cap 22

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As lágrimas rolavam em meu rosto. Nunca pensei que choraria assim por Bash. Mais estava acontecendo. Ele estava morto.
Meu Bash. Morto.
Que destino infame, não bastava ter nos separado, tinha que tirar ele por completo de mim.
- não por favor não * minha cabeça estava apoiada no abdômen de Sebastian, que estava enfaixado com uma atadura, que por sinal já estava umedecida por minhas lágrimas. - Sebastian por favor * choro inconsolável mente.
- Mary saia daqui * diz Nostradamus invadindo a sala.
- não * choro - ele, ele ta morto * soluço.
- Mary * ele se aproxima e poe a mão na testa dele. - guardas , tirem ela daqui * ele grita.
Rapidamente três guardas entram e me tiram de perto de Bash.
Eu me debato, e me contorço enquanto eles me carregam para fora da sala.
Eu ainda estava me debatendo quando escuto uma voz.
- Mary ? * diz Frans correndo em minha direção.
Olho Francis surpresa e paro de me debater.
Ele corre até mim e me abraça.
- o que ta acontecendo Mary ? * ele me abraçou forte.
- o se-sebastian * soluço - e-ele , ta * choro.
Eu não conseguia falar nada.
Eu queria ele de volta, queria mais que tudo. Mais do que eu queria minha própria vida, ou, ou meu casamento. Eu daria tudo só pra ter ele de volta.
- fica calma Mary * ele me conforta.
Mais não havia nada que ele pudesse falar que me fizesse me sentir bem.
Frans me levou até meu quarto e sentou ao meu lado Na cama.
Ele permaneceu ali, até que minhas lágrimas secassem.

••••••

Eu queria poder dormir tranquilamente. Mais algo em mim não me permitia.
Durante meu sono eu sonhei. Na verdade o sonho estava se repetindo.
Sonhei que estava deitada, na cama, ao lado de um homem - que agora podia identificar ser Francis - ele soava fraco, seus olhos azuis perdiam a essência de viver.
E de repente, me vi chorando, sem nem saber o porque.
No sonho não se ouvia nada.
Quando os olhos de Frans se fecharam, e seu ouvido sangrou.

Acordei assustada olhando para o lado. Então aquilo não era verdade. Claro que não.
A vida já me tirou um, ela não pode me tirar os dois. Os dois não. Eu não suportaria.
Me levantei rapidamente e me deparei com Frans no sofá. Seus olhos estavam fechados.
Ele não parecia respirar.
Não, não podia ta acontecendo.
Comecei a chorar desesperadamente me sentando no chão, em frente a Frans.
- não, os dois não * disse entre soluços - por favor os dois não.
Bash entrou correndo pela porta do quarto e começou a me balançar.
- Mary? Os dois quem? * ele me balançava e eu gritava.
Mais se o Bash tava me balançando então...

- Mary acorda * Frans me balançava.
Eu estava sentada no chão.
Agora podia perceber que era um sonho.
Tudo era um sonho.
Frans não havia morrido.
Não ele não pode.
- vem, vem cá * ele se abaixou ao meu lado e me abraçou.
Seu abraço me consolava.
Mais a dor da perda de Bash, não tinha como sumir de uma hora pra outra.
Assim como o amor, que agora eu sei que habita por ele dentro de mim.
Eu pensei que Frans havia me feito esquecer. Mais ele não fez. O amor ainda está dentro de mim. Nos pequenos detalhes, ele foi se sustentando.
Não importa o tempo que ficamos longe, Nada mudou.
Um pequeno Djavan se passou em minha mente naquele exato momento.

5 anos antes
- Mary, o Bash está bem, o cavalo não fez nada de mais com ele * Frans me segurava pelos ombros e me consolava. - ele quer te ver.
Eu chorava, e chorava.
Bash estava cavalgando quando o cavalo e jogou dentro de um rio. Quando os soldados o encontraram nas margens do rio, ele estava inconsciente e com os pulmões cheios de água.
A preocupação foi tanta, que eu não queria saber de mais nada, a não ser chorar.

Corri para o quarto de bash rapidamente. E quando entrei ele estava sentando na cama, sem camisa. Ele estava mais pálido do que o normal. Seus lábios estavam mais vermelhos do que nunca.
Seu cabelo bagunçado.
Ele era lindo até daquele jeito.
Corri até ele e me atirei em seus braços, que me acolheram com toda generosidade possível.
- você tá bem? * segurei sua cabeça em minhas mãos me afastando do abraço.
- eu to bem Mary * ele sorriu
- nunca mais faz isso comigo * abraço ele novamente e depois o olho.
- isso oque?
- Me deixar preocupada * suspirei o olhando nos olhos.
Eu e Bash tínhamos ficado bem próximos depois do dia da cachoeira.
Sempre que podia ele me levava pra cavalgar, ou para andar pelo palácio.
E a cada dia que passava eu tinha mais dúvida de quem eu realmente gostava.
Frans sempre estava comigo, eramos muito mais próximos.
Mais Sebastian era meu noivo existe maior aproximadade que isso?
Mesmo assim, eu e Bash tínhamos um relacionamento bem... Puro.
Eu quase nunca deixava que ele se aproximasse muito.
Quanto menos me beijar - depois do dia que Frans viu ele roubando um beijo meu.

Reign- O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora