Heaven

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A música alta fazia com que pessoas de todos os estilos se movessem animadamente conforme suas batidas, as luzes coloridas e as fumaças ocupavam o ambiente. Era incrível como todos dançavam divertidamente, ou apenas conversavam animadamente enquanto fumavam ou bebiam, pareciam bem, demonstravam felicidade ali, não se importando com o que poderiam pensar deles. Mulheres beijavam mulheres ou homens, assim como estes também beijavam outros homens ou mulheres, completamente livres. Livres daquele rótulo implantado na sociedade que diz que para fazer parte de um meio, é preciso abrir mão das coisas que você gosta para seguir o que é tradicionalmente "certo". Politicamente correto, a lei natural da vida.

Castiel engoliu o seco, observando cada detalhe visível da PUB. Seus olhos vagavam brevemente, como se reconhecessem o lugar, enquanto seu corpo já se entregava ao momento, se familiarizando com o clima, com as pessoas. Umedeceu os lábios, não deveria estar ali no meio de todas aquelas pessoas, que praticamente estavam comprando suas passagens para o inferno ao se entregarem àquilo, ao pecado, mas não queria ir embora. Sabia que não queria mover um passo para sair da boate, pois sentia que por mais errado que parecesse, algo dentro de si gritava que não era tão errado assim, que estava tudo bem. Afinal, ele estava com o Winchester ali, e isso era perdidamente assustador.

- Você está bem? - escutou o loiro perguntar.

Abriu a boca várias vezes, não conseguindo responder. Sua garganta parecia seca enquanto seu pescoço esquentava de forma surreal. O garoto se sentia assustado com todas aquelas reações de seu corpo, como se pudesse entrar em um colapso à qualquer instante. Seu corpo desobedecia a mente, criando aquele conflito interno, gritos que apenas se calaram ao que Dean pegou em sua mão, entrelaçando os dedos e sorrindo.

Assentiu com a cabeça enquanto sorria de volta. Seu coração palpitava fortemente, um calafrio subia por toda sua espinha, e então tudo estava mais calmo e ridiculamente elétrico. Algo completamente contraditório e bom, confortável. Fitou sua mão com a do mais velho, mordendo brevemente o lábio inferior, gostando da sensação causada pelo toque, que por mais simples que fosse, pareceu tão íntimo. Tão puro. Era assim que se sentia, puro e quente. Dentro de si, tudo se aquecia, e não fazia ideia do que aquilo significava, porém, não se importava, era bom.

Não demorou muito para que fosse puxado para a pista de dança, onde a música ficava bem mais alta e o espaço bem menor por causa das pessoas em volta. Novak se sentiu um tanto quanto envergonhado ao notar que teria que dançar na frente de tanta gente, não que fossem olhar para si, mas também era algo que poderiam ver, porém, não ficaria ali parado. Fechou os olhos e deixou que seu corpo se mexesse em movimentos breves ao remix carregado de The Hills, do Weeknd. Passou a mão no cabelo, tirando-o da testa, umedecendo os lábios e voltando a abrir os olhos. Fitou diretamente o rapaz à sua frente, que agora parecia olhá-lo de forma diferente, mas ainda sorria. Era algo que fazia Castiel sentir-se nu aos olhos verdes do Winchester, e o garoto em seu resquício de loucura, desejava estar.

Conforme as batidas se tornavam mas intensas e as musicas mais altas, seus corpos se aproximavam automaticamente, como se já soubessem o que tinham que fazer, já sabiam instintivamente sobre suas intimidades. Era o que Castiel sentia por toda a sua espinha, aquele arrepio bom, ou todo aquele fervor dentro de si apenas ao fitar os olhos de Dean, como se aquelas íris verdes trouxessem todas as respostas para o de olhos azuis. E então, tudo parecia fácil e extremamente difícil ao mesmo tempo, como se seus membros se tornassem gelatinosos outra vez. Novak não sabia o que fazer, não sabia quais perguntas fazer, por onde começar ou como descrever aqueles sentimentos dentro de si, pois então estava em casa. Estava em casa, e não sabia nem ao menos explicar aquela sensação, só entendia que era boa. A mesma que sentiu na cafeteria, talvez um pouco melhor, um pouco mais familiar. Um pouco mais tudo. Ele sentia tudo. Queria sentir tudo. Queria sentir Dean.

Take Me To Church » DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora