Capitulo 11

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A trilha foi perfeita! O problema é que meu pé doía muito.
Perdi a conta de quantas vezes tivemos que parar por conta do meu pé.
Havíamos andado 500km nós últimos dez dias, não sabíamos mais quanto tempo eu iria agüentar, estava muito mal!
Desmaiei três vezes nesses últimos dias, no meio da trilha, Ana perguntou:
–  Por quebro tempo seus remédios ainda dão?
– Só restam três dias.
– Vamos. Precisamos correr.
– Para Ana! Para! Nunca vamos chegar lá a tempo!
– Não! Você quis fazer essa viajem! Você ganhou essa viajem! Vai ficar até o final! Vamos até lá! Vamos achar a cura e te curar! Você vai ficar boa! Te pedi pra desistir no início mais você não quis! Não vamos desistir agora!
– Estou cansada. Vamos parar! Por favor!
– Tudo bem! Vamos.
– Ana... Eu não vou agüentar muito... muito... muito tempo.
– Por favor. Você sobreviveu até aqui!
– Eu não... Por favor... Preciso voltar.
– Não! Eu vou! Quero te curar! Pelo amor de Deus Maddie! Por favor não vai.
– Eu sinto... Eu sinto...eu sinto muito.
– Não Maddie... por favor.
– Eu só preciso...descansar.
– Tudo bem! Mas não vai nos deixar agora!
– Eu vou...cons...conseguir. Por você e pelo Levi.
– Boa noite! Durma bem!
– Obrigada!
– Posso ajudar a refazer seu curativo?
– Não. Melhor você não se arriscar.
– Boa noite mana.
– Boa noite. Durmam bem.
– Tem certeza que não quer que eu fique aqui com você?
– Pode ficar?
– Claro!
– Pode, antes fazer um favorzinho pra mim?
– O que?
– Pede pra mim o tênis do Levi?
– O que?
– Ah! Nada! Nada não esquece.

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