Cap. 8 Tristes Lembranças

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Desculpem a demora na publicação, me perdoem por favor....mas estou com dificuldades para administrar o meu tempo, prometo que estarei escrevendo mais porque sei que é chato ficar esperando muito, espero a compreensão dos meus leitores queridos e que não esqueçam das estrelinhas, porque é através delas que a obra é divulgada, vejo as visualizações aumentando...mas as estrelinhas não.....rsrsrsrs ajuda aí!!! Bom, tenham uma ótima leitura e fiquem na paz do Senhor!!! Amanhã tem mais um capítulo quentinho.....

E lembrem-se sempre...Deus é bom e as suas misericórdias duram para sempre!!!! até mais =*


Regina

Acordo às 05:15 da manhã, vejo Pab ao meu lado dormindo em um sono profundo, a preocupação por tudo que aconteceu ontem não me deixou descansar por completo, meu corpo descansou, mas minha mente não. Ainda deitada levo minhas mãos aos olhos e os fricciono na intenção de ver melhor as coisas a minha frente. Dou um leve beijinho em Pab e me levanto calmamente para fazer minha higiene.

No banheiro fico me olhando no espelho por alguns segundos e faço um rabo de cavalo rápido nos meus cabelos, em pensar que queria mudar a cor para um ruivo dou um sorriso lembrando-me que não posso por conta da minha feliz condição agora de gestante. Coloco as mãos no meu ventre e fico acariciando e imaginando como será o nosso filhotinho (nesse momento dou um suspiro profundo) e prometo para mim mesma que nada, nem ninguém irá fazer mal para ele ou ela, que sempre eu estarei com ele, aconteça o que acontecer nas nossas vidas.

Lembro-me da situação de meu aluno Angelinho, de como o encontrei naquela sala, tão acoado e amedrontado, tão indefeso e desesperado. Quem Senhor, teve aptidão para tamanha crueldade? E por quê? Não há justificativa nenhuma para essa perversidade (concluo).

Um turbilhão de memórias invade a minha mente e uma lágrima cai ao me lembrar da minha infância, de como tive que ser arrancada pelo conselho tutelar daquilo que achava ser minha família. Eu tinha 6 anos quando aconteceu, quem me criava era uma senhora chamada Dona Alda, ela era muito impaciente, e sempre me batia quando eu não fazia direito as coisas que ela pedia, ou melhor ordenava, me lembro que era chamada de fraca por não conseguir carregar um balde cheio de água, minhas pequenas mãozinhas tinham calos. Vivia de castigo e não podia sair para brincar, apanhava muitas vezes sem nem mesmo entender o por que. As coisas pioraram quando ela conheceu um homem. Depois que ela o conheceu ela me deixava de noite em casa sozinha para sair com ele, e os vizinhos viam tudo, eles sempre veem.

Lembro-me também da Dona Graça, (uma vizinha que me tratava muito bem e me dava roupas novas e coisas gostosas para comer), que na noite em que fui levada embora, ela me chamou na porta, mas eu não podia abri-la porque estava trancada. Umas pessoas arrombaram, e eu me assustei com aquilo. Estava a Dona Graça, três homens e uma mulher. A Dona Graça veio até mim chorando e me abraçou, e disse que tudo ia ficar bem, que não era pra eu me assustar, que aquelas pessoas iam me levar para um lugar muito melhor, que eu ia estudar, brincar e depois teria uma família de verdade e ia ser muito feliz.

Depois lembro que quando eu já estava no carro, a Dona Alda chegou gritando e xingando todo mundo, dizendo que ninguém ia me levar, que eu era dela. A mulher que veio para me levar entrou no carro e não deixou que eu visse ou ouvisse nada, e me levou embora.

Depois de tudo isso fui levada para uma casa cheia de crianças na mesma condição que eu, um orfanato (um lugar grande com muitos quartos), e lá eu morei por 2 anos. Sentia-me tão estranha, tão esquecida, e hoje sei que sentia falta de algo que nunca tinha recebido, AMOR. Nós tínhamos horário para tudo, regras para obedecer, todos éramos bem tratados, e eles não deixavam faltar nada; roupas, comida, médico, ensino.

Nas Mãos de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora