cap.1 - o começo

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Acordo com os primeiros raios de sol invadindo o meu alojamento,  as outras meninas provavelmente ja estavam acordadas e prontas para o café.
Eu como sempre,  sou a que mais demoro a acordar,  se não for acordada pelas gritarias delas se arrumando.
Meu cabelo preto já fazia um ano e alguns meses que não era cortado, estava literalmente embaraçado , pois eu só o lava um vez na semana,  e só penteava quando as madres deixavam.
Me levanto e faço minha higiene o mais rápido possível, pois sabia que levaria uma bronca se chegasse atrasada para o café novamente.
Ponho meu uniforme - o qual era um vestido cinza,  que cobria do meu pescoço aos meus pés , com mangas até os pulsos.
Prendo meu cabelo com uma fita em um coque e vou correndo para o refeitório.
Todos já estavam lá,  incluindo o filho do diretor... 
Ela era o garoto mais lindo que eu já conheci na minha vida - bem , ele foi o único que conheci até hoje.
A madre fala algumas coisas e me dirijo para a fila das refeições.
Eu era uma das primeiras da fila,  milagrosamente, mais a madre me retirou de lá e me mandou ir para o final da fila rapidamente - como sempre fazem quando eu sou uma das primeiras.
A fila era interminável e meu estômago estava roncando de fome.
Quando finalmente chegou minha vez, peguei a comida e me sentei.
Algumas garotas cochichavam coisas  do outro lado da grande mesa. Foi quando uma delas enfiou a colher de sopa de uma só vez na boca e engoliu. Remexo minha sopa pensando se eu como ou não, aquela sopa era horrível,  e eu já comia ela a anos. Mais minha fome falou mais alto,  então enchi a colher e quando estava para botar na boca a garota começou a babar, revirando os olhos. A mesa toda tremendo,  talheres caindo no chão,  eu fiquei parada a olhando,  foi quando percebi que saia sangue de seus ouvidos e de sua boca também.
A cena foi horrível , logo o padre me tirou de lá , eu não tava entendendo nada- ele me levou até sua sala.

- me diz por favor que você não comeu da sopa * ele olha pra mim com preocupação e põe a mão em minha testa.
- não,  eu não comi * tiro a mão dele de mim.
- graças aos céus minha jovem.
Ele suspira de alívio.
- e quanto as outras?  Você não se importa? 
-  não tanto como você * Me olha se assegurando de que tudo estava bem -  vamos,  tome um banho , e arruma suas coisas , você partirá ao cair da noite.
- oque ? * pergunto assustada.  - partir para onde?  Eu... 
- para casa * ele diz saindo da sala e me deixando sozinha.

************************************
Fico remexendo o que aconteceu o dia todo , e o que o padre disse a mim.
Casa ? Mais que casa ? Meus pais morreram quando eu era pequena e...
Ele deve ter me confundido com alguma outra moça , só pode ser.

Vou a procura do diretor o mais rápido possível , mais em vez disso , encontro seu filho no meio do caminho.

- com licença , senhor. preciso falar com o senhor teu pai.
- qual o assunto? 
Fico quieta.
- me deixe falar com ele * exijo.
- hum * ele coça o queixo, ela era mais lindo do que eu imaginava.
- personalidade forte.
Olho pra ele e levanto uma sobrancelha.
- será uma boa líder * ele sorri ainda olhando pra mim - te levarei até meu pai.
Dizendo isso ele anda até uma sala e eu o sigo sem exitar , olhando tudo. 
Ele bate na porta e a abre.
- meu pai,  a senhorita deseja falar com o senhor.
- mande-a entrar .
Ele faz pra mim entrar em sua frente e eu entro, logo atrás de mim ele entra também.
Nunca tive contato direto com o diretor,  ele quase nunca sai da parte em que moravam ele e seu filho.

- diga minha jovem , espero que seja muito importante para vir até aqui * diz ele olhando para as folhas em sua mesa.
- certamente senhor * digo engolindo em seco e firmemente.
Assim que a primeira palavra sai de minha boca,  ele para de olhar para os papéis e me olha assustado.

- Isabelle o que faz aqui?  * ele se levanta - filho saia daqui * ele ordena.
Seu filho exita - Jackson,  saia agora. * diz ele ainda com os olhos em mim. 
Ele sai,  e eu permaneço encarando o diretor.

- Isabelle você deveria.... 
- preciso de respostas * digo firme e claramente.
- que tipo de respostas ?
- quem São meus pais?  Pra onde eu vou?  Porque o padre só veio ver se eu estava bem , em vez de se importar com pessoas mais importantes que eu,  que vivem aqui dentro  , como a filha do conde Páris e...
Antes que o diretor me interrompa o vidro da janela se quebra , e uma flecha voa em direção a mim- ele me empurra pro chão.

- fique quieta * ele diz baixo pondo a mão em minha boca * ficamos escorados no canto da parede por um tempo * as flechas continuavam a ser disparadas para dentro, e eu estava tão assustada como nunca estive.

Minutos depois as flechas pararam e o diretor se levantou,  mais mandou eu continuar no chão. E eu obedeci.
Depois de conferir a janela ele mandou que me levantasse.
- levante-se minha menina,  já está na hora de partir.
- oque?  Partir pra onde? 
- pra sua casa * ele me ajuda a me levantar.
- que casa?  * me levanto e arrumo meu vestido.
- o palácio.




Então,  gente este é o primeiro capítulo,  então,  se vocês tiverem gostado até aqui , por favor recomendem para outras pessoas , isso me inspirará, a continuar com a história.
Espero que gostem

Reign- O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora