Reign- O Reinado

cap 15 - noivado

- diga logo bash * caminho a teu lado segurando meu vestido para que não embolasse em meus pés com a pressa.
- não é nada do que você ta pensando Isabelle, a moça...
- bash você não me deve explicação de nada, você pode se relacionar com quem você quiser e...
- deixe-me falar * ele para de andar e me segura pelos ombros.
Eu paro e o olho sem graça. E ele percebendo minha reação me solta também sem graça.
- diga * deixo escapar um suspiro.
- a moça com quem me viu no corredor, é minha prima. A encontrei correndo pela floresta hoje pela manhã. Corria de seu esposo.
- o que? * fico boquiaberta e ponho a mão em frente a boca. - preciso vê-la.
- vamos * ele sai andando e eu vou atrás dele.
Andamos as pressas até o corredor dos nossos quartos.
Quando dobramos a esquina damos de cara com tomas.
- os pombinhos juntos novamente? * ele ri sarcástico.
Eu e bash nos entreolhamos.
- não é da sua conta * dou de ombros.
- olha, a rainhazinha ta rebelde. * ele ri.
- não me provoque a ira tomas. Devia agradecer por ter te deixado viver aqui. * digo entridentes.
- isso. Continue. Talvez você se sinta bem fazendo isso. * ele põe a mão em meu rosto e o aperta nas bochechas.
Eu tiro a mão dele.
- não encoste nela tomas * diz bash levantando a voz e o empurrando para trás.
- Francis sabe disso que ta acontecendo ? * ele ameaça.
Respiro fundo.
- bash tira ele daqui por favor * peço tentando manter a calma.
Bash assente e sai arrastando tomas pelo braço.

Entro no quarto de bash e deixo a porta aberta.
Agora que estou perto de meu noivado. Não posso ficar dentro do quarto de bash. Ainda mais com a porta fechada.
- majestade ? * diz a garota de cabelos encaracolados e loiros se curvando.
- por favor, me chama de Isabelle. Vem. Vamos para meu quarto. * pego ela pela mão e a puxo para meu quarto, de frente para o quarto de bash.
- ah minha nossa *diz ela olhando meu quarto.
- conte-me , o que aconteceu. Só assim poderei te ajudar. * faço para que ela se sente, e ela se senta me olhando.
Seu rosto tinha hematomas. Roxos. E algumas feridas que ainda estavam bem expostas.
- meu marido, ele me ... Ele me... * ela gagueja.
- ele te agride * completo respirando fundo.
Ela olha para o chão e faz que sim com a cabeça.
- daremos um jeito nisso eu te prometo. * tento a acalmar. - por enquanto, você ficará aqui no castelo. Mandarei que arrumem um quarto para você.
Chamo uma criada e mando que ela arrume um dos quartos de hóspede.
- obrigada majestade.
- você é prima de bash , eu só...
- eu sei que você o ama * ela me interrompe. - e tem razão em o amar. Ele jamais irá te deixar. Por mais que você peça. * ela se levanta e pega em minha mão - acredite, mesmo longe ele nunca deixou de me proteger. * ela sorri.
- ele é seu primo, as coisas são diferentes. * olho ela.
- claro que são... A diferença é que * ela solta minha mão. - ele é meu primo. E já você... Ele a ama. E isso nem se compara com parentesco. Parente não se escolhe. Amor sim. * ela se senta novamente.
Fico quieta.
Não sei o que dizer, o que fazer.
- pense bem no que vai fazer rainha. Depois pode ser tarde demais.
Somos interrompidas por batidas na porta.
Nos entre olhamos e vou abrir a porta.

______________________________________

Bash

Queria tirar minha espada para me entender com tomas.
Mais ele é o irmão de Isabelle.
- o frans não vai gostar nada nada de saber que ainda estão próximos meu caro * ele diz quando eu finalmente o solto , longe de Isabelle.
- não ouse a imaginar que... * fecho os punhos. - jamais trairia meu irmão.
- ora ora Sebastian, ex futuro rei da Inglaterra, como você é tolo em pensar que eu não sei que você e minha irmã estão apaixonados. E mais tolo ainda em renunciar ao trono. E por sinal, renunciar o direito de se casar com minha irmã também * ele ri sarcástico.
- não, eu não estou apaixonado por sua irmã. E nunca estive. E se você acha que fui tolo em renunciar ao trono, está muito enganado. Perdi a coroa para ganhar uma coisa muito mais valiosa. * falo calmo e seguro - a liberdade.
- pensa que me engana com esse seu papinho de que não se arrepende. * ele me encara segurando o cabo da espada. Como se por precaução.
- pensa que me põe medo bastardo? * solto uma risada sarcástica e saio.
Quando volto para meu quarto a porta estava entreaberta e as duas não estavam lá.
Então bato na porta de Isabelle. Elas devem estar lá.
Isabelle abre a porta.
- majestade * faço reverência.
- bash um príncipe não reverência uma rainha * ela chama minha atenção.
E ela está certa. Mais não me considero o tal. Mesmo que sou.
- você sabe que não me considero...
- para de bobagem, você sempre vai ser o príncipe britânico * ela me interrompe.
- até você tomar posse do poder com meu irmão. Ai serei só mais um nobre qualquer * digo tentando não olhar em seus olhos para não precisar ver o sofrimento que isso causa a ela. E a mim.
- e qual a diferença? * ela da de ombros.
- não sei... Não sou muito ligado a assuntos políticos mais... * ainda parado na porta olho para minha prima. - vamos mudar de assunto. * limpo a garganta.
- certo * diz ela - bem, sua prima ficará aqui no castelo por enquanto. Logo logo iremos decidir o que fazer de fato. * ela respira fundo e ajeita sua postura. Troca seu pé de apoio pelo outro. Seu sapato faz barulho em meio a tanto silêncio.
Suas mãos estão cruzadas em frente a sua barriga. Sua postura perfeita.
Ela mudou dês de que nos conhecemos.
E mais uma vez, em meus pensamentos, me lamento por ela não ser mais minha.
Fecho os olhos e respiro fundo. Depois os abro novamente e a olho por um último segundo e digo.
- vamos prima, te levarei até seu quarto. * ela caminha em minha direção e eu a guio para fora do quarto de Isabelle. Que fica parada na porta nos olhando, até virar o corredor.
A levo para um dos quartos, uma das criadas havia me falado que era o dela.
- o jantar é daqui a alguns minutos, se arrume. * digo a ela saindo de lá.
Queria agradecer a Isabelle. Então volto para o corredor de nosso quarto e quando estava a bater na porta, Frans aparece no corredor.
- Parece que não fui claro o suficiente * diz ele se aproximando de mim.
Eu me afasto da porta.
- acho que não Francis* digo seco.
- não falarei outra vez * ele se aproxima mais de mim. - fique longe de minha noiva *ele me empurra para a parede e põe a braço sobre meu pescoço. Como se fosse para me ameaçar.
- isso tudo é ciúme ou... * dou um sorriso sarcástico. - você tem medo que ela me peça para pedir meu trono de volta * solto uma gargalhada.
Ele tira o braço de meu pescoço e da dois passos para trás sem dizer uma só palavra.
- você sabe que ela me ama * a jeito a gola de meu casaco. - e você sabe que eu faria se ela pedisse * dou um sorriso de canto.
- ela não vai pedir * ele diz sério e bem claro e depois sai andando em direção a sala de jantar.
Então é disso que ele tem medo. De ela me pedir pra voltar atrás de minha renuncia. Coisa que ela não vai pedir que eu faça. Se a conheço bem.
Saio rindo e vou para meu quarto me mudar para o jantar.
______________________________________