Bruxos (Livro 3)

Capítulo 9

Stephanie pov.

Mirei o arbusto mais uma vez, coloquei minhas mãos na direção dele e soltei bolas de fogo pelas mesmas, que foram certinho. Agora ele pegava fogo como nunca.

Fallow chegou por trás e jogou um balde de água para que o fogo cessasse.

- Desse jeito, a gente vai destruir a mata todinha. – ela reclamou.

Eu, Saphire e Fallow estávamos no meio de uma reserva que ninguém ligava mais treinando a minha mira.

- Qualquer bruxo do Clã da Vida pode vir aqui e dar vida à essas plantas. – Saphire disse. – Não é tão difícil e além que é a especialização deles.

Já se fazia duas semanas desde o incidente com Dylan. Eu e Jenna estamos ficando mais craques com os nossos novos dons e essa experiência está sendo incrível.

- Acho que nesse ritmo que estamos, elas duas vão ficar cada vez mais poderosas. – Saphire comentou. – Só falta saber os feitiços básicos de cada bruxa.

- Tem mais? – reclamei prendendo o meu cabelo em um rabo de cavalo.

- Sim. – Fallow respondeu. – O feitiço de localização, levitação, etc.

Eu bufei e Saphire riu:

- Não se preocupe, Stephanie, do jeito que você está, vai aprender rapidinho. – ela falou colocando uma mão em meu ombro. – Agora vamos ver o negócio da defesa.

- Não! – gritei caindo no chão e fingindo um desmaio. – Eu estou morta.

- Stephanie, você tem que aprender pelo menos alguns golpes para se defender. – Fallow se aproximou.

- Mas eu sou uma vampira! – falei.

- Uma vampira que não sabe lutar! – Saphire debochou me botando de pé de novo. – Anda, vamos logo com isso que eu estou com fome.

Eu também.

Olha o controle, filha. Não vamos perder a cabeça como da última vez.

Eu não vou perder a cabeça, pai.

Olhe lá...

Depois de algumas horas treinando com Saphire, eu finalmente fui liberada e pude voltar para casa. Como eu não tinha vindo de carro e não estava a fim de bancar uma humana normal, fui pela floresta e usei a minha velocidade até chegar a parte de trás da minha casa. Quando abri a porta que dos fundos, alguém me imprensou pelo pescoço na parede e como defesa, peguei a cabeça da pessoa e empurrei pra o lado, a fazendo cair no chão.

- Bom saber que você está aprendendo. – Jenna falou ainda detida no chão apoiada pelos cotovelos.

- Senhor, Jenna! Você me deu um susto! – falei rindo e ela riu comigo. A ajudei a se levantar e fomos até a sala, onde a televisão estava ligada com o jornal local passando. – Você estava vendo o jornal?

- Não tinha nada de interessante além disso. É bem legal ver as pessoas se ferrando nos acidentes. – ela respondeu se sentando no sofá em frente à televisão.

- Nossa, você gosta mesmo de rir das desgraças dos outros. – falei me sentado ao lado dela para assistir também. Ela já estava dormindo de tédio ao meu lado quando uma das matérias tinha um repórter entrevistando Cindy Mcleen. – Jenna.

Ela acordou ao meu lado e eu apontei para a televisão. Ela ficou estática com o que Cindy começou a falar:

- Ele já tinha desaparecido por um bom tempo e eu já estava ficando preocupada. Quando descobri que tinham achado um corpo enterrado no ferro-velho e que esse corpo era do Joe, a única coisa que me veio à mente foi assassinato. Quem quer que tenha feito isso, pode apostar, nós vamos achar você e logo estará atrás das grades! – então Jenna desligou a televisão.