Epílogo.

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16 de junho de 2015

foi quando essa fanfic começou, e eu nunca imaginaria que meus parágrafos bagunçados em um romance gay poderia chegar tão longe.

não quero alongar isso aqui, vocês estão esperando para ler o desfecho dessa história, mas só peço um pouco de atenção

VOCÊS ME AJUDARAM A FAZER TUDO ISSO, devo a vocês!!!!!!!!!! muito obrigada por todos os comentários, todas as menções, pelas 91 mil visualizações, vocês são incríveis, eu não sei nem como agradecer! (E POR FAVOR NÃO SE ESQUEÇAM DE DIZER O QUE ACHARAM, isso é muito importante para mim!!!!!)

(vou ler cada comentariozinho)

(Aaa, n esquece d mandar pra quem vcs sabem que leu - e pra quem n leu tbm bjs)

ainda espero um dia conseguir transformar isso aqui em um livro, parece bobo, mas enfim

aproveitem.

xx

O verde de seus olhos familiarizavam-se com o lago, que refletia pouco brilho por causa dos fracos raios de luz que nele incidia, revelando que logo o azul claro daria espaço para o escuro. E então a noite fria viria novamente, junto com o vento que mexia as folhas das árvores, sem gentileza alguma. Nada poderia ser mais calmo que aquilo, pois se relacionavam com harmonia. Na verdade, era, no mínimo, cômica a forma que tamanha escuridão engolia aquele lugar e conseguia o deixar em paz. Talvez a natureza seja a única coisa que não se sucumbe à loucura quando nela a escuridão habita.

E Winchester entendia de escuridão, e, aos poucos, conseguia compreender fragmentos da loucura. Do jeito mais irônico possível, tudo aquilo era real, e talvez a pior parte fosse enterrar em seu coração alguém que não morreu.

Passou a mão sobre o queixo, acariciando a barba por fazer. Não tinha mais em vista o lago, e isso fazia com que o rapaz se sentisse parte do escuro, e, aos poucos, foi se tornando parte do nada. Ainda que em desconjunto, continuava ali, ora sendo parte do vazio, ora sendo parte de si mesmo, mas nunca em totalidade. A soma das partes não fariam o todo.

Sua noção sobre tempo e espaço eclodiu ao que sentiu o bolso da calça vibrar. Estava surpreso por ter dado área naquele lugar, afinal, as árvores atrapalhavam completamente o sinal, então não havia se dado ao mísero trabalho de desligar o celular - que já desfrutava de seus 3% de bateria. Suspirou por fim, umedecendo os lábios ao ver o nome de Sam escrito entre as rachaduras da tela. Ignorou a chamada por alguns instantes, até encerrar a ligação sem pensar muito sobre isso, até porque, sabia que o caçula estava bem, e que Gabriel cuidava muito dele. Sem nenhum perigo, não precisava mais se preocupar.

É também entendia que partir tinha sido um ato covarde, principalmente sem nem ao menos se explicar, mas faria tudo de novo. Não aguentaria a culpa em suas costas, não continuando ali, cercado daqueles que ama, e que por ventura, decepcionou. Aquilo seria impossível levar. Todos aqueles olhares ou até mesmo vozes. Dean não queria aquilo, então sair de perto de tudo e todos foi a melhor opção. Porque dessa vez não falharia; já não tinha nada mais a perder, e talvez fosse isso o que tenha restado para si. O mais absoluto nada. Afinal, voltar, de maneira alguma, seria estar de volta. Estava danificado demais.

Permitiu que seus pulmões se enchessem de ar, não conseguindo conter o resmungo ao sentir pontadas em sua costela. Teve que segurar o local dolorido, franzindo o cenho e dando um último gole na cerveja, como se aquilo fosse lhe dar forças. A garrafa foi jogada para longe e então o rapaz se levantou, fingindo que aquela dor não existia. Seguiu até o impala, usando uma lanterna para iluminar o caminho, e por alguns instantes, apenas observou os tons de roxo e alguns cortes em suas mãos, deixando que seu olhar se perdesse por ali.

Take Me To Church » DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora