1. 2015... Começo do fim...

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Diziam que o ano de 2012 seria o fim do mundo, e hoje eu acredito que foi sim, não de forma mundial, mas de forma pessoal. Catástrofes, acidentes, desastres naturais acontecem sempre e não podemos evitar, não somos donos do tempo e nem podemos prever o que irá acontecer. E acontece.
Em alguns lugares, tornados, furacões, tsunamis. Como também não podemos adivinhar que um extremista seja religioso ou não, vai invadir uma escola ou um shopping e de repente começar a atirar ou acionar uma bomba colada em seu corpo, tirando a vida de muitos inocentes. Também não podemos evitar que dois automóveis entrem em colisão. Ou um cálculo humano ou uma pane elétrica podem passar dados errôneos passa informações erradas ou incompletas, por exemplo, aviões caem, trens descarrilham... Tragédias, perdas e sofrimentos.
A vida não é nada. Super valorizamos tantas coisas que na realidade são desnecessárias e supérfluas quando o que mais precisamos mesmo são das pessoas que mais amamos, e o pior de tudo isso, é que temos vergonha de dizer que as amamos, simplesmente por que achamos desnecessário e não chegamos a falar o quanto são importantes em nossas vidas. E quando queremos ou desejamos, é tarde demais.
Qual a lição eu tiro disso?
O tempo não para! E o ano de 2015 provou isso sem dó ou piedade. Foi o meu fim de mundo, de forma particular.
O tempo sempre nos faz surpresas, sejam elas agradáveis ou não. E a qualquer momento, a vida de qualquer um de nós, pode ser interrompida ou modificada. Um simples deslize ou erro e até mesmo uma ação da natureza pode causar um acidente e nos tirar nosso mundo.
E a saudade que ficou é maior que todo o amor que eu sentia e ainda sinto.
E pior. Não posso fazer nada para voltar atrás e muito menos me sentir menos culpada do que realmente sou.
Nesses meses que se passaram, não quis ver ninguém. Deixei de fazer coisas que gostava e visitar lugares que amava. Sempre fui louca por esportes e dança. Mas ouvi Harper dizer que estou em depressão e até entendo a preocupação dela. Se algo acontece comigo, do tipo eu também morrer, ou ficar vulnerável ao ponto de não
poder cuidar dos negócios que eram o sonho dos meus pais, ela e tantas outras pessoas, perdem o emprego dos quais lhes garante o sustento para suas famílias. E muitas crianças e adolescentes perderiam de certa forma o atendimento na instituição para menores. E por mais que se preocupassem comigo, suas famílias estavam em primeiro lugar, e eu não os culpariam por isso. Eu, na realidade, os invejava pelo simples motivo de que era assim que que eu deveria ter me comportado quando tinha os meus pais.
Não que eu fosse má filha. Não! Sempre fui uma ótima aluna, em nota e comportamento. A não ser a época que me rebelei - nem tanto - mas perdi um ano escolar por ser mimada e infantil. Mas fora meus interesses pessoais, que eram sempre baseados em momentos desnecessários, eu não dava trabalho. Mas também não dava a mínima de ara nada que era do interesse dos meus pais, que sempre se preocupavam com o bem estar e o futuro da família.
Meu irmão mais novo, que pra eles era praticamente considerado um milagre, pois eu já estava com mais de doze anos quando mamãe deu a luz ao pequeno Ethan. Eu me lembro que desde pequenininha pedia uma irmanzinha pra eles e mamãe dizia que ainda não era tempo. Mas Ethan chegou, e mesmo não sendo uma menininha, era a felicidade da casa. Principalmente por que minha mãe, segundo os médicos falaram, não poderia ter engravidado, e havia vencido sua gravidez que era de alto risco.
Eu não os ajudava em nada. Nessa fase, eu já era muito ciumenta. Achava que eles não me amavam e davam mais importância para as pessoas que viviam na instituição do que pra mim Quantas vezes eles pediam que eu os acompanhassem em eventos beneficentes e até mesmo em festas e passeios e eu simplesmente negava. Só gostava das férias em família, a qual eu raramente tirava alguma foto. Ou seja, eram poucas pessoas que conheciam a arrogante, mimada e então ciumenta Emmanuelle Carpenter, herdeira do império Carpenter Association, uma empresa voltada para ajudar os mais desfavorecidos.
Sei que nem sempre foi fácil pra eles. Começaram resgatando crianças de rua, e com os resultados que obtiveram dentre alguns positivos, começaram a tentar arrumar colaboradores e patrocinadores, que seriam pessoas dispostas a ajudar financeiramente para dar uma boa educação a essas crianças. No começo era um lugar só, com meninas e meninos juntos, apenas quartos e banheiros separados.

Mas o sonho dos meus pais, se realizou e cresceu de uma forma espantosa. E hoje em Londres existem dois lugares, um para meninos e outro só para meninas, e já haviam expandido a empresa para mais três cidades na Inglaterra. E Harper me disse que eles estavam conversando com alguém em outro país, para que fosse implantado um sistema parecido, com a ajuda deles.
O que não deu tempo... Por um comportamento infantil e egoísta meu...
Meu mundo acabou e o que sobrou ficou de cabeça pra baixo.




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Olá! Mais uma mini fic!!! Espero que gostem... Dramas, amores... Desejo um feliz 2016 a todos e que papai do céus nos abençoe muito, muito, muito!!! Bjs no coração de cada um! #SanStyles

Redenção de mim!Onde histórias criam vida. Descubra agora