem um pouco, pois depois teriam que ir para casa. Gabriel saiu do local, mas antes deu uma ultima olhada para a estatua, imóvel e sem vida, depois partiu.

Enquanto isso no triangulo.

O cenário era de um completo caos. Tudo quebrado, arvores destruídas e cinzas para todos os lados. O anjo pousou junto com o garoto e começaram a caminhar pelos destroços, até verem duas estátuas.

- Parece que a coisa realmente foi feia aqui. - Falou o garoto.

- Mas acho que eles conseguiram. - Falou o anjo de nome Rafael.

- Como tem tanta certeza?

- Uma das estatuas é um anjo. E pelo que vejo esta faltando uma asa que com certeza foi arrancada na briga, percebe Nícolas?

- É, você tem razão. Mas mesmo assim, eu queria poder ter participado. - Falou o Nícolas - Chegamos atrasados. Deveríamos ter seguido a Amanda.

- Não tivemos culpa Nick. Aquilo em Londres nos atrasou bastante. E você viu que quase fomos pegos e como sabíamos, cada minuto era precioso, pois aqui o tempo passa muito mais rápido.

- E quem seria esse garoto? - falou Rafael passando a mão no rosto do Mike. - Ele não tem cara de ser do mau.

- Será que não seria um efeito colateral da vitória?

- Ele me parece ser tão novo. Assim como eu!

Eles ouviram um barulho e de depende ao virarem tinha um homem vindo em direção a eles. O Nícolas rapidamente se colocou na frente de Rafael em posição de defesa.

- Calma, não quero machucá-los só estou procurando um garoto. - Falou o homem - Mas, é ele! - Falou ele olhando para a estátua do Mike. - O aconteceu com ele?

Rafael e o Nícolas não falaram nada, apenas ficaram observando a forma com que o homem admirava a imagem de Mike.

- Ele não pode estar...

Ao falar isso ele forçou demais a estatua e ela caiu no chão, porem ela estava oca e se partiu ao meio, sem nada dentro, apenas como se fosse uma pequena casca de concreto.

- Ele não deveria estar assim. Eu conheço esse feitiço, ele deveria estar completamente petrificado.

O homem seguiu até a estatua do anjo e a empurrou, essa caiu violentamente e quebrou no meio, diferente da imagem do Mike ela era totalmente solida e não como se fosse uma casca. Ele voltou e olhou para os outros dois.

- Quem era esse garoto? - Perguntou Rafael.

- Quando ele era apenas um garoto, uma seita francesa foi atrás dele quando era pequeno, até então eu não sabia o motivo, mas creio que ele seja a salvação para uma coisa terrível que está por vim e pelo o que parece, eu digo uma coisa, ele tem que tomar o lugar dele de direito.

- Podemos ajudá-lo se prometer que me ajudara também. - Falou o Nícolas.

- Eu não vou consegui sozinho. Tentei por muito tempo mas tentaram me parar varias vezes. O que você quer que eu ajude?

- A proteger o Rafael. Tem muita gente atrás dele e quase não estou conseguindo sozinho.

- Okay.

- Mas como o trará de volta, ele esta morto. - Falou Rafael.

O homem então falou.

- Eu não sei como ele está, mas só sei de uma coisa, precisamos acha-lo, pois, morto ele não está!