Capítulo 17

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Jenna pov.

É estranho. Henry nunca mais apareceu do mesmo jeito que Annabel nunca voltou, Stephanie me assegurou de que ela ainda não tinha terminado o que havia começado e eu acredito. Não acho que Annabel iria se limitar por causa de um amor do passado.

Segundo Stephanie, Annabel era Jackeline Montreal e assim como nós, perdeu os pais e também, o amor de sua vida (ela achava). Então, ela resolveu que para seguir em frente teria que mudar seu comportamento, virando enfim, Annabel Wilbert.

- Esse mundo é tão estranho. – comentei, esparramada no sofá da casa dos Stuart, minha nova moradia, diga-se de passagem.

- Agora que percebeu? – James perguntou, sentado na poltrona a minha frente lendo um livro. – Considerando que somos vampiros e meu irmão de dois séculos está frequentando o Ensino Médio, eu diria que você está bem atrasada nesse quesito de adivinhação.

Bufei, virando o rosto. Eu estava com fome, o sangue de animal não estava me saciando.

- Tem mais sangue aí? – perguntei.

- Não, já acabou e eu não vou atrás por você. – falou e eu olhei para ele, fazendo biquinho. – Para com isso, não dá certo comigo.

Reprimi um sorriso e continuei com o bico. Ele revirou os olhos e voltou sua atenção para o livro.

- Você é tão chato. – reclamei e ele apenas riu. Uma ideia surgiu em minha mente. – Ei, James.

- Oi? – ele perguntou me olhando.

- Se importaria em quebrar a aposta comigo? – perguntei com um sorriso malicioso.

- O que eu ganharia em troca? – ele perguntou fazendo o mesmo sorriso.

- Você escolhe. – disse simples, já adivinhando o que ele iria pedir.

- Ótimo, onde a senhorita pretende ir?

Respirei fundo, pensando. Eu não conhecia nenhum lugar bom para uma alimentação já que eu atacava quem aparecesse na minha frente.

- Que tal aquele pub que fica no centro de Princetown? É em um local fechado. – ele recomendou e eu sorri.

- Perfeito. – falei olhando para mim mesma, estava com uma regata preta, calça de couro e botas da mesma cor. – Eu acho que estou boa, não?

- Ótima, agora vamos?

- Sim. – disse sorridente e partimos da casa.

Era em local bem no centro da cidade e como James disse, em um local fechado. Hipnotizei o segurança, burlando a lei da fila porque eu não estava nem um pouco a fim de perder a minha paciência, para entrarmos no local lotado de gente com a música eletrônica estourando meus tímpanos.

- Então... – James começou ao meu lado.

- Hora do lanchinho. – falei sorridente.

Andei por entre as pessoas em busca da minha vítima, até encontrar uma garota, totalmente isolada de todos. Me aproximei perto dela e ela notou, quando já estava próximo o suficiente, ditei:

- Você não vai fazer nenhum tipo de barulho. – e assim a mordi no pescoço, seu sangue descendo por minha garganta me fazendo querer mais e mais. Quando já estava bom o suficiente, parei, logo dando meu sangue a ela para que o ferimento cicatrizasse. – Esqueça tudo disso e continue o que estava fazendo.

Segui esse ritmo com mais sete pessoas e sangue melava minha boca até meu peitoral, eu dizia o mesmo para James, que já estava com a camisa desabotoada dançando com uma garota qualquer. Ninguém notava para isso, estava muito escuro e todos estavam totalmente embriagados.

Bruxos (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora