Capitulo 6 Ana Rosa

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P. O. V Ana Rosa G.
Estava na sala, tinha acabado de entrar, a professora me pediu pra anotar uns exercícios no caderno, provavelmente ela vai fazer alguma prova surpresa. Fiquei chocada quando a mamãe chegou na escola aos prantos e interrompeu a aula gritando:
– Filha, qual foi a planta que você deu a Maddie? Ela disse que você anotou no caderno.
– Foi esta! Foi esta aqui. Por que?
– Ela é venenosa! Ela é venenosa! Maddie está indo pro hospital!
– Aí meu Deus!
– Ela está bem?
– Não sei Levi! Ela está indo pro hospital agora!
– Posso ir?
– Venham meninos! Me desculpe professora!
Naquele momento, eu fiquei desesperada. E se eu perdesse minha amiga? A culpa seria minha! Cheguei no hospital em choque, ela estava em coma. Fiquei esperando na recepção. Quando a Tea chegou e disse que ela havia acordado, de repente eu e o Levi levantamos em um pulo e fomos vê- la.
Cheguei no quarto e feliz disse:
– Oi Maddie!
– Ana! Levi! Estava morrendo de saudades de vocês!
– Nos também estamos! Maddie, eu trouxe uma flor pra você!
– Obrigada Levi!
– De nada! Peguei no jardim da Sra. Daves.
– Só você mesmo.
– Desculpe! Nos sentimos culpados mana, acho que a culpa disso tudo foi nossa! Nos perdoe!
– A culpa não foi de vocês! Queriam só me ajudar!
– Foi sim!
– Nos sentimos horríveis!
– Quando você volta?
– Talvez em um, dois ou três dias. A planta é muito venenosa, o meu médico disse que eu sou um milagre, por que é muito difícil uma pessoa normal sobreviver a essa planta! Imagine pessoas no meu estado!
– Maddie você é normal!
– Eu sou uma aberração! Meu sangue é um veneno! Uma arma mortal!
– Mas você não precisa se rebaixar assim. Vai deixar ela vencer?
– Força mana!
– Crianças a visita acabou. O tempo já passou, a Maddie precisa dencansar!- a enfermeira Tea disse.
– Não precisa Tea! Estou em perfeito estado. Deixa eles ficarem aqui!
– Sua mãe quer te ver.
– Ela não pode vir outra hora?
– Tem certeza?
— Absoluta!
– Ok! Vou dizer a ela que a trocou por seus amigos!
– Não diz isso! Ela vai ficar triste!
Ela saiu. Continuei a conversa normalmente:
– Quando sairmos daqui, vamos procurar a cura novamente?
– Não é arriscado?
– Maddie tem razão Ana, ela já ficou doente uma vez, escapou por um triz, não é difícil ficar outra vez!
– Lembrando Levi, que eu ainda não escapei!
– Praticamente!
– A única coisa que sei é que quero sair daqui logo, o resto que fique com Deus!
– Você está certa!
– O Tiler's ta aberto?
– Por que você quer saber do Tiler's Maddie?!
– Quero aquele chocolate que eu gosto!
– Posso ir lá comprar pra você!
– Obrigada Ana!
– Tchau! Vou pra lá!
– Então somos só nós dois Maddie!
– Sim.
– Lembra daquele seu aniversário, de oito anos que eu joguei sua cara no bolo?
– Sim. Eu quis te matar!
– Você ficou como um tomate!
– Me beija!
– Ficou maluca! Já é a segunda vez que você me pede isso!
– Você não vai, não é?
– Din! Din! Adivinhou!
– Chato!
– Você vai mesmo se submeter aos tratamentos malucos da Ana?
– Que escolha eu tenho? A cura só tem lá em Boston!
– E se fossemos pra lá?
– Quando?
– Que tal quando você saísse do hospital?
Então sai detrás da porta e parei de escutar a conversa deles, fui comprar o chocolate, sinto que não perdi muita coisa, por que o Tiler's é longe daqui, mas já tinha visto o mesmo chocolate na lanchonete do hospital, por isso não me dei o trabalho de atravessar a cidade. Tentei demorar um pouco na lanchonete pra a Madson pensar que eu realmente fui no Tiler's. Quando cheguei perguntei se havia acontecido algo a mais:
– Serio mesmo?!
– Por que?
– Não! como assim? Vamos fugir pra 1000 km daqui! Temos só treze anos! Um de nós é doente! Não da certo isso gente!
– Ana! Por favor! Eu quero ficar curada logo!
– Maddie, mas eu não posso deixar nossa mãe!  Ela vai descobrir! Onde vamos achar comida?  E seus remédios? Se acontecer alguma coisa com você?
– Não vai acontecer nada comigo! Não vai ser melhor eu ficar totalmente curada na volta!
– Sim mas...
– Ana! Nada de mas!
– Podemos ficar aqui mais uma semana? Só pra tentarmos aqui primeiro!
– Sim!
– LEVI! Para! Não! Vamos hoje!
– Ana tem razão! Para Madson! Se acontecer alguma coisa com você a culpa vai ser eternamente nossa!
– NÃO VAI ACONTECER NADA COMIGO! Parem! Vocês só me fazem sentir pior! Como se eu não fosse normal!
– Não é isso! É perigoso! Até pra gente! Só temos treze anos!
– Se vocês não forem eu vou sozinha!
– Eu não vou!
– Por favor! Só mais uma semana Madson!
– Se eu ficar aqui mais uma semana... vocês prometem que vão?
Eu olhei para o Levi e ele concordou com a cabeça:
– Sim!
– Por você eu vou pra Marte!
– Obrigada Ana! Valeu Levi! Eu amo vocês!
– Precisamos ir agora! Vamos te deixar descansar!
– Tchau mana!
– Tchau mana! Tchau Levi!
Depois disso fomos pra casa. Infelizmente o Rupert e a turminha dele acabaram de voltar para casa. Minha mãe decidiu  que deveríamos fazer uma festa do pijama, pra comemorar a volta deles. Foi até legal, fora o Rupert que tentou me beijar, infelizmente eu não gosto dele da mesma maneira que ele gosta de mim.

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