cap 5 - o herdeiro

886 29 4
                                    

Narrador :
Dias após o embarque da bela princesa e sua escolta - o príncipe bash - eles não ousaram a se pronunciar - e bash, o jovem príncipe, ainda não sabe que sua amada é a futura rainha da Suécia, e que este amor será impossível, pois Isabelle foi prometida a se casar com francis assim que atingir os 19 anos.

Faltavam apenas uma semana para o aniversário da princesa de 18 anos, por isso será coroada rainha da Suécia no mesmo dia.

______________________________________

Isabelle

Os dias passam cada vez mais rápido, já estava agoniada em chegar . Minhas noites nunca foram mais longas.
Estava dormindo quando um sonho me aterrorizou, estava deitada com um homem ao meu lado, quando de repente ele morreu. Eu não sei quem ele era, mais pelo meu sofrimento no sonho, ele deveria ser alguém muito especial para mim.
Acordo assustada no meio da noite, ponho um roupão por cima da camisola e procuro por uma vela. O navio estava escuro, e todos dormiam a essa hora.
Saio de meu quarto e vou andando pelos corredores do navio.
Quando alguém surge em minha frente.
- o que está fazendo aqui fora Isabelle?
Dou um pulo e a vela cai de minha mão - rola pelo chão e se apaga, nos deixando na completa escuridão, apenas com a luz da lua, sobre nossas cabeças.
- me assustou Sebastian.
- me chame de bash.
- tudo bem bash. * limpei os olhos que estavam cheios de lágrimas.
- você está bem?
- não, não estou * começo a chorar.
E ele me abraça , e eu o abraço de volta sem exitar. E choro em seus braços.
Ele era tão nobre, tão carinhoso tão... Me assusta o fato de ele ainda não ser casado.
Depois de um longo tempo abraçados eu o solto e ele passa a mão em meu rosto. Eu o olho com ternura.
- quer me contar o que aconteceu?
- foi apenas um sonho, não é nada de mais.
- apenas um sonho?
- sim, acho que já posso voltar para meus aposentos.
- boa noite senhorita.
- boa noite bash.
Volto para meus aposentos, deixando bash na escuridão.
Fecho a porta e fico pensando nele, o jeito que ele me olha, o jeito que cuida de mim. Seus abraços me acalmam,  isso é a única coisa de que tenho certeza agora. Saio de meu quarto e o vejo me proa do navio.
Vou até ele e o abraço pela cintura,  ficando ao seu lado,  e olhando para o mar.
- sem sono?  * diz ele passando o braço por trás de meu pescoço.
- porque você veio comigo?  * olho para ele,  e ele ficava o mar a nossa frente.
- porque você sempre responde as minhas perguntas,  fazendo outras?* ele me olha.
Fico sem fala,  fito o mar sem saber o que responder.
- vim porque sabia que precisa de alguém de sua confiança,    para protegê-la.
- o que te faz pensar que preciso de proteção?  * olho ele levantando uma sobrancelha - talvez eu possa me proteger sozinha.
- talvez não.
- o talvez é muito vazio.
- para todos os casos,  estarei aqui para cuidar da senhorita, até que me diga a hora de partir.
- você tem deveres mais importantes no palácio a vir comigo para a Suécia.
- o que te faz pensar que tenho deveres lá? * me pergunta ele sarcasticamente.
- você é o príncipe...
- o que ta faz deduzir que sou de fato o príncipe da Inglaterra? 
- você é filho do rei...
- sim,  sou. 
- então... 
- é uma longa história,  Isabelle.
- não tenho pressa em ir dormir * olho para ele e sorrio gentilmente.
Ele me olha de volta e com sua mão livre passa em meu cabelo e em meu rosto com carinho.
- bem,  eu não sou filho da rainha * diz ele me fitando ainda acariciando meu rosto.
- não?  Então de quem? 
- de sua prima. A primeira mulher do rei. * ele tira sua mão de meu rosto e  a repousa sobre o corrimão da proa.
Olho pra ele sem entender nada e ele me explica.
- quando meu pai,  o rei estava noivo de minha tia,  por um casamento arranjado, ele vinha a se encontrar com minha mãe a algum tempo. Minha mãe então,  descobriu que estava grávida e meu pai apaixonado,  rompeu seu noivado com katerine,  e se casou com minha mãe,  que após governarem a Inglaterra durante 7 meses juntos,  morreu durante meu parto. Então jovem e viúvo,  se casou com sua antiga noiva,  a atual rainha.
Ela me criou como seu filho,  mais todos nós sabemos que não sou o tal. E nem me considero príncipe. O trono deveria ser meu por direito. Mais devido às obrigações com a corte,  e o fato de ter que me casar sem amar,  renunciei o meu direito,  dando assim o trono a meu meio irmão francis , que nasceu 2 anos depois de mim.

Ouço tudo calada e penso alto.
- quem dera eu pudesse escolher meu destino. * suspiro.
- oque quer dizer? 
- não é nada * solto meu braço de sua cintura. - bem,  acho que vou me deitar, amanhã será um longo dia com nossa chegada a Suécia.
- certo * ele me solta e da um beijo em minha testa - boa noite Isabelle.
- boa noite.

A caminho de meu quarto,  penso se deveria ou não dizer a ele que sou a futura rainha da Suécia.
Mais eu não sabia de mais nada além disso. E se eu contasse A ele e o mesmo se afastasse de mim? 
Não posso arriscar perdê-lo. É o único em que confio.
Preciso saber mais.
Entro em meu quarto,  me deito e durmo, processando tudo o que aconteceu

Reign- O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora