Dont you?

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Leiam as notas finais pF SÃO MT IMPORTANTES!!

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Não, sério, comentem :( pf.

14K de views, vocês são incríveis! Boa leitura.
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O silêncio parecia agradável, apenas o som ecoado dos passos lentos de Castiel eram escutados. O garoto fez o sinal da cruz, fechando os olhos e fazendo uma breve referencia ao altar. A igreja estava praticamente sozinha, apenas duas senhoras oravam ali, quietas em seus próprios pedidos e agradecimentos. Seus dedos percorreram pela madeira polida e bem cuidada do banco enquanto se perdia em pensamentos. Os olhos azuis percorriam por cada detalhe, cada escultura e decoração, como se pudesse se sentir parte daquilo. Respirou fundo e se ajoelhou, apoiando a testa em suas mãos entrelaçadas. Encheu o pulmão de oxigênio, soltando o ar aos poucos. Seus olhos se mantinham fechados, seu corpo agia em total harmonia com o ambiente, se sentindo em casa.

Castiel sussurrava seus pensamentos, perdendo-se ali, em meio de pedidos e agradecimentos. Já não se sentia mais sujo, era como se tivesse sido absolvido de tudo aquilo que o fazia mal, que o puxava para baixo. Ele finalmente havia voltado ao normal, não havia resquícios em si, e por mais que parecesse bom, satisfatório, Novak se sentia vazio, sentia falta, só não sabia do que. O moreno se lamentava por uma ausência que não lembrava de um dia ter sido presente, como se algo importante de suas memórias tivessem sido apagadas. Todavia, o verde continuava a ser sua cor favorita, algo que o fazia sorrir.

Seus lábios se movimentavam em palavras mudas, pedindo para os céus que tudo ficasse bem, que seus pais ficassem com saúde e feliz, deixando as coisas acontecerem de acordo com os planos Dele, e então, pedindo, mesmo que em seu mais baixo tom, para encontrar alguém com os olhos tão verdes quanto os que impregnaram em sua mente. Castiel nunca vira tão bonitos olhos, e também não conseguiria imaginar algo melhor do que os mesmos. Seria estranho se confessasse que ao pensar em tais íris sua respiração fica falha, como se algo dentro de acendesse ou preenchesse, mas era exatamente isso o que o garoto sentia. 

Finalizou sua conversa particular com o sinal da cruz, agradecendo à Deus por ter o escutado, se sentindo leve. Abriu os olhos e se levantou, arrumando o casaco de estilo sobre-tudo de cor pastel, e então voltou-se ao corredor principal e seguindo para fora da igreja. Desceu os degraus e apertou o passo, queria chegar logo no orfanato, já que havia marcado de passar lá para visitar as crianças. O natal estava chegando e os pequeninos ficavam extremamente animados com a ideia de ganharem presentes, e era ridiculamente bom ver o sorriso satisfeito daqueles pequenos seres ao receberem coisas ou apenas por terem contato com o papai Noel ou pela simples magia da data e claro, a neve.

Não demorou muito para que estivesse na frente do orfanato, que agora exibia uma pintura nova: as paredes, que antes eram azuis estavam brancas e as janelas coloridas em tons fracos, e já tinham alguns enfeites natalinos ali, como pequenas estruturas, e tudo aquilo foi possível por causa da arrecadação que tiveram na feira da igreja. Novak se sentiu orgulhoso de si por ter ajudado na reforma, vendendo o máximo de doces que podia junto de... Gabe. Gabriel.

- Cass! - escutou a voz animada de Balthazar, que abriu os braços, convidando o menor para um abraço.

- Balth. - sorriu amarelo, desvencilhando-se do contato.

- Entra, está frio. - convidou, tentando ignorar o vácuo, sentindo uma ponta de vergonha dentro de si.

Aconteceu algo? Pensou o rapaz.

Seguiram até a sala onde as crianças estavam brincando. Castiel gostava de chegar nesse horário para poder interagir com os pequenos, que continuavam elétricos mesmo com o clima frio. Entrou no cômodo, cumprimentando cada ser minúsculo que acenava exageradamente para ele, até que então achou sua garotinha, reconhecendo-a pelo cabelo castanho escuro levemente encaracolado nas pontas, já que ela estava de costas. Se aproximou o bastante para que Hope conseguisse sentir sua presença, sorrindo genuinamente ao que seus olhos encontraram-se com as íris de um tom verde bem claro da menina, cuja qual abriu um lindo sorriso. Não demorou muito para que corresse até o maior com os bracinhos abertos, gritando animadamente por vê-lo.

Take Me To Church » DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora