O Ataque - Parte II

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"Espero que eu não chegue tarde..." Pensou Pablo enquanto corria pela a floresta em sua forma de lobo, não iria se perdoar se algo de ruim tivesse acontecido devido ao seu atraso... Imagens horríveis vieram a sua mente, Eric machucado, sua filha... Todos os outros membros da alcateia...

"Droga...Eu devia ter ficado!"

Abandonou a sua forma lupina e agora em sua forma humana observava a casa a sua frente, a sede da sua alcateia... Notara as janelas quebradas... E o cheiro...Reconhecia o cheiro de sangue advindo de seus companheiros, Marcely, Gabriel...Eric?!

Sem pensar duas vezes avança, ainda em forma humana, para a casa... Ao adentrar pela a janela quebrada percebe de imediato que uma criatura estava sendo imobilizada por dois lobos, um deles de pelagem branca que o Beta logo reconheceu como sendo Cezar, contudo o outro lhe era estranho... Pelagem castanha, olhos verdes... Ele tinha um colar com um pingente feito de madeira com a letra "s"... Aquele era o Scott? Pablo sorriu levemente, parecia que um dos problemas inicias tinha se resolvido...Contudo, ainda falta outro maior...

–Eric...Matar!

O som tosco e bruto que a criatura remanescente chamou a atenção do Beta, afinal o nome daquele que tanto queria proteger fora pronunciando... Pablo conteve um rosnado ao ver que Eric estava ferido e sendo protegido por Gabriel...

–Como esse monstro ousa... –Rosnou e avançou sobre o lobo-criatura, prontamente dá uma chave de braço, enforcando o ser.

–Só quem pode matar o Eric...Sou eu! –Gritou enquanto tentava segurar a criatura, esta parecia não sentir dor mas o efeito por falta de oxigênio parecia afeta-la e incomoda-la. O Beta viu o quanto Erico ficou animado com a sua chegada, sentiu seu rosto esquentar...Mesmo em uma situação crítica como aquela estava corando?!

"Maldito Eric...O que você fez comigo para eu agir assim?" Todavia, não teve muito tempo para perpetuar em seus raciocínio, a criatura se moveu para trás... Pablo tentou aumentar a força da pressão do braço sob o pescoço do lobo-criatura, mas não parecia surtir efeito. A criatura impulsionou o seu corpo para trás de encontro a uma parede, de modo que Pablo colidiu fortemente com a parede dura de madeira. Arfou de dor, mas não diminuiu a força em seus braços... Novamente a criatura o golpeou de encontro com a parede...E de novo...E de novo... O Beta sentiu algo quente escorrendo em seu rosto, não precisava tocar ou ver para presumir que era o seu sangue...Sua visão estava ficando turva... Seu corpo parecia não mais corresponder a suas vontades...

De novo sentiu sendo jogado sobre uma superfície dura, deixou escapar um gemido de dor, seus braços perderam as forças... Seu corpo caiu no chão...

–Matar...- Arfou a criatura agora focando a sua atenção naquele que interrompeu. O Beta tenta se levantar, porém tudo em sua volta parecia estar girando...

–D-droga... – Sua mente estava embaralhada...Não conseguia pensar em um plano...

Seria esse o seu fim?

~***~

– Você não pode ir! Não tem condições! –Falou Gabriel tentando conter Eric, este tinha retornado a sua forma humana, não tinha forças para manter a sua forma animal.

–Você está vendo o que este monstro está fazendo com o Pablo? Eu não posso deixar que ele o machuque mais! –Rosnou, sua voz estava fraca, a perda de sangue já o estava afetando.

Um som forte foi ouvido, os dois observaram quando, novamente, o monstro golpeia o Beta na parede e este, afinal, cai ao chão. O curandeiro notou o sangue que escorria do escalpo do amigo, tingindo seus cabelos castanhos encaracolados de vermelho... Aquilo não era bom!

Lua CheiaOnde histórias criam vida. Descubra agora