Capítulo 5 - Assassino

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5. Assassino

 Eu e Henri ficamos ali olhando um para o outro, eu estava muito surpresa e feliz, uma coisa dessas não acontece todos os dias, e ainda mais se foi mais do que você elaborou na sua mente. Sim, eu estive pensando e sonhando com isso sempre... Eu ainda tinha muitas perguntas para fazer a ele, mas não queria magoar ele com o assunto sobre seus pais biológicos. Eu iria falar desse assunto, mas com certa delicadeza, vou tentar resgatá-la em algum lugar da minha mente. Isso o magoaria se não fosse feito com sensibilidade, ele não era sensível, eu achava, mas este assunto era seu ponto fraco.

 -Henri?

 -Hmm?

 -Posso te perguntar sobre seus pais humanos?

 -Pode. - ele meio entristecera, eu tinha decidido ficar calada. Mas era mais forte do que eu. Coisa que eu não entendi. Então me silenciei. Seria melhor...

 Depois de um tempo calada, Henri resolveu quebrar o silêncio.

 -Você não vai fazer suas perguntas?

 -Bem, eu sei que você não gosta deste assunto. É melhor eu ficar calada.

 -Sabe?! -ele estava irritado - Isso me irrita!

 -O quê?

 -Não poder saber o que você está pensando! Você nunca fala tudo, sempre está editando! E eu fico sem saber o porquê ou o que você quer...

 Eu já ouvi isso antes em algum lugar. Mas daquela forma, foi inesperado.

 -Você vê como ninguém que este assunto pode te magoar! Se você ficar mal, ainda que por minha culpa, certamente eu também não estarei bem. Não queria ter tocado neste assunto desta forma... –é delicadeza não é muito a minha.

 -Não tem porque você se magoar. Não foi você quem matou meus pais, se eu estiver mal por isso será porque eu não sei quem os matou, e, também porque eu ainda sinto falta deles. Eu tinha quinze para dezesseis anos na época, isso faz 196 anos, mas eu não me recomponho. - ele se acalmou e eu fiquei mais tranquila. -Algo os matou. Não foi necessariamente alguém, foi por causa de alguma coisa. Eu até quis me matar na época porque não tinha tanta sabedoria. Foi nesta tentativa - eu estremeci só de pensar que ele já tinha tentado suicídio. - que Paulo Roberto me transformou, ele estava a minha procura. Estória longa, percorria por todo nosso mundo –o de vampiros e seres estranhos, resumindo- sobre minha família e tudo sobre nós, porém alguns queriam usar isso para o mal – eu não estava entendendo muito, mas prestarei mais atenção naquela confissão tão importante - Ele já era casado com Mary Kate na época. -me lembrei de que minha tia Cries tinha falado lá em Sol "eles juraram amor eterno há no mínimo dois séculos"-  Katerine , Otávio e Bruce já faziam parte da família nesta época, todos foram transformados em circunstâncias extremamente difíceis, Paulo Roberto nunca transformaria alguém sem um grande motivo, eu vim depois deles. Ele tem uma grande missão e fazer isso é parte dela...

 "Mariana veio após a minha transformação, uns dois anos depois. Ela veio de uma boa família. Foi criada pela tia, sua mãe morrera no parto, o pai foi morto por vampiros que tinha um interesse em particular por aquela família, eles queriam apossar de Mari, mas meu pai prevera isto e então contou tudo à ela que acreditou e ficou sob os cuidados dele e inspeção da tia que acabou falecendo da mesma forma que o pai dela.

 "Ela então queria matá-los por tirar a vida das pessoas que ela mais amava. Depois ela insistiu na transformação, meu pai não queria conceder pelo fato que ela queria vingança e porque ainda não era o momento, uma vez que todos nós teríamos que nos transformar de alguma forma, Paulo Roberto prevera isto, mas não me pergunte por quê. Depois de insistir muito Mariana conseguiu o que queria. E se vingou.

Entre Anjos e Vampiros - O SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora