Sugiro que vocês leitores, leiam esse capítulo ouvindo a musica "Cold" Jorge Méndez.
P. O. V Levi Z. M
Cheguei bem cedo no hospital naquela manhã, queria ver a Maddie mas uma vez antes de voltar pra New Orleans, ainda não contei pra ela que sua mãe havia me obrigado a voltar, queria contar hoje, pelo que eu conheço a Maddie ela ia ficar muito brava comigo, mas a culpa não é minha. Porém quando eu cheguei lá, eu é que tive uma surpresa, ela estava respirando com aparelhos. Então eu perguntei:
– Maddie. O que aconteceu?
– Eu vou... Eu vou... eu vou morrer.
– O que?
– Meu médico disse que não tenho... Que eu não tenho... que eu não tenho muitos dias de vida...
– O que?
– Eu vou morrer Levi!
Ela deixou cair uma lágrima. Eu chorei também, aquelas tinham sido as primeiras palavras que ela falou no dia sem precisar gaguejar.
– O que? Maddie Não me deixa.
– Não vou te deixar. Fique com a Ana. Ela vai cuidar...cuidar.... cuidar de você como eu... como eu cui...cui...dei.
Cai em prantos:
– Você pode esperar mais um dia?
– Não é questão de agüentar, eu só não posso...não posso... por que... me corpo não me deixa... Ficar aqui... ficar aqui com você.
– MADDIE!
– An... Ana. Você chegou.
– Maddie, senti tanto a sua falta!
– Agora posso partir em paz.
Era como se uma faça atingisse meu coração, eu estava lá no momento mais triste da vida de uma pessoa. Sabe por que? Por que é o fim dela, ela fechou os olhos e subtamente, deixando uma pequena marca de si no coração de cada pessoa que ela conhecia, seria triste ver alguém que amamos partir em um momento de desespero, nosso e daquela pessoa também, mas eu via nela uma calma e uma bondade no seu sorriso, simplesmente na forma de como ela partiu com aqueles belos dentes a mostra, quando ela fechou os olhos, o BIP do aparelho acelerou, Ana correu pelo hospital a procura de um médico, eu só sai do quarto e fiquei na recepção.
No carro, éramos acompanhados por um silêncio mortal, quase mais venenoso que o sangue da Maddie. Quando no meio do caminho, a Sra. Hönner parou o carro e começou a chorar, ela perdeu a sua calma e simplicidade naquele momento, eu e Ana ficamos calados, sem demonstrar nenhuma sensação diferente, uma faca atingia nosso peito, o dia parecia bem mais escuro e as pessoas, mais tristes.
O Sol não apareceu, os pássaros não cantaram, Deus levou um pedaço de mim.
O amor é um sentimento tirânico e zeloso, quando a pessoa que amamos sacrifica todos os seus gostos e toda sua vida por nós... nada se faz quando não se faz tudo.
E a partir dai, todos os dias da minha vida, eu imagino que se eu tivesse deixado a Maddie pular no meu lugar, eu teria sofrido a explosão e eu teria escapado, por que eu tenho anticorpos. Na verdade, eu nunca pensei direito na forma que eu queria morrer... Mas morrer por alguém que eu amo... Me parecia uma boa forma. E depois de tantos anos de vida, estudos e etc. a única coisa de que eu tenho certeza e que eu aprendi ao longo desses anos é que as pessoas que amamos nunca morrem... Elas apenas partem antes de nós.
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A cura
Romance- Credo! Por que você se balança toda enquanto dorme? Você tem pesadelos? - Só me sinto meio mal... - Você está toda molhada! - É suor. - Está três graus lá fora. Por que você sua quando está com frio? - Eu sou doente. - Pega a minha camisa. - Obrig...