A cura

Capitulo 8

No dia seguinte acordei já em casa. Olhei Ana, que dormia profundamente, fui no quarto do Levi, ele ja estava jogando videogame, eu me sentei na sua cama, peguei o controle e comecei a jogar, quando eu perdi, disse:
– Vamos?
– Maas já?
– Todos ainda estão dormindo! É agora ou nunca.
– Mas você saiu ontem do hospital!
– Não tem problema.
– Chame Ana.
– Estou indo.
Cheguei no quarto e ela estava dormindo tranqüilamente, me deitei na borda da sua cama e comecei a olhar pra nenhum ponto fixo, só pro nada. Quando ouvi uma voz:
– Vamos?
– Você acordou!
– Já pegou todos os seus remédios?
– Sim.
– Vou me arrumar.
– Dormi arrumada.
– Nossa!
Sai triste do quarto e fui até k quarto da minha mãe, ela dormia tranqüilamente, alisei o seu cabelo e deixei um bilhete no bolso detrás da sua calça, sai e desci as escadas, olhei pra cima por uma ultima vez, Ana e Levi me esperavam na porta, as mochilas estavam muito pesadas.
Saímos pelo bosque Tiantto, levei uns cinco mapas, nós dirigimos até a saída da cidade a pé, Ana disse que precisávamos de uma carona. Nunca iríamos conseguir andar  1000 km.
Passavam milhões de carro por lá, mas ninguém atendia nosso pedido.
Decidimos ir pelo rio, estávamos cansados e com calor.
Ana fez um pequeno bote com madeira, precisávamos sair dali antes que minha mãe ou Samantha acordassem e percebessem que não estávamos ali. Iam alertar muita gente e provavelmente a cidade inteira ficaria chocada com o desaparecimento sentiam menina com Aids.
Passando quatro dias no bote, já estávamos cansados, quando chegamos em Memphis. Precisávamos seguir por Terra de lá pra frente.
Tinha muito dinheiro, juntei muito, de todas as mesadas.
No Rio, precisamos pedir carona para três pescadores que passavam por ali, e com eles fomos até perto de Memphis, não eram os pescadores clichês em barquinhas de madeira pequenos e frágeis. Estavam em um navio, realmente eram homens muito bons, autorizaram a nossa estadia e não precisamos pagar nada a eles. Quando finalmente chegamos a Memphis, já havia anoitecido,  montamos a barraca e assamos marshmellows na fogueira, demorou um pouco para acender, já que estava frio, o vento não deixou fazermos nada, de jeito nenhum.
De manhã, continuamos nossa trilha pela cidade, iria demorar muito tempo até conseguirmos atravessar o país.