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7-Volta

A dor em minha cabeça me sinto ainda mais depresivo.

Porque a bebida não me levou?

Levanto-me da cama e vou direto pra um banho gelado. Pra ver se a ressaca melhora.

A água desliza no meu cabelo, me deixando rapidamente leve e sem problemas. Saio do banho, coloco uma cueca apenas.

Me sirvo de um copo de café forte e amargo, nada melhor pra melhorar. Ouço o telefone de casa tocar. Que merda de som que só piora a dor de cabeça.

-Sim?
-Filho?
-Diga mãe!
-Sua irmã acabou de chegar, venha pro almoço.
-Tudo bem.

Desligo o telefone e me jogo no sofá.

Porque ela voltou antes?... Um desespero toma meu corpo. Desespero? Porque?.

Cansei de perguntas sem respostas.

-Você não quer enxergar a resposta... Você não deu o direito de resposta... Você a matou.

E denovp aquela voz só pra melhorar meu dia de merda.

Coloco uma bermuda,camiseta, chinelo e já estou pronto. Pego as chaves do carro e a carteira e saio em direção a casa de minha mãe.

Assim que entro vejo minha irmã, que encara-me de mal olhos. Oque eu fiz?

Ando em sua direção, logo puxo sei corpo de encontro ao meu, e em segundos estou a abraçando. Derrepente a culpa me atinge em cheio e eu a solto.

-Como foi a viagem?
-Otima e como foi seus dias aqui sem mim?
-Péssimos.
-Precisamos conversar.
-Mas tarde maná.

Comprimento meus pais, os abraço como se não fosse os ver denovo. Ultimamente sinto vontade de mostrar meus sentimentos.

-Você morrerá assim como você a matou.

Chocalho minha cabeça e sigo pra almoçar.

Sentamos todos na sala e o assunto, óbvio é a viagem.

-Soube que você foi ao psicólogo... Porque?
-Ando tendo sonhos esquisitos.
-Vos voz fala em seu sonho?
-Como sabe?
-Eu também sonhei com isso, por isso voltei.

A atenção de meus pais e a minha foram pra minha irmã que começa a contar seu sonho.

" Eu estava andando perto de um restaurante, mas parei assim que ouvi gritos de Socorro.

- Eu tenho impressão que conheço aquela voz.

Logo ambulâncias estavam ali e só vi um corpo na maca, a moça me olhou, mas seu rosto era todo embaçado. A moça disse sua última frase:

-Salve-me.

Logo a escuridão tomou conta e apenas ouvia.

-Ele é o culpado disso, salve-a , salve a criança...

Eu só me lembro de acordar desesperada e assim foi por uma semana, então decidi voltar."

-Mãe, isso tá com todos, o culpado sou eu, mas doque eu tenho culpa?
-Filho isso pode ser psicológico.
-Não mãe, ele fez algo e foi grave.
-Vos esta certa, meu amor.

Oque eu fiz?

Apenas deito no colo da minha mãe e me perco na conversa sobre a viagem... Quem é a voz?

Volto pra minha casa e apenas me jogo na cama sem querer ver nada.

" Caminho lentamente pela calçada, só vejo um poste que ilumina um corpo, a moça misteriosa.

Sem pensar eu corro, corro e corro, mas nunca alcanço a mesma... Apenas a ouço gritar por Socorro, vejo três corpos no seu arredor, vejo ela sofrer.

Minhas pernas não respondem , apenas ouço a ambulância e aquela voz se fez justa.

-Voce não pode salva-la, porque foi você que a colocou ali... Você a matou, ela e seu filho."

Acordo gritando de dor, uma dor sentimental... Porque comigo?... Meu Deus oque eu fiz?..

Acordo apenas no dia seguinte com o barulho na porta... Grito o mais alto possível. Coloco um shorts e vou atender quem for.

-Desculpe se te acordei, mas em pleno domingo você está dormindo até as três da tarde.

E como de costume minha irmã me acordou.

-Entre!

Fomos até a cozinha onde preparei algo rápido para comermos.

-Oque te aflinge mana?
-Primeiro queria te dizer que encontrei alguém muito especial na balada.

ah não, mas um pra mim mandar embora.

-Nome?
-Paulo Suller.
-Ah não.

Meu ex melhor amigo. Começamos a ser amigos quando entrei no colegial, mas depois de três anos ele foi embora por minha causa.

Eu o traí de duas formas, traí nossa amizade e peguei sua namorada da época.

-Você contou quem era?
-Quando contei ele me tirou de sua vida, outro motivo pra ter voltado. Mas oque quero saber, Ana você tem noticia dela?
-Desde que terminamos não ouvi nem falar nela, porque pensou que eu saberia?
-Porque ela não me responde por sua culpa.
-Ela não te responde, porque não quer, uma vadia que se apaixonou, tão tola.

Só senti uma mão em meu rosto.. não, ela não fez isso.

-Tchau seu idiota.

Ela bate a porta ao sair, garota mimada. Aquelas palavras doeram ao sair, mas como ela pode ter se apaixonado? Ela não deveria, porque nunca amarei ela.

Eu a conheci dançando funk, uma vadia mesmo, o bom é que sabia foder, ah isso ela sabia, muito bem.

É tão dificil vocês entenderem que eu não sou o culpado e sim Ana?

Termino minha refeição e vou direto pro escritório.

Tais

M

inha viagem estava sendo otima, mas desde o dia que começei a sonhar con uma moça e a voz, tudo começou a desabar.

Ando lentamente até Paulo que esta sentado na varanda do quarto de hotel.

Agora eu contarei a verdade, nós precisamos dela.

-Paulo?
-Senta aqui querida.

Sento-me no seu lado e busco seu olhar.

-O sonho denovo?
-Também, mas preciso te contar algo.
-Diga!
-Voce conhece algum Arthur?

Sua feição muda, seu rosto mostra raiva,mas ao mesmo tempo carinho.

-Conheço, ele me traiu com uma antiga namorada.
-Se lembra da irmã dele?
-Nao muito.
-Sou eu.
-Voce é oque?

Apenas confusão está estampado ali.

-Eu sou a irmã dele.
-Nao, não não... eu te amo porra, amo a irmã do cara que me traiu, você é ridicula... saia daqui.
-Paulo...
-SAIA, SUMA DAQUI.

Maldita MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora