Sugiro que leiam esse capítulo ouvindo a musica acima.
Quando chegamos em casa, percorri um triste caminho solitário até o segundo andar na minha casa, no meu pequeno e agora vazio quarto. Um pedaço de mim partiu e me deixou só, sem rumo, sem destino e sem amor. Fiquei um tempo isolado no meu quarto, sem demonstrar sensações diferentes, apenas pensando em como sobreviveria sem minha melhor amiga, sem a minha irmã. Olhei na estante, havia uma foto dela comigo e com a Ana Rosa, era minha foto preferida dela, por que naquele dia ela estava realmente feliz. Quando a Sra. Hönner chegou e disse:
– Quando Helier morre no quinto ato, sabe o que Shakespeare escreveu?
– Não- falei baixo.
– Escreveu: Ele morre!...Só isso, mais nada, sem fanfarra, sem metáfora, sem palavras demais meliantes... O ponto culminante da obra mais influente da literatura dramática é:.. Ele morre! Ainda assim sempre que leio essas duas palavras me vejo as voltas com um desassossego... E eu sei que é natural ficar triste... Mas não por causa das palavras ele morre... Mas por causa da vida que vimos antes dessas palavras! Não estou pedindo que fique feliz por ela partir... Só estou pedindo que vire a página...continue lendo... E deixe a próxima história começar! E se algum dia alguém perguntar que fim levou a Maddie... Conte todas as suas incríveis aventuras com ela e no final termine com um simples... E modesto:... Ela morreu!
Então comecei a chorar e ela saiu. O velório dela ia ser no dia seguinte, aqui mesmo em New Orleans.
Naquela noite, foi a primeira que dormi longe da minha melhor amiga. Senti que faltava um pedaço de mim, sem ela eu não era nada, além de nada.
Adormeci, na minha pequena e confortável cama, dentro do pequeno espaço entre a tristeza e a solidão.
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A cura
Romance- Credo! Por que você se balança toda enquanto dorme? Você tem pesadelos? - Só me sinto meio mal... - Você está toda molhada! - É suor. - Está três graus lá fora. Por que você sua quando está com frio? - Eu sou doente. - Pega a minha camisa. - Obrig...