A cura

Capitulo 19 Adeus Maddie.

Bom galera, se vocês quiserem, a::podem escolher a musica que vocês mais gostaram daquelas três pra lerem essa capítulo.
Coloquei novamente o bilhete no bolso, tentei engolir o choro, sabíamos que precisávamos logo enterrar ela, não suportava a idéia de que eu poderia perder a minha filha, fui até o quarto onde Maddie estava, ela estava segurando o sapato do Levi, eu olhei para aquilo e sorri, olhei para os seus pés, que também estavam apenas com um par.
A inocência de como ele tratava a morte da sua melhor amiga era mágica. Eles eram muito amigos, sabia que seria difícil pro Levi conviver todos os dias com a falta dela. Olhei uma ultima vez pra minha filha, peguei em sua mão e derrubei a ultima das minhas lágrimas, a ultima gota que pude derramar, olhei para os seus olhos, cujo nunca mais iria ver o seu verde, pois eles se fecharam.... Pra nunca mais se abrirem.
Dei um beijo na sua testa e sai. Fui até a sala, que até então era o lugar menos melancólico de todos, as pessoas conversavam e tomavam drinks, vestiam preto, mas eu estava de branco, queria que vissem que, mesmo na perda da minha filha... Eu ainda tinha paz, eu ainda tinha a felicidade dentro de mim!
Isso era o que me tornava viva naquele momento.
P. O. V Ana Rosa G.
Sai da casa da Maddie chorando, fui até o rio, encontrei o Levi lá, ele estava sentado observando o seu curso triste e pensativo, eu senti que interromperia o seu momento de silêncio e de reflexão se fase alguma coisa, então decidi ficar quieta. Quando Levi falou:
– Já enterraram ela?
– Ainda não.
– Seus amigos não vieram.
– Eles não são meus amigos.
– Tem razão. São nossos.
– Como nossos? Eles nos abandonaram. No momento mais triste da nossa vida.
– Não vamos falar sobre isso agora.
– Você está bem?
– Por que eu não pude ser seu amigo esses anos todos? Por que eu tinha que odiar ela? O que ela me fez? Por que eu fiz isso?
– Calma. Tenho certeza que, seja onde ela estiver, ela vai estar pensando na gente... E no quanto nos ama.
– Sei que... Se ela estiver a três bilhões de anos luz do Universo e estiver com medo... ela estará a salva.
– Ãn?
– Já esta escurecendo. Vamos voltar?
– Agora?
– Você pode me deixar sozinho por aqui... Só um pouco?
– Ah. Claro. Eu...já estou saindo.
– Obrigada
E eu sai, deixando ali um pequeno e dócil garoto que odiou ingenuamente, a sua melhor amiga pela vida inteira. Sabia que era inútil tentar fazer com que ele saísse dali, ele nunca demonstrou uma sensação diferente ou ao menos um sorriso, mas a calma com que ele tratava a situação... Me trazia paz.
Escureceu e o Levi ainda estava lá, fiquei preocupada. Fui lá pra fora e me deitei na grama, não estava mais em New Orleans, já tinha voltado pra Memphis onde os meus avós moravam, olhei para o céu mais uma vez.
Muitas pessoas acreditam que as estrelas são grandes bolas de fogo que se apagaram a tempos, mas eu ainda tenho pensamentos clichês de que elas são aqueles entes queridos que vão para o céu e deixam uma pequena marca da vida dele na sua vida, e que todas as noites eles aparecem para nos fazer lembrar deles, mas eu sabia que a Maddie seria quase que uma estrela cadente. Seus olhos brilhavam como o dia, e aquilo brilho durante a noite, seria o mais mágico de todos os contos de fadas, do brilho do vestido de todas as princesas, do brilho do seu próprio sorriso, do seu próprio coração.
Fechei os olhos por um tempo e lembrei dos seus sorrisos... da suas brincadeiras... e da calma com que ela tratava a sua doença, tentando ser igual a nó. Se divertir como nos. Eu os abri e com água nos olhos, segurava na minha mão, sua ultima lembrança, uma pequena foto, que tiramos em uma das noites na barraca. Essa era minha foto preferida dela, por que naquele dia, eu sabia que ela estava sentindo a mais pura felicidade. Foi em uma das noites na viajem, estávamos na floresta comendo e assando marshmellows, quando começamos a cantar Someday( musica acima, antes\ depois) Então comecei a cantar, mas não de uma forma divertida, como eu cantava com ela, mas lenta, e bem mais triste do que o normal:
– Someday I'm finally gonna let go
Cause I know... there's a better wayy.
And I wanna know what's over that rainbow. I' m gonna get out of here someday...
Deixei as lágrimas caírem, fui fraca. Olhei para o meu braço, havia uma pulseira, que ela havia me dado, melhores amigas pra sempre.
P. O. V Levi Z.
Eu olhava o Rio, sem saber como eu viveria dali pra frente, tirei no meu casaco o salto que a Maddie usava no seu velório, olhei mas uma vez para o rio e delicadamente o coloquei lá. Ele saiu pelo curso do Rio, daquele mesmo rio, pequeno e agradável, que usamos Para a procura da cura.