13. Contato
Eu pensava precipitadamente, e talvez, as coisas não ficassem assim.
Mas o fato dele não estar ali comigo era estranho, pois Henri sempre quis estar por perto; e agora nem ele ou alguém da sua família estava aqui.
-Há quanto tempo estou assim? – resolvi fazer uma pergunta de cada vez e formular menos questões.
-Há dez dias. Você pisou em um espinho venenoso e ficou em coma por seis dias, dois em observação no hospital e dois aqui – respondeu meu pai sério.
Os olhos de minha mãe pareciam prever minhas próximas perguntas.
-E o Henri? – perguntei.
-Ele não se aproximará de você nunca mais! - Gritou bruscamente Ricard.
-Ricard, Clarice, por favor, deixe que eu converse com a Claire, e você também Joe.
-Tudo bem, eu acho melhor – falou minha mãe.
Eu e surpreendi com a resposta e a reação de todos a mim. Eles simplesmente não poderiam manipular minhas escolhas!
Então todos eles saíram deixando eu e tia Cries a sós.
-Tia Cries– disse quando senti que estávamos prontas para ter aquela conversa. Era bom ter ela ali, sentira muito sua falta, mas o assunto que trataríamos agora parecia ser de extrema importância. –Senti muito sua falta, foi difícil superar. – SE superei.
Não gostava de confessar que sentia falta de algo ou alguém, mas não tínhamos mais tempo de ser orgulhosos.
-Ah Claire! – ela se sentou na minha cama e eu me sentei, apoiando minhas costas em travesseiros – Também senti sua falta! Muita mesmo. Mas nós fomos em busca de uma solução para você, acreditamos que seu destino não lhe reversa apenas maravilhas.
De todos nós, aliás.
-Por que pensa assim tia Cries?
-Há tanta coisa a ser dita. Você terá de ouvir atenta, se quiser... – ela pegou minhas mãos gélidas.
Um frio me percorreu a espinha e eu tinha uma sensação horrível de dejavú .
-Claro que quero ouvir. E até poderia dar a mesma resposta da última vez, quando “tudo” começou: “Alguma estória de terror”. – e eu gesticularia novamente com as mãos algo troto e teatral – Quando as coisas pareciam normais, mas nunca foram, é bom poder saber quase toda a verdade. Se bem que a expressão “verdade” nunca será correta. Agora, me conte. Estou curiosa em tudo, e terei muitas perguntas a você.
-Bem, realmente esta expressão “verdade” nem sempre será coerente, pois teremos peças e peças para encaixar neste quebra-cabeça que não tem data pra acabar. Começarei na parte onde diz por que vocês dois não podiam ao menos ter se conhecido, e tentamos ajudar, piorando.
“Você e ele são prometidos, mas são prometidos para mostrar algo aos magos, talvez, isso é uma missão, nem todos prometidos são assim, alguns levam uma vida comum, apesar da magia nas veias, nem todos que a tem um dia descobre. Não o caso de vocês, os dois fazem parte de uma evolução, mas a natureza de ambos não permite um envolvimento destes. Talvez fosse melhor se nunca tivessem se encontrado. E nós no mudamos para cá.”
“E ficamos sabendo dele e então encaixamos parte do quebra-cabeça, nossa astúcia foi aprimorada ao longo do tempo: você era parte do segredo, ele também. E vocês não poderiam nem se conhecer, mas o destino fez com que as circunstâncias nos trouxessem até aqui.”
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Entre Anjos e Vampiros - O Segredo
VampiroA história de Claire Silver se complica a partir do momento em que ela, sua família e sua tia mudam-se para uma cidade apelidada de Furtive Land, onde há seres que vão além do que a ciência pode explicar. Entre anjos e vampiros e o desaparecimento d...